Como contratar um intercâmbio na Europa
5 anos atrás
Quanto custa um intercâmbio?
Não vendemos pacotes e nem somos agência,
mas podemos te colocar em contato com elas.
A escolha do país ideal para o seu intercâmbio
A Irlanda é, sem sombra de dúvidas, um dos países mais promissores para intercambista brasileiros, no entanto não é o único. E saber escolher o destino que melhor se encaixa ao seu perfil e necessidades é um dos primeiros fatores a considerar desde o primeiro rabisco do projeto intercâmbio.
O que precisa ser avaliado?
Aprender uma nova língua é a principal meta na hora de fazer um intercâmbio. Porém, não é o único ponto que pesa na hora de escolher um país. Segundo a Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association), maior associação de agências de intercâmbio brasileiras, alguns pontos são essenciais para bater o martelo do intercâmbio.
A maioria está ligada ao orçamento do intercambista – seja câmbio da moeda ou possibilidade de trabalho – até mesmo a questões culturais, turismo e localização com clima mais agradável.
Fatores que influenciam a escolha do destino do intercâmbio:
- Câmbio favorável
- Qualidade de vida
- Infraestrutura de acolhimento aos intercambistas
- Favorecimento aos intercambistas de estudo e trabalho
- Localização
- Estilo de vida
- Belezas naturais
- Atrações culturais
- Realizar uma viagem inesquecível
- Segurança
- Indicação de amigos ou familiares
- Custo de vida adequado à situação financeira
- Facilidade com o visto
- Influência da mídia
- Valorização do diploma
- Alternativas de investimento em formação acadêmica
- Financiamento do pagamento do curso
Fatores como imigração precisam ser considerados
Quando se pensa em um intercâmbio no exterior, também se pensa na possibilidade de morar, estudar e trabalhar no país escolhido. Por isso mesmo, fatores migratórios devem ser considerados antes de fechar negócio. Em países como Irlanda, Canadá, Malta, Austrália e Nova Zelândia, por exemplo, o visto de 8 meses inclui a possibilidade de trabalhar 20 horas semanais durante os seis meses de aula e 40 horas semanais nos dois meses de férias, completando oito meses. Por isso, é preciso estudar cada caso.
A exigência de um montante mensal para sobreviver durante o intercâmbio também é um fator na hora de avaliar a imigração.
- Irlanda – 500 euros/mês
- Malta – 1.440 euros/mês
- Austrália – 1.700 dólares australianos/mês
- Nova Zelândia – 1.250 dólares neozelandeses/mês
- África do Sul – 800 rands/mês
- Canadá – 1.421 dólares canadenses/mês
Os dez países mais procurados por brasileiros para intercâmbio
Países que falam língua inglesa são os mais procurados pelos brasileiros para intercâmbio, visto a falta de proficiência no idioma e na exigência profissional cada vez maior. Sendo assim, países como Canadá, Estados Unidos, Austrália e Irlanda, por exemplo, estão no Top 10. O motivo é justamente as facilidades que os brasileiros encontram para conseguir fazer intercâmbio nesses países.
- Canadá
- Estados Unidos
- Reino Unido
- Austrália
- Irlanda
- Nova Zelândia
- Malta
- África do Sul
- Espanha
- França
Quais são os países que atualmente estão receptivos a estrangeiros?
São muitos os países que têm as portas abertas aos estrangeiros. A Alemanha é um deles, com muitas opções de bolsas. Por lá, é possível encontrar muitos cursos em inglês. O governo autoriza estudantes a permanecerem no país por até 18 meses enquanto buscam por uma colocação.
A China também está de olho em profissionais estrangeiros, principalmente para o setor de tecnologia. O desenvolvimento tecnológico chinês deu-se com mão de obra local, porém formada no exterior, e agora o governo quer estimular o intercâmbio profissional.
A Espanha não tem apresentado uma economia favorável, porém, está entre os 10 melhores países para o imigrante trabalhar, segundo o índice MIPEX. Não é tão fácil conquistar o visto de trabalho, porém para os estudantes, há muitas opções de bolsas, entre elas, a Fundación Carolina.
Outra oportunidade possível é entrar no país como investidor. Alguns países do mundo aceitam receber estrangeiros se estes quiserem investir no país. Entre os principais estão Estados Unidos, Portugal, Canadá, Reino Unido, Espanha e Malta.
Por que escolher a Irlanda como destino de intercâmbio?
Segundo pesquisa do selo Belta, são mais de 300 mil brasileiros fazendo intercâmbio. Ela aponta que 46,6% procuram estudar algum idioma, sendo 30,5% querendo aprender inglês e trabalhar e 20% apenas estudar inglês. E entre os países mais procurados para isso está a Irlanda (6,5% dos brasileiros), na quinta colocação, atrás de Reino Unido, Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá, mas à frente da Austrália. Mas por que a Irlanda?
A Irlanda está de braços abertos aos imigrantes. Prova disso é a aceitação, regulamentação e proteção aos estrangeiros no país. A possibilidade de estudar e trabalhar é um dos pontos positivos que favorecem a ide de brasileiros à ilha. São diversas instituições que trabalham com a proteção desses estrangeiros no país, auxiliando de forma psicológica, econômica e também nos direitos.
A qualidade educacional no país é excepcional. O número de faculdades que constam entre as melhores da Europa não para de crescer. Entre elas está a Trinity College, uma das mais antigas e boas universidades da Europa.
Já o mercado de trabalho é aberto aos estudantes temporários, mas para quem quer ficar no país precisa ter qualificação em algumas áreas distintas, como TI (Tecnologia da Informação), por exemplo. Uma pesquisa do Central Statistics Office (CSO: Departamento do Governo Irlandês para Estatísticas), realizada em 2016, registrou que há quase 300 mil trabalhadores não-irlandeses no país – destes, 6.568 são brasileiros, a 10ª maior nação de estrangeiros a atuar no mercado local (a mão de obra irlandesa representa cerca de 1,7 milhões de pessoas).
