O primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, discursou na tarde desta terça-feira, 4 de agosto, para anunciar uma pausa na flexibilização do lockdown na ilha. A expectativa era que, em 10 de agosto, próxima segunda-feira, a quarta e última fase fosse iniciada na ilha, reabrindo pubs, bares de hotéis, boates e cassinos, o que não vai acontecer.
O governo também vai obrigar, a partir de 10 de agosto, o uso de máscaras em shopping centers e todos os tipos de lojas. Todas as decisões serão revistas em três semanas.
De acordo com o discurso de Martin, o aumento na média de casos por dia levou a esta decisão, seguindo orientação da equipe médica do governo. “Em nossa última atualização sobre a resposta nacional ao COVID-19, pausamos a Fase 4 do plano de reabrir nosso país com base em evidências preocupantes de um aumento na transmissão da doença na sociedade”, disse o primeiro-ministro.
A antecipação da fase 4 já havia sido cancelada em 20 julho e sua data original, 10 de agosto, até então estava mantida. “Está claro que nossa abordagem cautelosa em meados de julho foi a abordagem correta”, disse Martin.
A média de novos casos por dia durante uma semana subiu para 45,4 em julho sendo que o número estava em 6,4 em 24 de junho.
“Para ser claro, esses números ainda são bons em um contexto internacional. O povo irlandês fez um trabalho incrível no controle desse vírus. Mas os números mostram quão importante é para nós permanecermos vigilantes e nos mantermos atualizados”, afirmou.
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Além da permanência da proibição de abertura de pubs, bares de hotéis, cassinos e casas noturnas, o governo vai manter as restrições atuais sobre o número de participantes de reuniões internas e externas, que foram atualizados em julho.
Os eventos continuam permitidos com no máximo 50 pessoas em locais fechados e 200 em locais abertos, porém houve uma mudança a respeito de casas particulares. Apenas 10 pessoas são permitidas em lares e apartamentos vindas de no máximo quatro locais diferentes.
“As evidências internacionais mostram muito claramente que os bares e boates que reabrem muito cedo levam direta e inextricavelmente ao aumento da transmissão da comunidade. E essa é a pior coisa que poderia acontecer aqui. Seria muito prejudicial para a nossa economia a longo prazo, seria muito prejudicial para o nosso plano de reabrir as escolas com segurança e, é claro, seria muito prejudicial para a saúde pública”, disse Martin.
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