Paisagens de tirar o fôlego – pelo tamanho e exuberância. Assim são as impressões daqueles que viajam pelo deserto. Com cenários muitas vezes intrigantes, viajar para estes destinos requer atenção especial em diversos aspectos: clima, transporte, roupas e até eventuais equipamentos.
Cheque com atenção as informações quanto ao clima e aridez, pois as altas temperaturas durante o dia, baixas à noite e o tempo seco costumam ser preponderantes na maioria deles.
Considere equipamentos como GPS e telefone por satélite, além de roupas apropriadas.
Tenha sempre água e alimento por perto. Proteja-se do sol (tenha protetor solar, chapéus ou lenços à mão). Itens de primeiros socorros também são indispensáveis.
Mas para onde ir?
Localizado no Chile e fronteiriço ao Peru, na América do Sul, o deserto do Atacama possui mais de 100 mil km² e é considerado uma das regiões mais áridas do planeta, com temperaturas em extremo (bem quente durante o dia e muito frio à noite). E mesmo com essas intempéries, é igualmente considerado um dos mais bonitos do planeta. Nele é possível ver gelo, areia, sal (os famosos salares), gêiseres, lagunas, além da riqueza da fauna e flora. Para ir ao deserto, a rota mais fácil é via a capital, Santiago, até Calama, de avião (100 km de São Pedro) ou então até São Pedro do Atacama (1600 km de distância da capital), de onde partem a maioria dos passeios. Para os aventureiros de plantão, o Chile possui boas companhias de ônibus que fazem o longo percurso ou ainda há pessoas que alugam um carro a partir de Salta (norte da Argentina) ou Potosí, na Bolívia.
Seis dias é um período aconselhável para quem quer fazer os principais passeios. Como membros do Mercosul, brasileiros não necessitam de visto para a entrada do país, que pode até ser feita com a carteira de identidade (com menos de 10 anos de emissão).
O segundo maior deserto do mundo – e o mais quente. Localizado para lá de Marrakesh e com muitos contrastes, para conhecer o Saara é preciso desvendar um pouco do Marrocos até a cidade de Merzouga, a ‘porta de entrada’ para o deserto, mais acessível do que a própria Marrakesh e a tão famosa e turística cidade de Fez, outro ponto de partida para lá. Em geral, os tours são feitos com transporte em veículos 4×4 e para fazer os principais passeios, como andar a camelo, sandboard, ver o pôr e o nascer do sol e dormir sob o luar do deserto, são indicados 4 dias. Se possível, dê uma passada por Ouarzazate, a maior cidade da região e um grande polo cinematográfico.
Dubai, que já fez parte de um deserto antes de se tornar uma das cidades mais ricas do mundo, já vale a viagem pela sua singularidade. Adicionar a ela um tour pelas areias, pode ser mais fácil do que se imagina. Um dos passeios mais procurados pelos turistas acontece à tarde e inclui emoções dentro de um jipe 4×4 pelas dunas até o acampamento de beduínos, onde será servido um jantar seguido de um show de dança e músicas típicas, com dança do ventre. A atração custa, em média, cerca de 90 dólares e pode ser adquirida nas agências locais com transporte de ida e volta, safári, bebidas na segunda etapa, passeio de camelo, petiscos e jantar, inclusive com bebidas alcoólicas, além do show.
Tanto no Marrocos quanto em Dubai, considere as ‘regras’ culturais quanto à vestimenta e o comportamento, que deve ser discreto, entre casais.
O Death Valley, ou Vale da Morte, constitui um parque que faz parte do Deserto de Mojave, Califórnia, nos EUA, e fica entre os estados de Nevada e Califórnia, tendo em Las Vegas um dos principais pontos de partida. A entrada no parque custa US$25 por carro (o melhor jeito de conhecer a região) e vale por 7 dias.
Ficou famoso em meados do século 19 durante a Corrida do Ouro e recebeu esse nome devido às características extremas e de completo isolamento pelas quais os garimpeiros passavam ao enfrentá-lo. Nele, não somente as paisagens arenosas ou repletas de dunas são observadas, mas também grandes elevações montanhosas e formações rochosas.
Durante o tour, você irá passar entre os vilarejos, conhecer o Trona Pinnacles, que consiste em mais de 500 picos de calcário colorido, e vai ‘reconhecer’ diversos cenários cinematográficos do tipo faroeste (o Red Rock Canyon State Park) ou ainda locais que serviram de locação para o Parque dos Dinossauros, Jornada nas Estrelas e Planeta dos Macacos. Por ser uma região muito inóspita (sem comida, água, abrigo ou postos de gasolina), veja no site as melhores opções de parada durante a road trip. Considere ir durante temperaturas mais amenas e evite o verão: o tempo é extremamente seco, muito quente e com pouca chuva.
Entre muitos viajantes de plantão, há quem diga que a Mongólia é um destino intrigante, pois impressiona, é incrível, pode ser bizarro, é bonito, é frustrante, é fascinante, é único, é irreal… tudo ao mesmo tempo! O país também abriga o Deserto de Gobi (só para aventureiros), o quinto maior do mundo e o mais árido da Ásia, que abrange o sul da Mongólia e o norte da China, repleto de estepes desérticas, zonas de dunas, montanhas rochosas e picos de neve.
Ulaanbaatar, a capital da Mongólia, é também o ponto de partida para o deserto. Repleto de aventuras e com direito a passeio de camelo, não deixe de ir ao Khongoryn Els, entre as maiores dunas de areia do deserto mongol, com 100 km de comprimento e cerca de 12 km de largura e 300 m de altura até o topo, com uma visão deslumbrante. Vá, também, ao Bayanzag, local onde foram encontrados inúmeros fósseis (em 1922, por Roy Chapman Andrews), além dos maiores e melhores exemplares de dinossauros, que agora podem ser vistos em locais como o Museu de História Natural de Londres ou de Nova York. Considere, ainda, dormir em um ger, as tendas dos mongóis (que, aliás, são super receptivos) e que costumam receber turistas para passar a noite em suas casas.
Imagens via Depositphotos
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