Pontos positivos em morar na Irlanda:
- Inglês como língua nativa
- Qualidade das escolas
- Cultura
- Possibilidade de trabalho e estudo
- Mescla de faixas etárias
- Belezas naturais
- Viagens econômicas de avião pela Europa
- Menos burocracia
- Comprovação financeira mais baixa
- Suporte brasileiro
Pontos negativos em morar na Irlanda:
- Clima
- Inglês nativo com sotaque carregado
- Cotação do euro em alta
- Apenas 20 horas de trabalho semanais para estudantes
- Visto para 8 meses (renovável por apenas mais duas vezes sem a necessidade de mudar o nível do curso)
- Muitos brasileiros na mesma sala de aula
- Custo de vida é caro
- Dificuldade em conseguir emprego na área de atuação
Como se programar bem para a viagem de intercâmbio?
Segundo uma pesquisa da Datafolha, 62% dos jovens dizem que gostariam de sair do país. Você é um deles, mas não sabe como fazer isso? A primeira dica é: PLANEJAMENTO. É preciso organizar tudo o que é necessário antes de marcar a passagem.
Conhecer os meandros para organizar uma viagem de intercâmbio é fundamental para o sucesso do mesmo. Decisões como saber a hora de pedir demissão, como providenciar a emissão de documentos como passaporte, passando por outros fatores que não são obrigatórios, mas podem ser úteis, fará com que a organização da viagem aconteça sem grandes contratempos.
Quem vai cuidar do seu cachorro? Quem poderá assumir um perrengue no Brasil em seu nome quando você tiver fora? Tem intenção de investir em um curso universitário no exterior? Traduzir e juramentar o seu diploma ou não? Todas essas são questões que você deve incluir na sua checklist e ir sanando durante o planejamento da sua viagem.
A primeira lista é a da documentação:
- Passaporte
- Procuração
- Tradução e legalização de documentos
- Permissão internacional para dirigir
- Cartão Travel Money
- Cartão de crédito internacional
A organização pré-viagem é também com a saúde. Ninguém vai exigir que você tenha um check-up completo do seu corpo, mas é bem mais tranquilo e seguro fazer um antes de partir. Vá ao médico e peça todos os tipos de exames a que se tem direito: sangue, eletrocardiograma, raio-x, etc. Não se esqueça também de ir ao dentista.
Exames para um check-up completo:
- Glicemia em jejum
- Hemograma
- Ureia e creatinina
- Ácido úrico
- Colesterol total e frações
- Triglicerídeos
- TGO/AST e TGP/ALT
- TSH e T4 livre
- Fosfatase alcalina
- Gama-glutamiltransferase (GGT)
- PCR
- Exame de urina
- Exame de fezes
Check-up odontológico:
- Exame detalhado das gengivas
- Mobilidade dos dentes
- Exame de língua e oclusão
- Verificação de cáries e infiltrações nas restaurações
- Verificação de dentes quebrados ou trincados
- Exame radiográfico
- Exame de placa bacteriana e tártaro
- Limpeza profunda
- Aplicação de flúor
Outro ponto importante é fazer uma lista de medicamentos necessários para levar em sua viagem, pois alguns medicamentos são controlados ou não comuns, variando entre um país e outro. Também é importante levar alguns produtos de higiene e beleza que já se está acostumado, principalmente para as primeiras semanas.
Como se preparar financeiramente para o intercâmbio?
Existem inúmeras formas de se preparar financeiramente para o intercâmbio, mas a palavra foco deve ser destacada a todo momento. As dicas são muitas: desde economizar até conseguir bicos para fazer mais dinheiro e conseguir o montante final em um prazo melhor.
Dicas de como guardar dinheiro para o intercâmbio:
- Corte o desperdício na raiz: desligue a TV a cabo, corte a internet do celular, deixe de assinar aquela revista favorita, etc.
- Restringindo as compras: compre só o necessário, pense duas, três, cinco vezes antes de saber se é necessário, você não precisa de uma bolsa nova.
- Poupança forçada: faça uma meta de depositar dinheiro na sua poupança mensalmente. A maioria dos bancos possuem o depósito automático. Assim você não vai contar com esse dinheiro para gastar.
- Vaquinha: faça uma vaquinha online e peça aos amigos e parentes para ajudar, mesmo que seja o mínimo.
- Renda extra: busque bicos aos fins de semana, ajude o vizinho a cortar a grama, faça brigadeiros e venda nas festinhas dos amigos, etc.
- Faça cálculos: saber o quanto precisa é fundamental para atingir os objetivos e conseguir viajar com tranquilidade.
Contabilidade final – 8 meses na Irlanda podem custar:
- Passaporte: R$ 257,25
- Escola, 15 dias de acomodação, seguro saúde, transfer do aeroporto para casa: R$ 11 mil
- Passagens (ida e volta): R$ 3,2 mil
- Dinheiro para levar: R$ 12 mil (3 mil euros)
- Total: R$ 26.457,25
Juntar dinheiro em real ou comprar euros?
Em algum momento durante o pré-intercâmbio você vai precisar comprar a moeda local. E trocar dinheiro nacional por estrangeiro, na maioria das vezes, é perder dinheiro. O valor da cotação, o imposto (IOF) e outros fatores são responsáveis pelo custo ainda maior de moedas como dólar e euro.
Muitos estudantes preferem juntar o montante necessário e depois trocar pela moeda. Porém, isso pode fazer você perder dinheiro, já que a cotação pode justamente estar mais alta quando você decidir que é o momento da troca.
Uma das formas de tentar amenizar o custo de uma moeda estrangeira é ficar atento às cotações, como um bom intercambista. Assim é possível comprar quando o real se valoriza ou quando a moeda necessária se desvaloriza.
Entender esse mecanismo econômico e ficar por dentro das operações, sabendo quando as oscilações acontecem, ajuda ainda mais o intercambista a valorizar seu dinheiro duramente economizado.
