Onde morar em Dublin?
5 anos atrás
Seguro Viagem
Sabia que é obrigatório ter um seguro viagem para ir pra Europa?
Pensando em fazer seu intercâmbio em Dublin, procurando acomodação e um pouco perdido com informações do tipo D1, D2, D3 nos endereços da cidade e por aí vai? Calma, esse texto foi feito para você que ainda poderá ‘passear’ pelas regiões e conhecer melhor a história da capital irlandesa, considerada em 2018 pelo CN Traveller, criador da pesquisa Readers’ Choice Awards, uma das 10 cidades mais amigáveis do mundo.
Fundada pelos vikings há mais de 1000 anos, Dublin está entre as cidades mais antigas da Europa e chegou a ser parte do Império Romano. A antiga cidade de Dubh Linn, que em gaélico significa “lago negro”, leva esse nome devido ao encontro entre os rios Liffey e o Poddle, que formavam um poço escuro e profundo na parte traseira do Dublin Castle (D2), onde hoje existe um belo jardim.
Depois de invadirem e saquearem boa parte das riquezas da região, por volta do ano de 841, os vikings passaram a se tornar comerciantes e artesãos e é desse período que há os primeiros registros da capital, como por exemplo, a Christ Church (Catedral da Santíssima Trindade, D8), considerado o esboço do centro de Dublin, de acordo com estudos arqueológicos realizados na região. Desse estudo, consta que cerca de 200 casas foram construídas durante os séculos 10 e 11.
Assim, até o fim do século 12, conforme a miscigenação entre vikings e irlandeses aumentou, há registros de novas formações, como o Dublin Castle, além dos muros que cercavam a cidade – construções que permanecem até hoje.
Com o crescimento da população, a partir do século 14 até meados do século 15, a cidade expandiu ‘além-muros’ e estima-se que a população chegou a 10 mil pessoas. Dessa época, é possível conhecer regiões como a Thomas Street e a St. Patrick’s Cathedral, do padroeiro da cidade (D8) – fortemente atacada, naquela época, pelos escoceses, que chegaram a atear fogo por aquelas bandas, quando grandes construções foram destruídas.
Vítima de ataques, invasões, fome e a peste negra, Dublin sofreu por décadas até voltar a se recuperar plenamente a partir do século 16, já incorporada pela coroa britânica desde os anos de 1400.
Foi nesse período de retomada, em meados do século 16, que surgiu a tradicionalíssima Trinity College (D2), uma das mais antigas universidades criadas pelo império britânico e a mais antiga da Irlanda. Essa época também é marcada pela adesão ao protestantismo – religião dos ingleses.
Arquitetura e atualidade de Dublin
Grandes construções do período, como a St. Patrick’s Cathedral, a Christ Church e a St. Audoen’s Church (D8), criadas no século 18 (ano de reconstrução do Dublin Castle, que mantém duas das suas clássicas torres), podem ser vistas até hoje e marcam o estilo arquitetônico irlandês.
Para conhecer mais sobre a história irlandesa vale visitar o Dublinia, uma experiência viking e medieval repleta de interatividade e até mesmo intervenções artísticas que remontam à civilização daquela época.
Dublin a partir do centro
Depois de ‘passear’ pelos pontos históricos da cidade, você facilmente irá perceber que a história, mesmo antiga, é presente nos dias de hoje e pode ser reconhecida em muitos bairros além dos citados que, aliás, deixaram seu próprio legado ao longo do tempo.
Essas ‘marcas’, juntamente como a vizinhança e a distribuição geográfica demonstram um pouco do passado desse povo tão antigo, diariamente, passeando pela cidade, ainda mais quando se vive por lá!
Como entender as regiões de Dublin
A história te animou a escolher um bairro típico? Ou prefere um bairro mais descolado? Escolher um bairro onde morar pode parecer difícil, ainda mais levando em conta um terreno totalmente desconhecido, numa nova cultura e ainda contar com acomodações variadas, vizinhança e seus costumes e sistema de transporte diferente, mesmo tendo uma história tão bacana, certo?!
