Você está começando a cogitar uma experiência acadêmica, mas não sabe o que Portugal tem a oferecer? Então seus problemas acabaram, pois o E-Dublin está aqui para compartilhar com você um pouco sobre duas das principais universidades portuguesas, bem como as formas de acesso e as implicações pós-Bolonha.
A primeira boa notícia e que pouca gente sabe ou lembra na hora que pensa em Portugal é que a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil assinaram em 2003, o Tratado de Amizade que concede aos brasileiros residentes em Portugal exatamente os mesmos direitos que os portugueses. O mesmo ocorre para portugueses que estejam residindo no Brasil.
O Estatuto de Igualdade deve ser solicitado em território português, não sendo possível solicitá-lo antes da entrada em terras lusófonas, e o brasileiro que desejar fazê-lo deve cumprir uma série de requisitos como ter a autorização de residência, que é concedida pela imigração assim que se chega ao território português e, para este, deverá ter o seguro exigido de brasileiros para a Europa, prova de que dispõe de meios financeiros de subsistência, dentre outros. Você encontra informações mais detalhadas aqui.
É importante mencionar o Tratado de Bolonha, que reformou o Ensino Superior Europeu sob alguns aspectos. Uma das mudanças que mais interessam a nós, brasileiros, é o fato de o tempo da graduação ter sido reduzido em alguns cursos. As licenciaturas, por exemplo, em vez de durarem 4 anos, como no Brasil, agora duram três.
Por que isso nos interessa?
Simplesmente porque para aquele que pretende ter equivalência de diploma no Brasil após a conclusão de um curso de licenciatura aqui na Europa, o processo pode ser um pouco mais complicado, visto que em nosso país o curso ainda tem quatro anos de duração.
A equivalência de diploma deve ser solicitada em uma universidade pública brasileira, à escolha do solicitante. Este deve ser cauteloso ao escolher o curso pelo qual deseja equivalência, pois deve buscar aquele mais próximo do que cursou aqui na Europa. Assim sendo, a maioria das universidades estabelece que se o candidato não tiver equivalência igual a 70%, o pedido é indeferido. Caso seja igual ou superior, pode ser deferido ou então pode ser solicitado ao requerente que ele cumpra mais alguns requisitos, ou seja, que curse mais algumas disciplinas a fim de integralizar o curso.
Assim como no Brasil, as universidades portuguesas são conhecidas pela qualidade de seus cursos. A Universidade de Coimbra tem forte tradição em Direito, Medicina e Engenharia, enquanto a Universidade do Porto carrega, além da responsabilidade de ministrar cursos de excelência em Medicina, a de fazê-lo na mesma proporção na área de Arquitetura. Em Lisboa encontram-se universidades que ganham fama pelos cursos de Relações Internacionais, Gestão e Economia.
Realizar a candidatura ao DGES ou transferir o curso da sua universidade brasileira para uma universidade portuguesa, mas lembrando sempre de observar os requisitos que cada uma dispõe para uma candidatura desse tipo.
Acesse o calendário do DGES aqui.
Outro ponto mais do que positivo para nós, brasileiros, é o fato de o custo de vida em Portugal ser um dos mais baixos da Europa. Pode-se dizer que o custo de vida em Portugal assemelha-se ao custo de vida no Brasil, o que não pesará tanto caso você decida fazer uma faculdade aqui.
Todavia, se você pensa em ir para Portugal e arrumar um emprego para se sustentar, esqueça, pois a crise ainda dá as caras por lá e os próprios portugueses disputam as poucas vagas oferecidas quase que “a tapa”. Portanto, não conte com isso!
Com a informação de que é possível ser tratado quase que como um português e sobre os custos de vida em Portugal, podemos passar às informações sobre algumas das universidades portuguesas.
Aqui na Europa, o fato de uma universidade ser pública não significa dizer que ela é gratuita, portanto, fique atento ao valor das propinas, que geralmente podem ser parceladas em até 4 vezes. O não pagamento te impede de realizar a matrícula no ano letivo seguinte assim como faz com que o que você cursou não saia dali, de dentro da universidade. Caso não pague, você não poderá obter sequer um diploma com as disciplinas cursadas.