Tendo o dinheiro em real em mãos, basta ligar todos os dias para as casas de câmbio (todas da sua cidade) e cotar em qual delas o euro está mais barato. Outra opção é usar sites de comparação de cotação.
Demorei cerca de dois anos para conseguir juntar todo o dinheiro necessário para fazer um intercâmbio na Irlanda.
Foram meses muito valorosos, porque criei uma nova cultura de consumo, com a qual pretendo continuar vivendo.
Após esta experiência, posso dizer a vocês, com certeza, que é possível: mesmo sem ter um salário extraordinário e pagando as despesas de casa, pois moro sozinha.
As palavras de ordem são: planejamento e foco
Antes de montar a estratégia para conseguir o dinheiro, eu procurei saber o quanto de fato iria precisar, por isso resolvi falar com amigos que estudaram no exterior.
Neste momento ainda não sabia qual seria o meu destino, então procurei descobrir os valores de vários locais e períodos distintos. Resultado: fiquei perdida.
Mesmo confusa, fiz uma média, já que não há condições de ter um valor preciso, pois o orçamento depende, entre outras coisas, do câmbio.
Estabeleci um intervalo entre o essencial e o ideal, sendo R$ 25 mil o mínimo e R$ R$ 35 mil o máximo (incluindo escola, passagens, dinheiro para gastar lá, estadia e demais despesas).
Cortando o desperdício na raiz
A primeira coisa que fiz foi uma planilha com todos os meus gastos, sem mentir.
Percebi que eu era alvo fácil dos pacotes promocionais e muitos eu pagava sem sequer utilizar. Sabe aquele “negócio da China”? Os planos anuais em academia, clube, TV por assinatura, entre outras coisas… Cancelei os possíveis e utilizei os que sobraram, sem renovar.
Todo mês vinha descontado no meu pagamento uma taxa para uso de um clube, onde eu fui duas vezes no ano.
Percebi que pagar por diária era mais vantajoso. Na academia, a mesma coisa: substituí um plano de seis meses por um que me dava direito a 24 dias de frequência. Ele é um pouco mais caro, mas eu passei três meses sem precisar renovar e paguei apenas pelo que consumi.
No caso da TV por assinatura, o mesmo cálculo. Era cobrado cerca de R$ 190 por mês e eu assistia só no final de semana.
Normalmente, ficava nos canais GNT e/ou noticiários. Sendo assim, o pacote básico, de R$ 50, servia perfeitamente.
Para suplementar, passei a usar a Netflix, ao custo mensal de R$19, para acompanhar séries e filmes.
Água, energia elétrica e celular também foram serviços que passei a controlar melhor. Até mesmo os gastos com supermercado, levando em consideração que muitas coisas eram desperdiçadas.
Tornei-me adepta do faça você mesmo e, assim, minimizei os gastos com a limpeza e manutenção da casa, bem como salão de beleza e afins.
Restringindo as compras
Fiz uma limpeza no guarda-roupa e doei as peças que não utilizava. A partir de então, esperava acabar algo para comprar um novo.
Parece drástico e penoso, mas não é. Com o tempo, você percebe que não precisava daquilo. Era mais impulso.
Comecei a ler textos sobre consumo consciente e sustentabilidade. Percebi que a minha atitude não favorecia apenas o meu projeto de intercâmbio, favorecia o mundo.
A palavra parcelamento também foi retirada do meu vocabulário. Se tinha dinheiro para comprar, tudo bem. Caso contrário, não comprava.
Poupança forçada
Fiz alguns investimentos planejados, para resgate próximo da data de embarcar. Sabia que assim que o dinheiro saísse da minha conta corrente, não podia mais contar com ele, então me policiava nos gastos.
Também programei uma transferência mensal para minha poupança e fazia de tudo para não resgatar nenhum centavo.
Tudo bem que alguns imprevistos tornaram esta meta inviável para todos os meses, mas o fato de tentar alcançá-la fez com que eu programasse melhor as noitadas e os gastos com bares e restaurantes.
Não sou muito controlada com comida e bebida, então reduzi as minhas saídas – mas sem deixar de ir. O lado bom é que gosto de boteco mesmo, nada luxuoso.
Reta final
Um amigo me aconselhou a esperar melhorar a cotação do euro para fazer o contrato com a agência. Isto foi um grande erro.
Quando percebi, faltavam apenas seis meses para minha viagem e nada estava organizado. Os valores também não variaram tanto e a espera gerou um estresse desnecessário.
Também acumulei na poupança todas as rendas extras, dois décimos terceiros e duas bonificações anuais.
Por fim, contei com um presente da minha mãe, que me ajudou com parte dos euros que eu precisava levar. Assim, concluí a minha saga em busca de grana e estou seguindo para a Irlanda.
Contabilidade final – 8 meses na Irlanda me custaram:
Passaporte: R$ 257,25
Escola, 15 dias de acomodação, seguro saúde, transfer do aeroporto para casa: R$ 11 mil
Passagens (ida e volta): R$ 3,2 mil
Dinheiro para levar: R$ 12 mil (3 mil euros)
Total: R$ 26.457,25
Estude inglês antes de viajar
É importante seguir com os estudos do inglês durante o seu preparo para a viagem. Não é porque você vai fazer um intercâmbio para aprender a língua que você precisa deixar para estudar só quando pisar em território irlandês.
Ao chegar em uma escola, você terá que fazer o teste de nível. Quanto melhor for seu inglês, em uma sala mais avançada você poderá entrar e potencializar o idioma.
Algumas dicas para estudar inglês durante a preparação para o intercâmbio:
- Reveja a gramática em livros já estudados
- Comece a ler um livro em inglês
- Assista filmes ou séries em inglês e com legenda em inglês
- Baixe aplicativos como Busuu ou Duolingo
- Reúna amigos que falam a língua para um bate-papo
- Encontre na internet pessoas para conversar em inglês
- Escolha suas músicas favoritas, aprenda a letra e tente traduzir
- Procure aprender algumas palavras novas por dia usando um dicionário
- Ouça podcasts em inglês no celular durante uma viagem de ônibus, por exemplo
- Escreva textos em inglês semanalmente e peça para um gringo ou amigo corrigir para você
Por que você deveria estudar inglês antes do intercâmbio?