Além de grandes momentos históricos, em qualquer lugar do mundo, a região central costuma ser a que é melhor atendida em termos de infraestrutura: opções para todos os gêneros de gastronomia, cultura, diversão e comércio em geral além do transporte público, principalmente nas capitais, pois é a partir do centro que a cidade começou a se criar.
Assim, com tudo próximo, percorrer o centro a pé simplifica a vida de qualquer um e, provavelmente, a partir dela, haverá transportes para todas as demais regiões da cidade.
Pelo centro de Dublin
Nas regiões 1 e 2, fica o Dublin Centre. Os números ímpares ficam ao norte e mais distantes do centro, também considerada a periferia da cidade em termos menos avantajados e onde se registra, em geral, o maior número de ‘atos violentos’. Enquanto os pares estão ao sul, comparados, às vezes, aos mais ‘abonados’ na cidade – embora em bairros como o Malahide também se encontre uma vizinhança mais ‘posh’.
e, também, o Summerhill – bairros a serem evitados em determinados horários ou situações, devido aos pequenos furtos e com muitos ‘pedintes’ – porém, beeem próximos à O’Connell Street, o marco zero da cidade e um dos queridinhos da galera e do agitado (leia-se muitos pubs) City Centre. Aqui, vale considerar que, das demais regiões do centro até o marco zero, levam-se 10 minutos de caminhada.
Deslocamentos (locomoção) influenciam demais no budget de qualquer viajante e Dublin é bem atendido pelo sistema de transporte público, além de ser uma cidade muito favorável aos adeptos da bike.
Logo, sempre é preciso pesar, também, as necessidades de transporte, considerando questões como o local de trabalho e escola ao definir sua moradia/hospedagem. Vale dar uma boa busca em sites como explorar rent.ie, myhome.ie e daft.ie, delineando seu perfil de acomodação para se ter uma ideia de valores.
O melhor e o pior de cada região
City Centre (D1 e D2)
Dublin 1 também é onde encontramos a rodoviária, estação de trem para Cork, Galway e Irlanda do Norte, ou seja, locomoção para outros grandes centros do país. Viver por aqui pode não ser tão tranquilo ou uma vizinhança tão agradável, porém, devido às facilidades de transporte, pode se tornar uma opção vantajosa.
Já a Dublin 2, marcada pela Grafton Street (o paraíso das compras de diferentes segmentos) e pela Temple Bar (o bairro conhecido por seus pubs e diversas atrações culturais), oferece uma concentração comercial e um certo glamour, com opções de aluguel para temporada – com valores mais altos. Atrai quem adora uma ‘comprinha’ fashion (leia-se, grifes) com direito a apresentações de artistas de ruas e pelos pubs.
Hospedagem e moradia é uma questão complicada, em geral, por toda a capital, já que a cidade é compacta para a demanda. Para se ter uma ideia de valores, apartamentos de 1 quarto na região do D1 e D2 não saem por menos de 1,200 euros e uma acomodação estudantil fica próxima do mesmo valor.
Os bairros queridinhos
Saindo do centro e falando um pouco sobre os bairros ímpares, considerados mais elegantes, temos o Clontarf (D3), com fama de local seguro; o Raheny (D5), igualmente seguro e repleto de mansões; o descoladíssimo Smithfield (D7), repleto de bares, intervenções artísticas (como a Light House Cinema) e também sede da fábrica da Jameson; o Howth (D13), bem residencial, um vilarejo charmoso de pescadores que inclui a orla, bons restaurantes e cafés, e o Howth Castle, com mais de 800 anos de história.
Seguindo ainda mais ao norte, temos Malahide (County Dublin), uma região nobre, com direito à diversas marinas, praia e acesso fácil de trem ao centro de Dublin, num trajeto que leva cerca de 1 hora em transporte público – e um dos poucos bairros que não recebe a tradicional numeração.