A propina (anuidade) referente ao primeiro ciclo na Universidade do Porto, isto é, à graduação, equivale a 999 euros. Grande parte dos mestrados custa em torno de 1000 euros anuais, enquanto um doutoramento fica em torno de 1500 euros anuais. Todavia, vale o investimento no Estatuto de Igualdade para uma possível candidatura às bolsas oferecidas que, se não cobrem os custos da anuidade, já amenizam bastante.
Aqui falaremos de três universidades, mas com a ressalva de que há muito mais para se descobrir quando o assunto é academia. Convém lembrar que Portugal dá as caras no ranking das melhores universidades do mundo com a Universidade do Minho no Ranking de 2013/2014.
A Nova é uma universidade relativamente recente, fundada em 11 de agosto de 1973, mas que já carrega consigo o peso de ser uma das referências de Lisboa.
Hoje a Universidade Nova é descentralizada e conta com as seguintes faculdades: Ciências e Tecnologia, Ciências Sociais e Humanas, Business and Economics, Ciências Médicas, Higiene e Medicina Tropical, Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação, Instituto de Tecnologia Química e Biológica e Escola Nacional de Saúde Pública.
Fundada em 22 de março de 1911, logo após a implantação da República em Portugal, a Universidade do Porto ocupa ainda hoje lugar de excelência dentro do contexto acadêmico.
Atualmente, a Universidade do Porto conta com catorze faculdades, que serão listadas a seguir, e uma escola de pós-graduação, a Escola de Gestão do Porto, criada em 1988, cuja designação passou a ser Escola de Negócios da Universidade do Porto a partir de 2008.
As faculdades que hoje fazem parte da Universidade do Porto são: Arquitetura, Belas Artes, Ciências, Ciências da Nutrição e Alimentação, Desporto, Direito, Economia, Engenharia, Farmácia, Letras, Medicina, Medicina Dentária, Psicologia e Ciências da Educação e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.
A Universidade de Coimbra conta com as Faculdades de Letras, Direito, Medicina, Ciências e Tecnologia, Farmácia, Economia, Psicologia e Ciências da Educação, Ciências do Desporto e Educação Física e ter o privilégio de fazer parte dessa universidade não é tão difícil assim. Assim como a Universidade do Porto, se não for através de um programa específico de intercâmbio, você pode tentar a transferência ou mesmo o ingresso direto através do Concurso Nacional de Acesso (DGES).
Diferentemente da Universidade do Porto, a Universidade de Coimbra não tem um valor anual para todos os cursos. Eles variam. Dessa forma, aconselhamos que busque a informação para o curso que deseja no site da própria universidade, assim como as características do curso, quadro docente, etc., eles publicam também o valor da propina (anuidade).
Veja aqui a lista dos cursos oferecidos pela Universidade de Coimbra.
É importante acrescentar que, embora estejamos falando de universidades portuguesas, muitas delas possuem disciplinas ministradas apenas em inglês, geralmente por professor nativo. Além disso, aqueles que pretendem estudar línguas podem dar saltos de alegria, pois também terão aulas ministradas em espanhol, italiano, alemão, etc. E assim como no caso da língua inglesa, as demais línguas também são, geralmente, ministradas por nativos.
Antes de encerrarmos o texto lembramos a você que na hora de pesquisar no site das universidades portuguesas lembre-se de que o que chamamos de licenciatura aí no Brasil, aqui é chamado de 1º Ciclo, enquanto o Mestrado recebe a nomenclatura de 2º Ciclo e o Doutoramento de 3º Ciclo.
Esperamos que o texto tenha ajudado a esclarecer algumas dúvidas e aberto um pouco mais seus horizontes!
Camilla Gómez também escreve em seu blog pessoal, onde relata suas viagens e experiências de vida.
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