Faltando menos de um mês para minha viagem, me questiono se vale a pena continuar estudando inglês ou não. Para falar a verdade, a ansiedade é tanta que nem consigo mais ficar sentada nas aulas. Fico só me perguntando: – Será que este conteúdo será útil na hora decisiva?
Para criar uma estratégia eficaz nesses últimos dias em solo brasileiro, resolvi buscar a ajuda de professores e amigos que já passaram por essa experiência. Grande parte do que eles falaram, eu coloquei em prática, mesmo ainda não estando tão confiante. De qualquer maneira, não creio que não ficarei como Tom Hanks no filme “O Terminal”, ou seja, perdida.
Nas conversas, um ponto foi convergente: as primeiras duas semanas são mais difíceis – e mesmo quem fala fluentemente tem certa dificuldade.
Todos também foram unânimes ao afirmar que quanto mais se sabe, mais rápido você se integrará à cidade, tornando-se um forte concorrente às melhores oportunidades de trabalho.
A escola no Brasil
Como fazemos um contrato por semestre na escola de inglês onde estudo, optei por continuar as aulas, afinal já está pago mesmo. Continuo com o mesmo método, porém, estou ouvindo as lições e praticando mais em casa e sozinha. Às vezes fico com receio de estar construindo alguma frase errada, porém não vejo isto como algo limitante para o meu processo. É como brincar de teatro.
Uma mãozinha extra
Consegui contratar uma professora particular por um preço bem bacana. Ela conversa comigo sobre vários temas e vai me corrigindo no decorrer do diálogo. Para que as coisas não ficassem tão soltas, também trabalhamos algumas perguntas que costumam ser usadas em testes como TOEFL e IELTS (este segundo será aplicado na minha escola de inglês, quando eu estiver na Irlanda). As aulas são de uma hora e nelas tenho a oportunidade de ver alguns pontos que posso corrigir de imediato.
Séries que te quero bem
Meu professor indicou as séries do Netflix, desde que com áudio e legendas em inglês. À princípio, ele me orientou a assistir “House of Cards”, mas não deu certo. Primeiro, que eu não gosto da série (e me sinto um E.T. por isto) e, segundo, porque os diálogos eram muito longos e rápidos.
Conversei sobre esse problema com um amigo que está em Dublin, e ele me indicou “How I Met Your Mother”, porque tem diálogos mais comuns e usuais no dia a dia. Eu acatei a sugestão e ainda acrescentei “Gilmore Girls”.
Ao usar os seriados, fiquem atentos para não pegar séries com muitas gírias ou com diálogos em contextos arcaicos, como “Vikings”, por exemplo.
I love YouTube
Outra indicação bem legal foram os vídeos de história em inglês do YouTube (Learn English Through Story). Existem diversos textos e com vários níveis. Além disso, você também pode ouvir pelo celular quando estiver de bobeira. Ajuda bastante!
Sem medo de errarDentro do processo de preparação, entendi que não preciso ter medo de errar, mas tenho que me esforçar para fazer o correto. Afinal de contas, o objetivo da viagem é aprender e se fosse fácil, não seria um desafio.
Qual a melhor época para ir para o intercâmbio?
De janeiro a dezembro, brasileiros chegam todos os dias no aeroporto internacional de Dublin para iniciar sua jornada de intercâmbio. Entretanto, existem épocas em que o fluxo pode ser maior ou menor. A escolha exata do melhor momento para chegar pode ser essencial no sucesso dos primeiros dias na Irlanda e na economia de seu rico dinheirinho. Isso inclui clima, cotação da moeda e moradia.
Quando se fala em melhor momento para chegar na Irlanda, automaticamente vem à cabeça o clima. De fato, as estações definem muito como será sua experiência na Irlanda e isso difere a cada perfil de intercambistas.
Aqueles que preferem curtir o verão europeu, entre maio e setembro, podem pagar bem mais caro, já que as temperaturas sobem e os turistas chegam aos montes para visitar a Irlanda. Porém é um momento mais fácil de se conseguir um emprego, principalmente durante as férias escolares do período entre julho e agosto.
Quem não liga para os termômetros mais baixos do inverno pode economizar chegando entre outubro e novembro no país. É quando os dias ficam mais curtos e as temperaturas começam a cair bastante.
Fique atento à cotação do euro. Durante períodos específicos do ano, podem haver variações fortes no valor da moeda. Evite, por exemplo, trocar o dinheiro próximo a datas onde há mudanças políticas acontecendo, como durante uma eleição presidencial. Existem sites que auxiliam a prever quando é a melhor época de comprar a moeda.
A dificuldade em encontrar moradia na Irlanda deve ser pensada na hora de desembarcar no país. Existem épocas onde a procura por casas é mais alta e em outras a oferta é maior? Bom, não é possível prever, já que o número de estudantes na Irlanda triplicou (não só entre os brasileiros).
Porém, muitos escolhem começar a estudar na primavera, encerrando o ciclo de estudos no fim do ano, momento em que muitas vagas aparecem e que até mesmo quem está na ilha aproveita para procurar um lugar melhor.
Qual a melhor idade para fazer intercâmbio?
De acordo com a pesquisa da Belta, a idade média de um intercambista é de 26,5 anos, sendo 62% mulheres. Esse perfil, no entanto, jamais será regra. Existem pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais estudando fora do país. E isso varia caso a caso.
Os mais jovens muitas vezes escolhem estudar o ensino médio durante o intercâmbio. Eles representam 4,5% dos estudantes que viajam para o exterior. É uma oportunidade de conhecer novas culturas, aprimorar o conhecimento do inglês e fazer novas amizades ainda no período pré-vestibular.