Aluguel apartamento 1 quarto (região ímpar/norte)
Região | A partir de/mês |
Clontarf (D3) | €1,400 |
Raheny (D5) | €1,600 |
Smithfield (D7) | €1,500 |
Howth (D13) apto 2 quartos | €1,800 |
Malahide | €1,450 |
Ao sul de Dublin
Seguindo abaixo do rio, o D4, que inclui Baggot Street Upper e os subúrbios e Ballsbridge, Donnybrook, Irishtown, Merrion, Ringsend e Sandymoun, bem próximo ao D2, são consideradas menos segura nos dias de hoje. Com incidência de casos de pequenos furtos e os ataques dos knackers.
No D6, se encontram bairros como o Rathgar, estritamente residencial e relativamente seguro; assim como o charmoso e tradicional bairro de Rathmines, cerca de 3km do centro da cidade (ou meia hora de caminhada a pé). Também é nesse distrito o alto índice de mansões da cidade.
No D8, dos bairros Dolphin’s Barn , Inchicore , Islandbridge, Kilmainham, Merchants Quay, Portobello, South Circular Road, entre outros, é possível encontrar a St. Patrick Cathedral; o Phoenix Park, o maior parque urbano da Europa, com zoológico e muitas atrações, como a casa do presidente da Irlanda; e também é possível visitar a famosa fábrica da Guinness. Também fica no D8, em Warrenmount, a Griffith College, que recebe muitos estudantes internacionais.
Regiões como a Ballymun, Blanchardstown, Ballyfermot, Clondalkin, Coolock, East Wall, Finglas South, Inchicore, Mountjoy, Tallagh, Rialto (nos arredores do St. James Hospital) e The Coombe devem ser evitadas segundo alguns especialistas regionais, como pode ser visto neste artigo, que ainda sugere outras opções de bairro como ‘bacanas’ e ‘nem tanto’.
Aluguel apartamento 1 quarto (região par/sul)
Região | A partir de |
D4 | €1,350 |
D6 | €1,000 |
D8 | €1,350 |
D10 (Ballyfermot) – apto 2 quartos | €1,400 |
D24 (Tallagh) | €1,200 |
Como entender D1, D2,D3, D4...?
Acredito que todos, sem exceção, ficam atordoados quando veem o endereço da escola, ou então da host-family e leem lá “Dublin 18”.
− Por mil macacos Robin, o que é isso? Um avião? Uma águia? Um bairro?
Infelizmente preciso dizer que não é nenhum desses!
A cidade de Dublin é dividida em 21 regiões postais. Talvez a forma mais próxima de divisão que temos no Brasil seja a das subprefeituras de São Paulo, ou seja, divisões da cidade para descentralizar o poder e também para facilitar o gerenciamento das atividades governamentais, a distribuição de cartas por centrais do correio e coisas do tipo.
Para nós, pobres mortais que não conseguimos lembrar os difíceis nomes dos bairros, todos derivados do gaélico, essas divisões cumprem bem o papel de nos situar em Dublin.
Vendo o mapa abaixo já podemos começar a entender. Nele reparamos que os números ímpares estão no lado norte da cidade enquanto todos os pares, no lado sul.
Dublin 1 e 2 são o centro da cidade (City Centre), onde ficam a famosa O’Connell Street e seu Spire. Como podemos notar, o centro não fica literalmente no centro, mas a leste da cidade, pois toda grande cidade é fundada próxima ao mar ou a um grande rio. Assim, o centro de Dublin fica ao lado do Irish Sea e do Rio Liffey.
As regiões 3, 4, 6, 7, 8 e 9 são consideradas centrais, e dependendo de onde você estiver, poderá chegar à O’Connell − marco zero da cidade, localizada em Dublin 1 − numa caminhada de, aproximadamente, 10 minutos.
