O Taoiseach (primeiro ministro) da Irlanda, Leo Varadkar, disse que a Irlanda vai votar contra o acordo comercial entre União Europeia e o Mercosul se o Brasil não estiver de acordo com os padrões de proteção ambiental e proteger a Amazônia. De acordo com um comunicado oficial, divulgado na quinta-feira, 22 de agosto, Varadkar disse: “Não há como a Irlanda votar o acordo de livre comércio entre UE e Mercosul se o Brasil não honrar seus compromissos ambientais”.
O Taoiseach afirmou estar preocupado com os incêndios que ocorrem na Amazônia. “Os esforços do Presidente Bolsonaro para culpar ONGs ambientais pelos incêndios são ‘orwellianos’. Sua declaração de que o Brasil permanecerá nos acordos de Paris sobre a mudança climática ‘por enquanto’ vai levantar antenas em toda a Europa”, acrescentou.
“O acordo com o Mercosul está a dois anos de uma votação sobre aprovação na Europa”, disse Varadkar. “No decorrer desses dois anos, vamos monitorar de perto as ações ambientais do Brasil. Não há como dizer aos agricultores irlandeses e europeus sobre o uso de menos pesticidas, menos fertilizantes, abraçar a biodiversidade e plantar mais terras, e esperar que eles façam isso, se não fizermos acordos comerciais dependentes de padrões ambientais, trabalhistas e de produtos decentes”, disse o Taoiseach.
A fala de Varadkar também foi destaque na imprensa irlandesa. O jornal Irish Times publicou que a declaração de Varadkar está entre outras críticas internacionais ao Brasil em relação à resposta de Bolsonaro aos incêndios na Amazônia. O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu que os incêndios na Amazônia fiquem no topo da agenda da cúpula do G7.
O Independent disse que Varadkar “atacou o polêmico presidente brasileiro Jair Bolsonaro por sua declaração de que grupos ambientalistas estivessem abrindo fogo na floresta” e que o governo “está sob grande pressão de produtores de carne bovina”.
A RTÉ destacou as falas de Varadkar em que diz que o acordo com o Mercosul está a dois anos de uma votação sobre aprovação na Europa e que, durante esse período, as ações ambientais do Brasil serão monitoradas de perto.
Também destacou a fala do chefe da ONU, Antonio Guterres, que disse estar “profundamente preocupado” com os incêndios. “No meio da crise climática global, não podemos permitir mais danos a uma fonte importante de oxigênio e biodiversidade.”
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