Tem mais de 50 anos e acha que intercâmbio não é para você? Programas especiais, países e vistos para quem já passou dos 50 na Europa.
Cabeça aberta, energia, jovialidade, disposição para novos desafios. Esse é o perfil de muitos que optam por um intercâmbio, mas saiba que não são só os mais novos que embarcam nessa. Adultos na terceira idade – ou melhor idade, como muitos preferem – estão cada vez mais inflados por esse espírito aventureiro, aumentando as buscas nas agências, seja para o aprendizado de idiomas ou o ‘cultural’, que envolve cursos como gastronomia, filosofia, literatura, artes, entre outros.
Esse ‘novo intercambista’ já leva uma vida mais estável, com filhos adultos e sem a pressão ou a incerteza do que fazer após essa experiência ou como enfrentar o mercado de trabalho depois de uma temporada fora. Em outros casos, colocam os planos de intercâmbio como alternativa à aposentadoria, atentos à importância de manter o cérebro ativo, ter contato com outras pessoas e exercitar o corpo de alguma forma – e nós sabemos a diferença que uma boa viagem pode fazer por isso!
A maioria dos países é receptiva ao público mais velho, com exceção do Catar – que não processa vistos de turismo para pessoas com mais de 60 anos. Entre os destinos mais procurados, estão os Estados Unidos – que isentam a presença de pessoas de 66 a 79 anos na renovação do visto ou dispensam da entrevista no Consulado pessoas a partir de 80 anos (o que não garante a emissão do mesmo) -, Canadá – desde maio, quem tem o visto americano válido, não precisa solicitar visto de permanência até 6 meses – e países da Europa, como Itália, Espanha, Malta, França e Irlanda, por exemplo, com inúmeras opções na categoria cultural e que possibilitam o visto de turista – mais fácil de ser adquirido, para permanência de até 3 meses.
Na Irlanda, há pacotes com duração a partir de duas semanas, com 15 horas de aulas de inglês por semana, em Dublin. Em geral, a viagem acontece com pessoas da mesma idade, assim como o curso, e a ideia é manter a hospedagem em residências estudantis ou casas de família – com opção para acomodação individual também em hotéis. Para os cursos de idiomas, existem turmas apenas com maiores de 30 anos, mas não há regras fixas para isso.
Fazer intercâmbio requer planejamento, não importa a idade do viajante. Sempre escolha uma agência capacitada – lembrando que algumas já oferecem pacotes exclusivos.
Quanto ao destino, opte por um país que você tenha afinidade, sobretudo se não houver facilidade com o idioma, e procure aliar um curso paralelo para estimular ainda mais o aprendizado. Esteja aberto para a vivência local para ampliar o vocabulário e treinar. Leve em conta quantas horas pretende destinar aos estudos para planejar passeios e outras atividades e avalie a escola onde irá estudar.
Quanto à hospedagem, verifique a localização – além de buscar bairros mais seguros, certifique-se de que irá economizar tempo e dinheiro estando bem localizado – e igualmente informe-se sobre possíveis regras e questões relacionadas à alimentação.
Um intercâmbio não se restringe à escola, passagem e hospedagem. Calcule os gastos com refeição, transporte, passeios e considere uma verba para compras e uma reserva extra para imprevistos.
Seguro saúde e viagem: não saia de casa sem ele, nunca! Em caso de uso de medicamentos contínuos, tenha em mãos as receitas destes. Mantenha uma lista com telefones úteis e endereços importantes, como o da escola, do transfer, da agência e da sua moradia. Dê uma checada se o seu destino tem exigências como vacinas ou outras documentações e planeje tudo com antecedência.
Por fim, se jogue! Não tenha vergonha, converse com as pessoas, comunique-se e se envolva com os nativos: isso irá contribuir muito com sua experiência e, além da riqueza do intercâmbio, você ainda irá se divertir.
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