Intercâmbio e o choque cultural. Você está preparado?

Intercâmbio e o choque cultural. Você está preparado?

Juliana Polydoro

8 anos atrás

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Preparados para o choque cultural que o intercâmbio pode causar? Foto: Shutterstock

Já falamos muito aqui sobre a decisão de fazer um intercâmbio, os medos envolvidos, as dificuldades e sobre o que deixamos para trás quando tomamos a decisão de viver em um outro país. Agora vamos falar um pouco sobre o processo de adaptação ao chegar em um outro país.

Quando chegamos em um outro país, estamos nos lançando em uma aventura e isso provoca uma sensação agradável. Mas depois de um tempo algumas coisas podem começar a incomodar: a língua, a solidão, a diferença na alimentação, a saudade da família e dos amigos.

Ao chegar na Irlanda você verá tudo escrito em inglês e as pessoas falando outro idioma o tempo todo, o que pode provocar, a princípio, uma sensação agradável se você pensar que terá facilidade em aprender a nova língua. Depois, pode provocar um pouco de raiva e frustração, por não conseguir fazer um pedido em um restaurante, ou conversar com alguém em um bar. Outro sentimento muito comum é se sentir inferior às outras pessoas que sabem falar inglês, ou que nasceram falando inglês. Você pode pensar que na sua língua materna você é super inteligente, e por não saber falar direito a outra língua as pessoas vão pensar que você não é tão inteligente assim.

Bom, a primeira coisa a saber é que todos esses sentimentos são normais e que você deve tentar lidar com eles de uma forma construtiva, pois podem ser usados de forma a impulsionar o seu aprendizado. Ao invés de ficar triste ou deprimido por não conseguir se comunicar direito, fique feliz por estar em um lugar em que você aprenderá até lendo placas na rua. Entenda que todas as pessoas tem a capacidade de aprender um novo idioma, mantenha a mente aberta e não se deixe bloquear pelo sentimento de inferioridade.

Apesar de Dublin ser uma cidade pequena, ela pode parecer enorme no começo, por você não saber onde ficam as coisas, como chegar até os lugares que você deseja, onde comprar o que você precisa e gosta. Isso só o tempo poderá te ajudará, sem contar que a maioria dos lugares dá pra ir a pé. Vá, mesmo que não saiba bem aonde fica. Vá conhecendo a cidade e os caminhos. Aos poucos você também conhecerá as linhas de ônibus e entenderá o funcionamento da cidade. Saia e ande – é se perdendo que a gente aprende!

Se sentir sozinho e sentir saudades dos amigos, da sua família e da rotina que você tinha no Brasil também é normal. Aos poucos você estabelecerá uma nova rotina, conhecerá pessoas novas e fará novos amigos. Cada situação é uma experiência e um aprendizado e tudo é passageiro, então aproveite o momento!

Com relação à alimentação, a comida é bem diferente, mas a comunidade brasileira é enorme. Aos poucos você encontrará o que gosta e poderá encontrar comida brasileira em muitos locais. Mas não se prive de experimentar, mesmo que não goste, a comida irlandesa. Lembre-se você está vivendo uma experiência e a palavra de ordem é EXPERIMENTAR!!!

A chave do processo de adaptação é a paciência. Tenha paciência com você mesmo, entenda que você está passando por um processo que não acontecerá do dia pra noite, que o que você sente, a maioria dos outros intercambistas também sentiram ou sentem. O tempo e a disposição para viver essa experiência é que farão com que o intercâmbio se torne realmente interessante e um aprendizado não só sobre uma nova cultura, mas sobre você mesmo!

Todos os momentos da nossa vida tem suas dores e delícias. Aproveite as delícias e aprenda com as dores!

Seja feliz sempre!

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Juliana Polydoro, Psicóloga, mestre em psicologia da Saúde, com experiência em diversas áreas dentro da Psicologia, agora trabalha somente com clínica, atendendo presencialmente e por skype. É também escritora, poeta, roteirista de filmes, viajante, peregrina e dançarina.

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Como contratar um intercâmbio na Europa


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