O porto mais importante de Dublin é o de Dun Laoghaire (pronuncia-se Dan Lerry), única região da cidade que não é divida por um número.
Dica importante: Quando você estiver preenchendo formulários na internet e estiver escrito “Post Code“, escreva “Dublin 1” , “Dublin 2”, “Dublin 3”, etc. Claro que sempre levando em consideração o local onde você está morando.
Muitos leitores acabam tendo dúvida de onde morar, pois além de não conhecerem muito bem os Post Codes ou regiões, não fazem ideia dos bairros mais seguros ou menos seguros de Dublin. Pensando nisso, resolvemos dar uma mãozinha e compartilhar algumas dicas sobre lugares mais ou menos adequados para morar com algumas breves explicações sobre o que lhes dá o rótulo de “bom” ou “mal” lugar.
Diz-se que os bairros pares são os mais nobres de Dublin, uma vez que os ímpares são considerados mais afastados e periféricos. Aqui, “periferia” carrega o mesmo sentido pejorativo a que estamos acostumados no Brasil, no entanto, deve-se ressaltar que os tipos de “violência” daqui nem se comparam aos que estamos acostumados.
Sendo assim, uma das regiões a serem evitadas é a Summerhill, em Dublin 1. Há quem goste de lá, por ser pertíssimo da O’Connell e da agitação do centro, mas deve-se levar em consideração o fato de que ocorrem muitos furtos e ataques feitos pelos irlandeses com situação financeira inferior. Eles não costumam gostar muito de nós, estrangeiros, porque eles crescem com a ideia de que viemos para cá para roubar o emprego deles. Logo, não têm a menor simpatia conosco, pelo contrário!
Com relação aos lugares mais tranquilos e abonados; podemos dar como exemplo não só as áreas pares da cidade como também os bairros onde moram as pessoas mais ricas. Malahide é um exemplo. Basta dar uma olhada no DAFT.ie para ter ideia do poder aquisitivo dos irlandeses que moram por lá.
Como nada é constante, a nossa dica final é que pesquisem sempre antes de decidir onde irão morar, pois um lugar que antes era considerado seguro, pode estar inseguro, e vice-versa.
Aluguel na Irlanda: onde é mais barato?
Se tem algo capaz de tirar o sono dos estudantes na Irlanda — e também de muitos irlandeses — é encontrar um imóvel para alugar a preços minimamente acessíveis. Esse tema já foi debatido aqui no E-Dublin muitas vezes nos últimos anos e, de lá pra cá, praticamente nada mudou.
De acordo com a última pesquisa realizada pelo Daft.ie, por exemplo, no último ano houve um aumento de, aproximadamente, 10% no valor dos aluguéis. Com isso, o valor médio nacional do aluguel de um imóvel ultrapassa os 1000 euros mensais.
Entre as causas desses valores elevados, está a lei da oferta e da procura. Ou seja, o número de imóveis disponíveis para venda ou locação no país é um dos mais baixos da história.
Consequentemente, os preços vão parar nas alturas, ainda mais com a falta de regulação no setor, o que deixa uma brecha para os landlords reajustarem os aluguéis simplesmente da forma como bem entenderem.
Um item preocupante apontado pela pesquisa é que o aumento dos aluguéis vem seguindo um índice inflacionário de 10%. Em contrapartida, num aspecto geral, a economia irlandesa está com uma inflação beirando 0%.
Isso indica que, se as coisas continuarem como estão, teremos que destinar uma fatia ainda maior dos nossos salários ao aluguel.
Caro x Barato
Não é surpresa para ninguém que Dublin tem os aluguéis mais caros da Irlanda, certo? Pois bem, a pesquisa aponta que quem quiser alugar uma casa ou apartamento completo na região central da cidade, sem dividir imóvel com mais ninguém, precisará desembolsar sozinho, em média, 1923 euros.
O valor cai um pouco na zona norte da cidade, onde a média de custo mensal é cerca de 1761 euros. Entretanto, morar na zona sul de Dublin é ainda mais caro, com preços que podem, até, ultrapassar 2000 euros por mês.
