A Science Foundation Ireland (SFI) e o Centre for Research Training (CRT) estão oferecendo 36 bolsas de doutorado totalmente financiadas com início previsto para setembro de 2022. Elas estão disponíveis nas universidades University of Limerick (UL), University College Dublin (UCD) e Maynooth University (MU).
Serão cerca de € 20 milhões disponíveis para as bolsas, distribuídos em € 18.500 anuais por aluno, além de subsídio de viagem para atividades relacionadas com pesquisa e treinamento.
As inscrições se encerram às 17h de 1º de fevereiro de 2022. As avaliações das inscrições continuarão em uma base contínua até que todas as vagas sejam preenchidas.
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O objetivos das bolsas é treinar alunos de doutorado com formação fundamental em Applied Mathematics, Statistics and Machine Learning (Matemática Aplicada, Estatística e Aprendizagem de Máquina).
Segundo informa o site da fundação, os temas serão combinados “aplicando-os aos desafios do mundo real” em áreas como Análise de Dados, Privacidade e Segurança, Manufatura Inteligente, Redes e Saúde e Bem-estar.
Os alunos terão participação na indústria por meio do trabalho em projetos industriais e terão estágios acadêmicos em instituições colaboradoras de renome internacional.
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Os alunos de doutorado treinam e trabalham juntos, formando um grupo diversificado de estudantes de todos os cantos do mundo, incluindo Brasil, Índia, Malásia, Itália, Polônia, EUA, Alemanha, Irlanda, México e China.
Entre os brasileiros está Eduardo Maekawa, 35, natura de Ipeúna, São Paulo. Ele é data scientist e é formado em Matemática com mestrado em Engenharia com foco em “Machine Learning”.
Ele contou que em alguns módulos o doutorando faz uma imersão com as empresas para resolver casos reais em um período de uma a duas semanas.
“No fim do primeiro ano, somos alocados nas empresas parceiras (Microsoft, HP, entre outras) para realizar um projeto de três meses. No segundo ano, temos a opção de fazer projetos novamente ou ir para universidades parceiras espalhadas pelo mundo inteiro”, relatou.
Eduardo ressalta as masterclasses com professores renomados na área e eventos de networking com as empresas parceiras. “As empresas têm muito interesse em recrutar os doutorandos e há grandes chances de você sair empregado ao fim do curso”.
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O programa exige 37 horas semanais, incluindo tutorias obrigatórias. No caso dele, auxilia a professora em uma matéria de laboratório de matemática. Segundo o doutorando, a tutoria ajuda em muitos os aspectos, pois exige didática para passar o conteúdo e melhora muito a habilidade de “storytelling”, melhora habilidades de apresentação, melhora a comunicação no inglês, etc.
“Em relação a parte acadêmica, aprendemos muito a parte técnica-científica o que nos ajuda a criar coisas inovadoras e não somente reproduzir técnicas conhecidas. O pensamento crítico é muito presente e temos muito network com professores de universidades de todo mundo.”
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De acordo com Eduardo, o processo possui três fases. Ele explicou o que é preciso para cada uma delas.
Ele explicou que todos os alunos que forem aprovados ganham bolsa. No entanto, todo o custo com tradução, testes e passagem aérea e transporte o aluno deve bancar.
Eduardo deu algumas dicas para quem quer passar na seleção para a bolsa de doutorado. “Leia atentamente tudo que é pedido no site, se atente aos detalhes do que é solicitado e inclua tudo na sua aplicação”, disse.
Sobre a redação, segundo Eduardo, é bom olhar alguns exemplos de “best universities essays”. “Eles recomendam escrever sua redação de forma narrativa exaltando pontos interessantes para que os recrutadores lembrem de você. Se planejem, façam uma lista do que deve ser feito e execute tudo.”
Para saber mais sobre a estrutura do programa, áreas de pesquisa, requisitos de entrada e como se inscrever, visite www.data-science.ie.
Eduardo contou o motivo de ter saído do Brasil para fazer doutorado na Irlanda. Após trabalhar na área de Data Science em São Paulo e passar 12 anos trabalhando como analista de dados em ramos como seguradora, banco, telecom, agronegócio e pecuária, fez mestrado em Engenharia com foco em “Machine Learning”. Isso possibilitou que ele trabalhasse em uma empresa que o levou ao Vale do Silício.
“Foi nessa visita que pude trabalhar em uma área de pesquisa de ponta com muitos PhDs envolvidos. Vi na prática que a inovação se faz através da ciência. É muito fácil você reproduzir conceitos já conhecidos, mas criar novos algoritmos são outros quinhentos.”
Foi então que ele percebeu o quanto um doutorado poderia agregar à sua carreira. Ele se interessou pelo programa na Irlanda que é uma iniciativa do governo para formar mais pessoas aptas a trabalharem principalmente nos cargos de “critical skills”.
“A melhor parte deste programa é a mescla entre academia e indústria. E isso foi o principal motivo de ter me interessado. Você estará apto ao final do doutorado a seguir carreira acadêmica ou na indústria.”
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