Irlanda pausa entrada de refugiados no país por falta de acomodação

A Irlanda descreveu a crise imigratória como em uma “fase de extrema dificuldade” por conta da falta de acomodação no país.

Um comunicado oficial do governo, por meio do Departamento de Crianças, Igualdade, Deficiência, Integração e Juventude, é voltado a estrangeiros que pretendem pedir asilo na Irlanda.

“O governo irlandês pede àqueles que estão pensando em buscar refúgio na Irlanda e que estão atualmente em locais seguros que não viajem para a Irlanda neste momento e adiem os preparativos de viagem para vir para a Irlanda. Isto é devido a uma grave escassez de alojamento disponível.”

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— Children, Equality, Disability, Integration, Youth (@dcediy) January 23, 2023

Pressão migratória cresce na Irlanda

A Irlanda tem sentido uma pressão e intensificação da crise imigratória. Nos últimos meses, a Irlanda acomodou mais de 73 mil pessoas que se refugiaram por meio do programa de proteção internacional, principalmente aqueles que fogem da guerra na Ucrânia.

Agora, o governo irlandês fechou temporariamente a central de processamento para refugiados e requerentes de asilo na região de Citywest, em Dublin, que atingiu sua capacidade máxima.

A central deve seguir processando os refugiados que já chegaram ao país, mas não tem condições de fornecer acomodação emergencial para novos candidatos adultos, privilegiando apenas famílias com crianças.

Segundo o governo, os dados dos novos solicitantes serão coletados e, assim que houver acomodação disponível, serão contactados.

Entidade se prepara para acolher refugiados

Irlanda pede a refugiados que não procurem o país e pausa atendimento em Dublin. Foto: Anastasiia Krutota on Unsplash

Enquanto o governo anuncia a falta de acomodação, a entidade irlandesa The Capuchin Day Centre afirmou estar se preparando para acolher pessoas que podem ficar nas ruas por conta da crise.

De acordo com o local, comandado pelos freis capuchinhos, o número de sem-teto precisando de uma acomodação pode crescer.

À rádio RTÉ, o gerente da entidade, Alan Bailey, disse que não há previsão de quantos poderão buscar o local para se refugiar, mas espera que o centro esteja preparado para recebê-los.

“Sentamos com a equipe às 6h da manhã e trabalhamos na logística de um grande fluxo hoje, sentimos que estamos prontos para isso”, disse.