Você sabia que é possível fazer um intercâmbio de medicina? Tornar-se médico é um sonho de muitos brasileiros, mas pouca gente sabe que é possível estudar medicina em uma universidade no exterior, começar uma graduação ou, apenas, cursar um semestre fora. Para aqueles que já se formaram e buscam ter uma experiência em outro país, ainda é possível fazer cursos de especialização na área.
Importante saber que, se já é difícil no Brasil, imagina estudar no exterior. Mas saiba que não é impossível fazer um intercâmbio de medicina! Antes de tudo, se esse for o seu objetivo, primeiro você precisa escolher o melhor destino e decidir qual área da medicina quer aprender e se especializar: tradicional, abordagens tecnológicas, pesquisa científica ou políticas de saúde pública.
Em qualquer lugar do mundo, um intercâmbio de medicina demanda dedicação total dos alunos e tem um alto custo – mesmo para aqueles que conseguem uma bolsa de estudo –, além de exigir um desempenho acadêmico acima da média dos outros cursos. No geral, diferentemente do vestibular no Brasil, são levados em consideração outros fatores para o processo seletivo, como cartas de recomendação, atividades extracurriculares e histórico acadêmico.
Neste artigo, vamos mostrar um pouco mais sobre como é um intercâmbio de medicina. Vamos lá?
Leia também: Intercâmbio: como fazer e quais são os principais destinos para brasileiros
O processo seletivo de um intercâmbio de medicina pode variar muito em todo mundo. Quando decidir seu destino, você primeiro deve pesquisar as universidades onde deseja fazer o processo, conferir quais são os requisitos para iniciar a candidatura e verificar as taxas e anuidades do curso. Geralmente, todas as informações ficam no site da instituição de ensino para consulta.
Uma dica é ficar de olho no calendário de datas e fazer um planejamento, pois o processo seletivo para um intercâmbio de medicina é um grande desafio! Para começar, as universidades costumam fazer um filtro bem diferente dos candidatos em comparação a outros cursos que oferecem, isso tudo para que a disputa seja mais acirrada.
Para você ter uma ideia, em Portugal, por exemplo, mesmo com a nota do Enem, que é aceita em diversas universidades graças a uma parceria com o Ministério da Educação (MEC), infelizmente, para o curso de medicina, isso não é possível. Já nos Estados Unidos, é necessário passar por um curso de graduação, depois de quatro anos de ensino superior, para se candidatar ao Med Schools.
Existe sim! A Federação Internacional de Associações de Estudantes de Medicina (IFMSA – sigla em inglês para Federation of Medical Students Associations) é a principal porta de entrada para programas de intercâmbio de medicina fora do país.
Com mais de 1 milhão de estudantes de medicina em 129 países, a IFMSA é uma organização não governamental que representa associações de estudantes de medicina de todo o mundo. O intercâmbio consiste na experiência de estágio voluntário com duração de um mês, em que o aluno aprende e tem a oportunidade de praticar o conhecimento adquirido. Os estudantes só arcam com as passagens aéreas e a hospedagem e alimentação estão inclusas no programa.
Também é possível escolher um intercâmbio de medicina pela Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM), que oferta cindo programas: Standing Committee on Professional Exchange (SCOPE), Standing Committee on Research Exchange (SCORE), Estágios Nacionais (EN), Núcleo Brasil Cuba (NBC) e Núcleo Brasil China (NBChina). Todas as informações do processo seletivo estão no site da instituição.
Outra forma de fazer intercâmbio de medicina é por meio de convênios entre universidades do Brasil e exterior.
Com ensino superior de qualidade, inexistência de vestibular e mensalidades acessíveis nas faculdades privadas, a Argentina se consolidou como o melhor destino acadêmico para todos os estudantes da América do Sul.
Para fazer um intercâmbio de medicina na Argentina, você primeiro precisa entrar para o Ciclo Básico Comum (CBC), para estudar exatas, humanas e biológicas. É um curso preparatório que tem duração de, aproximadamente, seis meses. Durante esse período, são realizados dois exames – chamados de Parciales – para obter uma média. O legal é que o CBC, geralmente, pode ser feito tanto presencialmente quanto online.
Na faculdade pública, o curso é gratuito. Agora, nas particulares, as mensalidades e taxa de matrícula variam de 900 a 2 mil reais, ou seja, os valores são muito mais acessíveis do que no Brasil. Se quiser saber mais detalhes sobre como estudar medicina na Argentina, recomendamos este artigo.