Claro, isso considerando o aluguel completo de uma casa ou apartamento.
Onde alugar?
Para fugir dos preços altos, recomenda-se evitar a região central de Dublin e buscar os bairros mais periféricos da cidade. O Daft pode ser uma boa opção para se ter uma ideia das médias de valores.
Uma alternativa é se mudar para o interior. Leitrim, por exemplo, é o condado mais barato para se alugar uma residência no país. Por lá, as despesas com aluguel de um imóvel vão consumir, em média, 545 euros do seu salário.
Outra opção é Donegal, onde o custo médio com aluguel fica em 594 euros. Em seguida, vêm os condados de Roscommon e Longford, com valores em torno de 626 e 628 euros, respectivamente.
Moradores de outras grandes cidades irlandesas também têm visto suas despesas com aluguel subirem consideravelmente. Em Limerick, por exemplo, houve um reajuste de mais de 17% no último ano, elevando o valor mensal do aluguel de um imóvel para cerca de 800 euros mensais.
O mesmo aconteceu com Galway, onde alugar uma casa custa, em média, 900 euros. Entretanto, Cork é a cidade com um dos mais baixos reajustes no país, em torno de 8%. Ainda é mais barato que Dublin, mas seus moradores devem reservar pouco mais de 1000 euros mensais para moradia.
Tem solução?
A questão tem sido considerada uma emergência nacional pelo ministro Simon Coveney, responsável pelo setor. Ele afirmou recentemente que as medidas tomadas pelo governo anterior foram ineficientes e que algo deverá ser feito. Entretanto, destacou que os resultados não serão imediatos.
Como procurar moradia?
Dividir uma casa ou apartamento continua a solução mais em conta para os intercambistas.
A região central da cidade é a mais concorrida. Então, se você ainda não arrumou um emprego para ajudar nas despesas ou pretende economizar um pouco mais, considerar os bairros mais afastados vai ajudar.
Além do Daft, diversas vagas são publicadas diariamente nos grupos do Facebook sobre intercâmbio na Irlanda. Só não se esqueça de conhecer bem as regras da casa, se está tudo regularizado com o landlord e de ir pessoalmente conhecer o local antes de fazer qualquer depósito ou pagamento adiantado.
Não deixe de conferir também o e-book que o E-Dublin preparou sobre acomodação, com informações detalhadas sobre a situação atual no país, opções de moradia, valores médios, diferenças entre as regiões da cidade e tudo que você precisa saber para chegar aqui bem mais informado. Clique aqui para baixar gratuitamente!
Tecnologia a favor
Em se falando em geolocalização, em tempos de internet essa situação é bem mais fácil de resolver, sobretudo com os inúmeros recursos que o Google oferece: com ele você pode depurar o mapa de qualquer cidade antes mesmo sequer pisar por lá! Também pode traçar rotas, calcular trajetos, salvar locais e ainda conhecer as opções de transporte público da região. Quer um exemplo? Se você optar por estudar no Dublin Centre e for morar em algumas das ruas do D3, basta jogar no aplicativo e ele já vai te passar possibilidades de chegar até o seu destino com o LUAS, ônibus, de bike ou até mesmo a pé! Se animou?
A cidade é dividida em regiões numeradas de 1 a 24, ou seja D1, D2, D3, que também representam os post codes da cidade. O que, com o tempo, fica bem mais fácil de entender e gravar do que os termos e nomes em gaélico, não é mesmo? Logo, se você encontrar algo do tipo em algum formulário, ou ainda, um nome de rua + D22, já sabe que estará ao sul da cidade, por exemplo.
De qualquer forma, é sempre bom conhecer as regiões pra se situar melhor e, para começar a visualizar Dublin, é preciso entender a organização da cidade, que é toda dividida pelo rio Liffey, de modo que você terá a ‘parte de cima e a parte de baixo’ do rio, ou seja, ao norte e ao sul de Dublin. O centro de Dublin fica ao lado do Irish Sea e do Rio Liffey e se estende até as regiões, 4, 6, 7, 8 e 9.
