O primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, divulgou sua mensagem de pesar pela morte da rainha Elizabeth II, nesta quinta-feira, 8 de setembro de 2022. Ela morreu em sua residência na Escócia, aos 96 anos de idade.
Segundo o chefe do Executivo irlandês, o reinado da rainha foi de duração histórica, imensas consequências e foco de respeito e admiração em todo o mundo. “A sua dedicação ao dever e ao serviço público eram evidentes e a sua sabedoria e experiência verdadeiramente únicas.”
“À sua família e povo enlutados, o Governo irlandês junta-se a vós no luto pela perda de uma mulher excepcional que liderou pelo exemplo calmo e digno e que tocou tantas vidas durante o seu reinado excepcionalmente longo. Nosso mundo é um lugar mais pobre com sua morte, mas um lugar muito mais rico e melhor como resultado de sua longa vida e contribuição duradoura”, finalizou.
Em um longo texto, o presidente da Irlanda, Michael Higgins, se disse pessoalmente enlutado pela morte de Elizabeth II.
“Em nome do povo da Irlanda, gostaria de expressar minha sincera solidariedade à Sua Majestade o Rei e à Família Real por sua grande perda pessoal. Posso oferecer minhas mais profundas condolências ao povo britânico e aos membros da Commonwealth pela perda de uma Chefe de Estado única, comprometida e profundamente respeitada.”
Higgins destaque que Elizabeth serviu ao povo britânico com dignidade excepcional. “Seu compromisso pessoal com seu papel e extraordinário senso de dever foram as marcas de seu período como rainha, que ocupará um lugar único na história britânica.”
Higgins relembrou a “excepcional hospitalidade concedida” a ele e sua esposa na visita de Estado do presidente irlandês à Grã-Bretanha, em 2014. “Juntos, celebramos a interligação profundamente pessoal entre o povo irlandês e britânico, uma ligação encarnada pelas centenas de milhares de famílias que se mudaram entre nossas costas ao longo dos séculos.”
Mesmo com o histórico de guerras entre a República e o Reino Unido, Elizabeth foi responsável por manter uma relação respeitosa e até carinhosa entre os dois países nos últimos anos.
Apesar disso, a rainha demorou 60 anos para visitar a Irlanda, mesmo assim, foi a primeira monarca a viajar ao país depois da independência da Irlanda.
Martin destacou a visita da rainha à Irlanda em 2011, quando “marcou um passo crucial na normalização das relações” entre Irlanda e Reino Unido, “nosso vizinho mais próximo”. “Sua popularidade com o povo irlandês também foi muito evidente e claramente teve um impacto muito positivo na rainha”, disse.
Em 2011, Elizabeth visitou o Garden of Remembrance, em maio, reverenciando-se aos heróis que morreram lutando contra o exército de seu país em busca da independência.
Ela também fez um discurso simbólico, no Castelo de Dublin, naquela mesma tarde, abrindo sua fala em gaélico e se colocando em empatia com quem sofreu com o “passado conturbado” entre Irlanda e Reino Unido.
Segundo destaca o jornal The Independent, Elizabeth e seu marido tiveram um papel importante para elevar a boa vizinhança entre Irlanda e Reino Unido.
Além de Dublin, Elizabeth esteve em Cork, onde visitou o “The English Market”. A visita foi histórica e lembrada até hoje pelo bom humor da rainha.
“Acho que ela realmente queria vir para a Irlanda, ser nossa amiga, ser uma boa vizinha”, disse Pat O’Connell, dono de uma barraca de peixes do mercado inglês, uma das que a rainha visitou, ao The Irish Examiner.
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