Há quem escolha cursar uma universidade no exterior, opção de 25,5% dos estudantes. Ou ainda, vir para estudar inglês após a faculdade. Entre os motivos deste último exemplo estão valorizar o currículo, fazer contatos, alavancar a carreira internacional e abrir espaço para novos interesses ou uma nova carreira.
Cada vez mais também existe uma abertura maior às pessoas com mais idade para entrar na fatia de brasileiros que vão estudar fora. Há motivos de sobra para estudar na Irlanda depois dos 50, 60, 70 anos…
Faixa etária dos intercambistas brasileiros:
- 25,2% – 30 a 39 anos
- 20,7% – 25 a 29 anos
- 19,2% – 22 a 24 anos
- 16,3% – 18 a 21 anos
- 9,4% – 40 a 49 anos
Como escolher uma agência de intercâmbio?
Contratar uma agência passa uma segurança a mais ao intercambista. As agências podem garantir um maior conforto durante o intercâmbio e segurança quanto a imprevistos. Ela oferece auxílio para a maioria dos acontecimentos que possam acontecer fora do planejado com você quando inicar seu intercâmbio, seja na viagem de avião ou no transfer que vai buscar você no aeroporto.
Para saber qual é a melhor agência, o futuro intercambista deve pesquisar ao máximo antes de decidir. Quanto mais informações sobre o assunto e mais interação com intercambistas que já passaram por essa fase você tiver, melhor!
Vale dar uma olhada na Brazilian Educational & Language Travel Association ( BELTA), é uma instituição brasileira reconhecida internacionalmente e responsável por uma das principais feiras anuais de intercâmbio brasileiras: a ExpoBelta.
Outra indicação é buscar por reclamações online e ver como a agência se portou e respondeu a esta reclamação. PROCON e Reclame Aqui são buscas que devem ser consideradas.
Novas agências de intercâmbio surgem no horizonte dos brasileiros, cada vez mais com destinos diferentes. Portanto, é difícil para um estudante escolher a mais adequada ao seu sonho, já que muitas prometem realizá-lo de uma forma ou de outra.
Dicas para encontrar a melhor agência:
- Pesquise o máximo que puder
- Selecione aquelas que têm mais interação com o intercambista
- Converse com o agente e tire todas as dúvidas
- Entre em grupos de discussão na internet
- Veja se a agência está listada na Belta
- Busque reclamações em sites especializados como Reclame Aqui e também no Procon
- Conheça os principais feitos e os principais erros delas
- Se atualize sobre o mercado de intercâmbio
- Vá a feiras de intercâmbio
- Converse com quem já utilizou o serviço
Depois de seguir com todas essas dicas, parta para a eliminação e vá ajustando o que você quer, o que a agência pode lhe oferecer e o quanto você pode pagar até chegar, finalmente, na escolhida.
É possível contratar o intercâmbio sem uma agência?
Há intercambistas que preferem fazer a viagem por conta própria. Neste caso, muitos “pepinos” precisam ser resolvidos, mas o preço pode ficar mais em conta (ou não!). A vantagem é poder encontrar preços acessíveis nas escolas, que muitas vezes possuem até mesmo funcionários brasileiros para lidar com clientes do Brasil. Também é indicado para quem já possui um nível bom de inglês ou que tenha passaporte da UE, já que a burocracia é zero para a entrada no país.
Prós para intercâmbio sem agência
- Valor final costuma ser menor
- É possível negociar valor da escola com a escola
- Pesquisa de passagens aéreas pode encontrar valores bem mais em conta
- Se tiver passaporte europeu, é a opção mais vantajosa por não precisar de documentação
- Boa opção para quem já tem inglês mais avançado
Contras para intercâmbio sem agência
- Documentação deve ser feita por você e pode dar bastante trabalho
- Muitas vezes as parcerias das agências com companhias aéreas deixam as passagens mais baratas
- O mesmo vale para a parceria das agências com escolas de inglês
- Você também será responsável por encontrar uma casa de estudante, hostel ou casa de família
- Você não terá auxílio algum se algo der errado
Como escolher a escola de inglês?
Escolher a melhor escola de inglês que se encaixa no perfil do intercambista é um desafio. Existem vários aspectos a ser pensados ao se optar por uma instituição, que vão do preço à qualidade. Você não pode atravessar o oceano e ficar na dúvida de que a escola onde você vai passar boa parte do intercâmbio não é tão boa ou não valeu o custo-benefício.
O que auxilia muito é conversar com ex-alunos sobre a escola e ler comentários na internet. As agências de intercâmbio também ajudam a escolher a escola que cabe no bolso e nos objetivos. Pesquisar os sites oficiais das escolas também é uma boa ideia.
Veja alguns pontos para ser analisados na hora de buscar uma escola de inglês:
- Preço
- Condições de pagamento
- Horário das aulas (integral ou meio período, manhã ou tarde)
- Programa preparatório para exames de proficiência
- Tipo de curso
- Professores nativos
- Quantidade de alunos por turma
- Quantidade de brasileiros por sala
- Atividades extra-curriculares (oficinas, walking tour, passeios, cinema, etc)
- Infraestrutura (biblioteca, sala de computação, sala de leitura, cantina)
- Estrutura (prédio novo, cadeiras confortáveis, ventilação)
Aplicativo 'Vai Quando?' auxilia estudantes a encontrar companheiros de intercâmbio
Conversar com quem está passando pela mesma experiência e que vai viajar na mesma época que você e até para a mesma cidade pode ajudar – e muito – a conseguir acalmar os nervos e poder encontrar um parceiro de viagem.
Esse é o objetivo do aplicativo Vai Quando?, criado pelo E-Dublin, para promover o encontro de brasileiros para a troca de ideias e a parceria no esquema “um ajuda o outro”. Gratuito e fácil de usar, ele pode ser baixado em todos os tipos de celulares e tablets. O app já é um sucesso, com mais de 4.000 usuários cadastrados.