Nos EUA, o curso de medicina é considerado uma pós-graduação. Primeiro, o estudante deve cursar os quatro anos de um bacharelado – mais conhecido como Pre-Med – e, depois, iniciar mais quatro anos do curso de medicina. O custo para estudar medicina nos Estados Unidos pode chegar a até 80 mil dólares por ano.
Os cursos introdutórios considerados essencialmente Pre-Med incluem atividades como serviço voluntário, experiência clínica e aconselhamento de carreira, além de oferecer oportunidades de pesquisa e preparação para o Medical College Admission Test (MCAT), prova que faz parte do processo seletivo das Med Schools.
O processo para um intercâmbio de medicina nos EUA baseia-se no Grade Point Average, mais conhecido como GPA do estudante, cartas de recomendação, redações e, principalmente, a nota conquistada no Medical College Admission Test (MCAT).
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Os Países Baixos (Holanda) estão entre as nações que mais ofertam bolsas de estudos para os brasileiros em suas universidades, inclusive para cursos de medicina. Além da excelência em pesquisa e inovação, o país é bastante receptivo aos estudantes internacionais, principalmente para aqueles que são da área médica.
Uma das melhores instituições é a University of Groningen, com o curso BSc in Medicine – Global Health, que tem duração de três anos e pode ser feito em holandês e inglês. Nesse caso, o intercambista vai precisar desembolsar uma anuidade de 32 mil euros.
O processo seletivo depende muito da instituição de ensino e do tipo programa. No site da Nuffic Neso Brazil – representação oficial no Brasil para as questões referentes ao ensino superior holandês –, é possível encontrar todas as informações atualizadas sobre o que as instituições de ensino superior oferecem aos intercambistas.
Estudar medicina em Portugal costuma ser bem competitivo. A faculdade é regulada pela Direção-Geral do Ensino Superior e é oferecida na modalidade de Mestrado Integrado (MI). Esse modelo foi estabelecido com a assinatura da declaração de Bolonha, em 1999, e permite que o estudante faça graduação e mestrado no período de 6 anos.
Caso o estudante queira fazer uma graduação, por exemplo, vai encontrar um sistema de ensino parecido com o do Brasil, mas com ciclos diferentes: são três anos de ciclo básico e três anos de ciclo clínico.
O acesso a todas as universidades portuguesas para intercâmbio de medicina, com exceção do curso da Universidade de Algarve, é por meio do concurso nacional de acesso ao ensino superior, organizado pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). O curso de medicina pode variar entre 1.500 e 7.000 euros.
Caso queira saber mais como estudar medicina em Portugal, clique aqui para conferir um guia completo preparado pelo edublin.
No Reino Unido, é possível fazer um intercâmbio de medicina em diferentes tipos de graus: graduação de dois anos em treinamento pré-clínico; graduação de três anos em escola especializada ou hospital universitário; e graduações de seis anos, caso você queira escolher outras disciplinas de estudo.
Os requisitos de admissão das escolas variam e são muito competitivos. Além de comprovar o domínio da língua inglesa e passar por uma entrevista, as universidades podem exigir o Teste de Aptidão Clínica da Universidade (UCAT) e o BioMedical Admissions Test (BMAT).
Outros diplomas são aceitos como A-level (nível A) e International Baccalaureate Programme (Programa Internacional de Bacharelado). Quem sai direto do ensino médio no Brasil precisa fazer Foundation Year, que é um programa acadêmico de preparação para a universidade, destinado a estudantes estrangeiros. Os cursos de medicina custam, aproximadamente, entre 12 e 27 mil libras anuais.
A Irlanda também oferece a possibilidade de estudantes estrangeiros fazerem um intercâmbio de medicina. No geral, os programas são universitários e podem custar, em média, 45 mil euros por ano, dependendo da instituição de ensino.
Por lá, também não existe vestibular, e o candidato precisará preencher os pré-requisitos da instituição e fazer um teste específico para entrar em um curso de medicina no país. O processo seletivo é longo, um pouco complicado e envolve algumas etapas para aplicação. Os candidatos podem se inscrever em programas de cinco e seis anos, e o tempo de duração do curso dependerá do seu nível atual de educação.
Todas as universidades irlandesas têm uma abordagem bastante moderna da medicina, com uma base sólida em ciências biomédicas e anatômicas sendo ministrada por meio de Problem-Based Learning — PBL (Aprendizagem Baseada em Problemas), antes do início do ensino patológico e clínico nos últimos anos. O edublin preparou um artigo contando como é todo o processo, basta clicar aqui para saber mais!
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