Vale lembrar que quanto menor o número, mais próximo ao centro da cidade. Quanto menor, mais distante.
Já o porto mais importante de Dublin, Dun Laoghaire (pronuncia-se Dan Lerry), é a única região da cidade que não é dividida por um número
Problemas de moradia em Dublin
Morar na capital traz uma série de vantagens, a cidade tem muito a oferecer em todas as áreas e Dublin não difere nessa característica. Porém, é também essas vantagens que atraem um fluxo grande de estrangeiros justamente para Dublin. A consequência é uma cidade inflada e com grandes problemas de acomodação, e isso independe da região da cidade que você vai escolher.
Por isso, conhecer sobre esses fatores é muito importante para saber o que te espera ao desembarcar na capital irlandesa, Dublin.
Problemas com moradia na Irlanda preocupam setor de TI
O alto preço dos aluguéis e a dificuldade em encontrar acomodação têm afastado talentos da Irlanda. Isso porque profissionais estrangeiros da área de tecnologia estão recusando ofertas de trabalho no país, já que, mesmo com os altos salários, o valor gasto com moradia tem alcançado patamares insustentáveis nos últimos anos.
De acordo com uma pesquisa realizada pela companhia de recrutamento Prosperity, o número de profissionais estrangeiros que declinaram uma oferta de trabalho na Irlanda praticamente dobrou nos últimos anos.
Muitos desses talentos tem optado por permanecer em seus países de origem ou, então, aceitar salários mais baixos e se dirigir a cidades onde o custo de vida é menor.
O fator preocupante para recrutadores do setor é o fato de o mercado tecnológico irlandês depender fortemente do talento de profissionais estrangeiros, já que as universidades do país não dão conta de sustentar o crescimento do setor com a formação de novos profissionais.
Atualmente, estima-se que 40% dos profissionais do setor vêm de outros países. Por esse motivo, segundo a agência Prosperity, empresas de TI vêm oferecendo salários ainda mais elevados com o objetivo de atrair profissionais qualificados para a Irlanda.
Outra medida que vem sendo considerada por empresas de TI e recrutadores é a criação de escritórios satélites em outras cidades europeias, a fim de alocar profissionais que trabalham remotamente em áreas de alta demanda no mercado irlandês, como engenharia de software, conteúdo digital, análise de dados, entre outras.
Preço alto, baixa oferta
De acordo com o último relatório do portal Daft, o preço médio dos aluguéis na Irlanda custa, hoje, 380 euros a mais que no período do Tigre Celta, momento histórico e de grande desenvolvimento no país.
Outro problema recorrente é a pouca oferta de propriedades disponíveis, o que também culmina nos valores altos praticados na atualidade. Só para se ter ideia, em 2009, Dublin disponibilizava cerca de 7 mil propriedades para locação. Hoje, este número não chega a 1500.
Dublin ainda concentra os valores mais altos nos aluguéis. Porém, Cork, Limerick e Galway têm demostrado significativo aumento nos últimos meses. Kildere e Wicklow, regiões próximas à capital, também despontam com valores altos nos para as locações.
Com esse panorama ainda sem solução, apesar de ser um destino que enche os olhos dos profissionais de tecnologia e de outros setores, no quesito custo de vida versus aluguel, a capital Dublin não é um ponto atrativo no momento.
Bairros descolados em Dublin
Grand Canal pela perspectiva de uma Irlandesa.
Talvez você conheça o bairro de Stoneybatter, em Dublin, porque foi lá que as Spice Girls gravaram o clipe de “Stop”, mas também é lá que fica o lar da Carol Hevia. No vídeo de hoje, ela leva a gente pra conhecer um pouquinho das ruas, dos cafés, restaurantes e das lojinhas da região.
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