O aplicativo mostra outros perfis que vão sair da mesma cidade e chegar na mesma cidade e na mesma data ou próximo a ela que você. Por exemplo, se você vai sair de São Paulo no dia 3 de março do ano que vem, com destino a Dublin, o aplicativo fará com que seu perfil “dê match” com todas as pessoas que viajarão no dia 3 de março ou para Dublin. Esses perfis estarão disponíveis para contato por meio de bate-papo do próprio aplicativo ou pelas redes sociais que o usuário disponibilizou para contato.
Dessa forma, os usuários podem se contactar e iniciar uma interação. Se tiver sucesso, você poderá encontrar alguém para viajar junto, compartilhar dúvidas que ainda possui e até quem sabe fazer uma nova grande amizade.
Como evitar golpes na contratação do intercâmbio?
Planejar um intercâmbio é também poder encontrar alguns criminosos no caminho que podem aplicar golpes, principalmente via internet. Se você vai procurar uma agência, cuidado! Falsos vendedores de cursos podem aplicar golpes.
Na hora de procurar, tenha sempre em mente isso, assim você olhará desconfiado para qualquer proposta. A melhor forma de garantir que uma agência não será uma furada é encontrar pessoas que também já fecharam pacotes com elas. Os reviews na internet ajudam muito e quando muita gente publica depoimentos negativos, há de se desconfiar.
Fique atento se a agência responde aos reviews. Quando escolher uma agência, procure falar diretamente com alguém. Se houver representantes no Brasil, vale visitar a agência. Procure ainda o CNPJ na internet e veja se há processos ou algo contra juridicamente.
Dicas para evitar golpes ao fechar um intercâmbio:
- Saiba exatamente com quem vocês está conversando
- Não feche negócio antes de pesquisar o CNPJ da empresa e buscar avaliações
- Prefira fazer pagamento por boletos bancários e não depósitos
- Se está tratando com um agente, verifique com a agência se ele realmente faz parte da equipe
- Desconfie quando o preço é muito mais baixo que a média das agências pesquisadas
- Converse com mais de uma pessoa que já fechou com a agência ou agente para saber se o resultado foi positivo
- Conheça os principais golpes aplicados na Irlanda, como o golpe do cheque sem fundo, entre outros
Que pacote de intercâmbio é o ideal para você?
É preciso ter um objetivo certo para saber qual tipo de intercâmbio é o melhor para você. O mais comum é viajar para aprender outra língua, mas é possível estudar em universidades (graduação, mestrado ou doutorado), além de cursos técnicos.
No caso da Irlanda, o inglês é o mais procurado. Sendo esta a sua opção, é possível escolher entre diversos tipos de curso e objetivos dentro das aulas de inglês. Saber a duração ideal para o curso também é
Os cursos de inglês são divididos por diversos níveis:
Iniciante:
A1 – Comunicação básica. O aluno geralmente entende questões sobre o dia a dia e consegue se comunicar, com erros gramaticais, sobre sua vida. As aulas tem um ritmo mais lento. Geralmente os alunos não tiveram uma base muito sólida de inglês anteriormente.
A2 – O aluno começa a entender melhor expressões do cotidiano como itens de supermercado, roupas, acessórios, etc. O vocabulário é mais extenso e começa-se a ensinar regras gramaticais mais difíceis.
Intermediário
B1 – A partir do momento em que o aluno tem uma compreensão maior das regras gramaticais e consegue se comunicar com mais facilidade e rapidez, seu nível é o intermediário. Inicia-se o processo textual, onde ele exercita a escrita por meio do que aprendeu.
B2 – A dificuldade começa a se acentuar nas aulas, com uma exigência maior em vocabulário, fala e texto. A produção começa a ser mais rigorosa, com debates em sala de aula e redações.
Avançado
C1 – A comunicação passa a ser fluente e o aluno tem menos erros gramaticais em seus textos. Exige-se leitura de artigos de jornal, com maior dificuldade no vocabulário, além de temas mais difíceis de compreensão para exercícios de áudio, leitura, escrita e fala.
C2 – Nível mais avançado dos cursos de inglês. Foca na comunicação fluente entre leitura, escrita e fala. O aluno sai apto a conversar em inglês com fluência, além de ver filmes em inglês, ler livros na língua e trocar e reproduzir informações.
Preparatórios para exames
Existem cursos específicos para preparar o aluno para passar nos exames internacionais de fluência em inglês. Esses cursos são para aqueles que querem fazer o intercâmbio e voltar já classificados em um exame específico, geralmente para melhorar o currículo ou entrar em algum curso de mestrado ou doutorado. Também são exigidos para entrar em universidades estrangeiras ou em aplicações para bolsas de estudo e programas de educação governamentais.
Esses tipos de cursos são desenvolvidos como um cursinho, explorando as provas, a gramática, o debate e a redação. Em sala de aula, o professor reproduz exercícios que são aplicados nos testes, com temas parecidos, tipos de escrita, simulações de debate, etc.
Tipos mais comuns de provas que analisam fluência em inglês:
EXAMES DE CAMBRIDGE
É considerado um dos mais difíceis de compreender. Ele testa os diferentes níveis de aprendizado e tipo de estudante que faz a prova. O resultado pode ser usado em universidades que exigem fluência para estudar. São diversos os exames de Cambridge e é preciso escolher o que mais se adapta ao seu objetivo. O mais procurado é o de proficiência, que vai avaliar em qual pontuação seu inglês está, mostrando o nível correto.
Tipos de exame de Cambridge:
- Cambridge English: Key (KET)
- Cambridge English: Preliminary (PET)
- Cambridge English: First (FCE)
- Cambridge English: Advanced (CAE)
- Cambridge English: Proficiency (CPE)
IELTS
Bem comum entre os brasileiros, o IELTS tem efeito de certificado para compravar para a imigração seu desenvolvimento durante o intercâmbio. Ele também tem efeito acadêmico, comprovando o nível de inglês para entrar em universidades da Europa.
TOEFL
Com vertente acadêmica, o TOEFL tem como alvo os estudantes estrangeiros que pretendem estudar em universidades pelo mundo, com destaque para os Estados Unidos e o Canadá.
