No último PCVV, uma pergunta dirigida ao Danilo Prado foi exatamente sobre o nível “básico do básico” de inglês. Será que o fato de conhecer muito pouco da língua te causaria problema no início do intercâmbio?
É bem provável que essas perguntas ecoem na mente de muitos intercambistas de primeira viagem. Em que ponto as dificuldades linguísticas se tornam uma barreira na hora de uma entrevista de emprego, por exemplo? Há algum caminho para amenizar os “tropeços” na língua inglesa? O que fazer quando a tão sonhada entrevista é marcada, mas o inglês continua no verbo “to be”?
Por PartiuMundo
A maioria dos intercambistas que resolve vir para a Irlanda tem o objetivo de aprender ou aprimorar o inglês. Porém, se você colocar no currículo “nível de inglês: básico ou intermediário”, as chances de arrumar um emprego são muito pequenas. Portanto, aproveite os primeiros dias para fazer uma espécie de imersão na cultura irlandesa, de modo a sugar o máximo que puder do que tem de disponível na Irlanda a fim de fazer o seu inglês melhorar o mais rápido possível.
Vale ir dez vezes ao supermercado no mesmo dia para ter a oportunidade de se familiarizar com o sotaque, perguntar por direção, mesmo estando na esquina de casa, e até “ficar de butuca” na conversa alheia. Parece bobagem, mas esse exercício prático pode te ajudar – e muito – a começar a se acostumar com a língua e a agregar vocabulário.
Outra dica para treinar o ouvido é criar o hábito de escutar programas de rádio. Não se importe se no início você perder 90% da informação transmitida, pois o importante é perceber que pouco a pouco as palavras vão começar a fazer sentido. Não demorará muito para você perceber que o seu ouvido estará bem mais treinado.
Dessa forma, você já pode ir atualizando o seu currículo com um nível melhor de inglês. Claro que, ainda assim, no momento da entrevista o nervosismo toma conta e parece que você não aprendeu nada nos últimos tempos. Mas tenha calma! A dica é falar que você ainda está se adaptando com o sotaque e pedir para o entrevistador falar mais devagar.
Isso facilitará bastante, acredite!
Outra dica é pesquisar bastante na internet o vocabulário pertinente à área em que você está concorrendo à vaga. Se é para kitchen porter, procure saber como são chamados os utensílios de cozinha, as comidas, possíveis ingredientes, e por aí vai, em inglês. Se a vaga for para cleaner, procure saber os nomes dos produtos de limpeza, das marcas mais utilizadas por aqui, etc. Dessa forma, você demonstrará ao entrevistador que você tem experiência e que está apto a trabalhar naquele setor, o que normalmente é exigido.
O Victor passou alguns apertos nos primeiros dias exatamente por não conhecer muito bem o vocabulário utilizado na cozinha, mas a equipe do café em que ele trabalha atualmente, ao perceber isso, começou a apontar os itens enquanto pediam por eles. Com o tempo ele foi assimilando tudo, mas o fato é que ele teria evitado esse “período de adaptação” caso tivesse estudado sobre os utensílios de cozinha, exatamente como estamos sugerindo agora.
Como sou da área de Comércio de Exterior, não tive muita dificuldade, pois o vocabulário já é em inglês em qualquer empresa, de qualquer país. Tudo isso pra “padronizar” a linguagem e facilitar os procedimentos diários. Assim, não enfrentei muitos problemas. Todavia, tive que me adaptar à rotina de uma empresa irlandesa e tenho aprendido bastante nos últimos tempos. Afinal, é um ambiente de trabalho completamente novo.
A nossa intenção não é desanimar, mas orientar e mostrar a realidade, uma vez que as chances de existir um emprego em que você não precise se expressar em inglês são bem pequenas. A não ser que você esteja buscando emprego como entregador de jornal e plaqueiro, por exemplo, que são cargos que não exigem fluência no idioma. Ainda assim, para conseguir a vaga você terá que ultrapassar as barreiras linguísticas, pois precisará, pelo menos, se fazer entender.
Outra coisa importante é ser sincero. Antes mesmo de começar a responder as perguntas, agradeça a oportunidade e ressalte o seu interesse em melhorar o inglês, deixando claro que o emprego certamente potencializará o seu processo de aprendizagem. Além disso, não tenha receio de pedir educadamente para o entrevistador repetir a pergunta caso você não compreenda. Um “could you repeat please?” ou mesmo um “pardon...” funciona bem.
Existem outras alternativas também. Há inúmeros materiais na internet com relação às entrevistas em inglês. O UOL listou 5 dicas para você se dar bem nas entrevistas de inglês e o Tecla Sap também lista algumas estratégias para quem não quer fazer feio na entrevista.
Treine bastante em casa e prepare-se para o grande momento, assim como fazemos no Brasil. Procure saber sobre a empresa também, pois isso é sempre bom em qualquer lugar!
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Este texto foi revisado por Camilla Gómez em Outubro/2014.
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