TOEIC
Muito usado para profissionais, ele possui dois testes que avaliam o inglês em um contexto de trabalho. Geralmente é pedido por empresas para comprovar o inglês do funcionário a ser contratado.
Cursos técnicos (ou Fetac)
Conhecidos como técnicos ou FETAC, os cursos pertencem a uma categoria intermediária entre o ensino médio e uma universidade e tem como objetivo preparar o profissional para o mercado de trabalho.
Estes nem sempre exigem certificado de proficiência de inglês, porém, sabemos que de nada adianta fazer um curso e não entender o que está sendo ensinado. Porém, os cursos do FETAC não entram na categoria de cursos para visto de estudante – Stamp 2.
Existem inúmeras escolas que oferecem este tipo de curso em todos os condados. Veja abaixo alguns exemplos:
Ensino Superior
Se o problema não é mais o inglês, um intercambista pode pensar em fazer um curso superior na Europa. É possível e depende da fluência e investimento para o curso desejado. A Europa também possui bolsas de estudo em diversos países como Alemanha e Holanda, por exemplo. Na Irlanda, algumas universidades circulam na lista das melhores do mundo. Há, ainda, opções em setores de destaque, como o de tecnologia e o farmacêutico.
Qual a duração ideal de um intercâmbio?
Outro item essencial e que faz muita diferença na hora de fechar um intercâmbio de inglês é saber quanto tempo de curso é ideal para você.
Tudo vai depender do objetivo e do nível de inglês. Geralmente as escolas fecham pacotes de uma semana, quatro semanas, 12 semanas e 24 semanas de aula. Os horários por semana também variam com períodos de 15 e 20 horas semanais, com escolha entre manhã e tarde, além do curso integral (os dois períodos).
Esses tipos de curso são diferenciados com aulas de inglês geral, preparação para provas de proficiência, aulas de conversação, entre outros fatores. Geralmente, os intercambistas que optam pelo período da tarde ganham desconto no valor total.
1 mês de intercâmbio
- Opção se enquadra bem para aqueles com uma vida muito ocupada
- Perfeito para quem quer aproveitar as férias para o intercâmbio
- Nível de inglês relativamente bom é recomendável
- Perfeito para quem quer conhecer novas culturas, aproveitar para praticar o idioma e interagir mais efetivamente com os locais
3 meses de intercâmbio
- Garante um rendimento melhor, sem desespero e com mais flexibilidade
- Dá para considerar programas com atividades extras
- Bom para aqueles que querem aprimorar o inglês com o intuito de ampliar as oportunidades
- Muitos profissionais conseguem negociar com o chefe a ausência de 90 dias investindo num curso de línguas + alguma atividade ligada à sua área de atuação
Acima de 6 meses
- Mais efetivo, por conta da grande vantagem do tempo
- Indicado para todos os tipos de necessidades – desde quem tem o inglês muito básico àqueles que estão à procura de um aprimoramento em níveis mais avançados do idioma
- Mais oportunidades de usufruir o aprendizado sem grande correria
- Diferença de preços entre um programa de período menor e um de um ano não é grande
- Intercâmbio de 8 meses é um dos mais populares na Irlanda
- Tempo suficiente para a maioria das pessoas se sentir um local, além de aprender a língua
- Aprendizado mais profundo
Vale a pena fazer faculdade na Irlanda?
A pesquisa da Belta aponta que 25,5% dos brasileiros que escolhem fazer um intercâmbio o fazem para cursar uma universidade no exterior. Fazer faculdade na Irlanda dá visto de permanência no país durante o ano estudado. Por isso, é a opção para quem não precisa de inglês, por exemplo.
Na Europa, o valor de um curso chega a ser o dobro para não-europeus. Sendo assim, brasileiros que possuem o passaporte da União Europeia (italiano, português, etc) são privilegiados e podem estudar por um valor bem mais em conta. Isso também vale para pós-graduação e MBA.
A Irlanda possui mais de 70 ótimas universidades em todas as áreas do conhecimento. Vale conhecer os rankings de cada uma. Muitos cursos permitem trabalhar enquanto estuda. A maioria também exige certificado de proficiência em inglês.
Requisitos básicos para conseguir entrar na Irlanda e para aplicar para uma vaga nas universidades:
- Seguro saúde
- Comprovação financeira
- Comprovante de acomodação
- Carta do curso
- Irish Residence Permit – IRP
- Comprovação de proficiência em inglês
Ranking das melhores universidades da Irlanda
- Trinity College Dublin
- University College Dublin
- University College Cork
- National University of Ireland NUI Galway
- Dublin City University
- University of Limerick
- Dublin Institute of Technology DIT
- Royal College of Surgeons of Ireland
- Maynooth University (National University of Ireland Maynooth)
- Cork Institute of Technology
- Dublin Institute For Advanced Studies DIAS
- Waterford Institute of Technology
- Dundalk Institute of Technology
- National College of Ireland NCI
- Institute of Technology Carlow
- Institute of Technology Sligo
- Limerick Institute of Technology (Tipperary Institute)
- Athlone Institute of Technology
- Galway Mayo Institute of Technology GMIT
- Letterkenny Institute of Technology
- Griffith College Ireland
- Institute of Technology Tallaght
Documentos necessários: procuração
Ir embora do Brasil e deixar uma vida para trás pode ser complicado, ainda mais quando existem questões em aberto como contas em banco, residências em seu nome, processos na Justiça, etc. Por isso, antes de fazer um intercâmbio é importante pensar em deixar alguém “tomando conta da sua vida” no Brasil, por meio de uma procuração.
A procuração dá poderes a um terceiro (pode ser parente, pai, mãe, irmão ou amigo, advogado da família) para responder pelos seus atos durante sua ausência.
Existem dois tipos de procuração:
- Procuração simples: dá poderes para te representar em algum órgão, civil ou comercial sem tomar decisões ou falar por você.
- Procuração plenos poderes: inclui vários interesses, inclusive judiciais, podendo a pessoa responder por você em qualquer caso, menos no voto.
As procurações podem ser públicas ou particulares
- Pública: deve ser lavrada em tabelionato de notas com indicação dos poderes, gerais ou específicos.
- Particular: redigida pelo próprio representado e reconhecida em cartório, indicando os poderes específicos ao representante
Seguro saúde e viagem: qual a melhor opção?
Fechando com uma agência de viagem, obrigatoriamente o estudante irá pagar o seguro saúde governamental, obrigatório na hora de passar pela imigração, mas é de extrema importância que ele reflita em fazer um seguro particular, já que na Irlanda não existe serviços de emergências gratuitos como o SUS, no Brasil, e qualquer consulta ou procedimento médico é pago (e caro!).
Antes de viajar, pesquise os seguros disponíveis em seguradoras nacionais e internacionais. É sempre bom entender a cobertura, já que a ideia do intercambista também é conhecer outros países da Europa. Muitos países também exigem o seguro com cobertura europeia durante as viagens.
Dicas antes de contratar o seguro saúde:
- Entenda sua cobertura
- Saiba se o valor da apólice compensa
- Compare preços
- Informe corretamente seus dados ao corretor
- Pesquise a confiabilidade da empresa
- Cheque os reviews da empresa na internet
- Converse com um intercambista que fechou com a mesma empresa
- Leia atentamente o contrato antes de assinar e efetuar o pagamento
Geralmente, os seguros saúde e viagem costumam estar unidos e cobrem o mais importante durante o percurso e estadia fora do país. Não deixe para depois.
Cobertura básica de seguro saúde e viagem:
- Acidentes
- Extravios de bagagem
- Roubo de pertences declarados
- Assistência médica
- Atendimento emergencial
- Assistência odontológica
- Compra de remédios caros
Como decidir pela melhor passagem aérea?
Comprar as passagens aéreas para o intercâmbio parece ser o momento em que realmente a viagem vai se concretizar. Para isso, o estudante costuma ficar tenso e não sabe ao certo como encontrar o voo mais barato e de que maneira ele pode conseguir bons descontos.
As agências de viagem oferecem a venda de voos e muitas vezes as companhias aéreas fazem parceria para que os preços fiquem mais acessíveis aos intercambistas.
Por outro lado, comprar as passagens por si só pode ser vantajoso, pois existem diversas companhias aéreas e sites de comparação de preços que podem oferecer passagens mais baratas.
Algumas agências também oferecem desconto a estudantes que comprovarem que estão com escolas fechadas no país de destino.
Dicas para comprar passagens aéreas:
- Pesquise companhias aéreas que oferecem vantagens a estudantes
- Compare o preço com agências de intercâmbio
- Utilize sites de comparação de preços de passagens aéreas
- Verifique o tempo de viagem e escalas
- Pesquise qual a melhor época para comprar passagens para a Europa
- Considere se há cobrança de valor extra para malas
Como é a chegada na Imigração na Irlanda?
A chegada na Irlanda costuma ser estressante para um estudante por conta da imigração. A insegurança no inglês e a burocracia exigida para entrar no país causa um medo muitas vezes maior do que a realidade. Por isso, seguindo os passos certinho durante o pré-intercâmbio e levando toda a documentação organizada, não há motivos para temer.
Documentos exigidos na imigração para a entrada na Irlanda:
- Passaporte com validade mínima de seis meses
- Carta de confirmação da escola
- Seguro saúde
- Passagem de volta para o Brasil comprada
- Endereço na Irlanda (residência estudantil, casa de família ou hostel pago)
- Comprovação financeira de 3 mil euros (em dinheiro ou em extrato bancário)
O estudante também deve ser preparar para um pouco mais de burocracia ao chegar no país. Ele deve, já nos primeiros dias de Irlanda, tirar seu visto IRP no departamento de imigração. Ultimamente não tem sido fácil conseguir um lugar na fila on-line e os intercambistas precisam ficar de olho em possíveis golpes. Depois, quando encontrar um emprego, outro documento será solicitado, o PPS.
Adaptação e a mudança de hábitos
O intercambista precisa se planejar com antecedência antes de viajar para conseguir entrar na nova temporada de estudos no exterior da melhor forma possível. Porém muitas vezes o lado comportamental e sentimental de uma mudança brusca dessa não é levado em conta.
Além de todo o preparo material, o intercambista precisa pensar em como lidar com todas as adversidades que encontrará pelo caminho.
Principais motivos para sair do Brasil:
- Enriquecimento educacional
- Mudança na vida pessoal
- Novas experiências
- Momento profissional infeliz
- Busca por nova carreira
- Autoconhecimento
- Reconhecimento internacional
- Independência
As pessoas que geralmente não estão mais felizes no trabalho, precisam saber a hora certa de pedir demissão e seguir rumo ao sonho do intercâmbio.
Fazer intercâmbio em um país completamente diferente é saber que praticamente tudo vai mudar seja no estilo de vida, nas roupas, na alimentação e no relacionar com as pessoas. Assim, você terá de deixar para trás muitos hábitos que está acostumado e se envolver em um universo completamente diferente.
Sobre o autor:
RUBINHO VITTI, Jornalista de Piracicaba, SP, vive em Dublin desde outubro de 2017. Foi editor e repórter nas áreas de cultura e entretenimento. Também é músico, canceriano e apaixonado por arte e cultura pop.
Quanto custa um intercâmbio?
Não vendemos pacotes e nem somos agência,
mas podemos te colocar em contato com elas.
Este artigo foi útil?
Você tem alguma sugestão para a gente?
Obrigado pelo feedback! 👋
O que ver em seguida
-
Destaques
Intercâmbio: como fazer, quanto custa e quais são os principais destinos para 2025
Intercâmbio! Essa palavrinha está cada vez mais presente no cotidiano dos...
3 dias atrás
-
Planeje seu Intercâmbio
Como planejar o seu intercâmbio na Irlanda para 2025?
O ano vai passando e você ainda está em cima do muro sem saber como planejar...
1 semana atrás