Já pensou em voluntariar em fazendas orgânicas?

Já pensou em voluntariar em fazendas orgânicas?

Colaborador edublin

5 anos atrás

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Já pensou em mudar o destino das suas férias e ser voluntário em uma fazenda na Irlanda?

Há algum tempo, a ideia espalhada por uma comunidade organizada em mais de cem países tem unido viajantes de diferentes lugares. Movidos pela vontade de realizar um intercâmbio, ou mesmo interagir com uma determinada língua, esses viajantes optam por experimentar uma rotina diferente, tornando-se voluntários em fazendas difundidas pelo mundo.

WWOOF é a sigla da rede, conhecida também por “World Wide Opportunities on Organic Farms”, “Willing Workers On Organic Farms” ou “We’re Welcome On Organic Farms”.

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WWoof. Já pensou nessa possibilidade? Crédito: Shutterstock

A proposta é receber o voluntário que vai dedicar cerca de 5 horas do seu dia ajudando em atividades de propriedades orgânicas. Em contrapartida, os moradores se comprometem a fornecer alimentação e acomodação para o viajante.

A comunidade tem crescido bastante e atraído viajantes com  objetivos diversos, que vão desde a curiosidade em interagir com outra cultura à vontade de conhecer mais de perto o conceito de sustentabilidade orgânica.

O tempo de estadia e as funções são estabelecidos sempre por meio do contato entre o anfitrião e o viajante, podendo variar muito.

Há lugares que procuram ajudantes por períodos de uma ou duas semanas, assim como há aqueles que estabelecem estadia mínima de dois meses, por exemplo.

O primeiro passo é se cadastrar no site e começar a pensar para onde você pretende ir, mas não precisa ser necessariamente apenas um país.  A assinatura custa 20 euros para quem vai viajar sozinho ou 25 para duas pessoas ou famílias, e o valor assegura interação com o site por doze meses.

Passo dois: encontrar o perfil de uma fazenda na qual julgue ser interessante trabalhar. O próximo é entrar em contato com o proprietário do espaço e descobrir se ele dispõe de um cantinho para você.

A partir daí, toda negociação é feita pelas duas partes. Pode acontecer de mais de um voluntário demonstrar interesse pelo mesmo local na mesma data, e a decisão fica a cargo do anfitrião. Como dica: sempre pergunte!

Pergunte muito para que não fiquem dúvidas sobre seus direitos e deveres. Horários de trabalho, duração, localização, se poderá sair e voltar da propriedade com facilidade etc.

Cada país tem uma política para vistos diferente, e toda a documentação é responsabilidade do voluntário. Para trabalhar em algumas fazendas, pode ser preciso a aquisição de seguro saúde/viagem específico, e isso também deve ser checado durante as negociações.

Além disso, esteja preparado para vestir botas e roupas específicas para o trabalho, que pode envolver cuidados com plantação, alimentação de animais, jardinagem etc.

Existem oportunidades para diferentes perfis. Algumas fazendas, por exemplo, aceitam receber famílias com crianças em troca da ajuda dos pais. Desde que o voluntário esteja apto para as atividades, não existe idade máxima para participar.

Relatos de quem já foi

Sem muito tempo para se dedicar a um projeto de intercâmbio e com o orçamento apertado, essa foi a oportunidade que levou a brasileira Bruna Cássia para a Irlanda. Depois de ler uma reportagem sobre a rede WWOOF, ela decidiu ir mais a fundo e buscar um local para voluntariar por um mês.

Ela conta que escreveu para cinco famílias e teve resposta de três. A adaptação se tornou mais fácil pela receptividade da família, metade Irish, metade norte-americana. “Eles me deixaram muito à vontade e fizeram questão de mostrar que não queriam  que eu trabalhasse mais do que estava acordado. Foi uma ótima oportunidade para troca cultural e para afiar a língua inglesa”, disse Bruna. As atividades preenchiam 5 horas do dia, de segunda a sexta-feira.

Durante os 30 dias, Bruna ficou praticamente sem contato com brasileiros, escutando português apenas nas conversas com a família pelo telefone e via internet. Acordava cedo todos os dias, experimentou uma nova rotina e novos hábitos. Pouco antes da volta ao Brasil, ela resolveu ficar em solo irlandês e partir para novas descobertas. A brasileira ficou tão entusiasmada com a experiência que já cogita se inscrever para o WWoof da França.

De olho na segurança

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Ler o review sobre o local da oferta de trabalho voluntário é muito importante. Foto: Ávany França

Como estamos falando de passar um tempo com pessoas desconhecidas, sempre vale lembrar sobre as questões de segurança. Os organizadores do WWOOF tentam realizar visitas para checar as fazendas inscritas, mas, como o número vem se expandindo, alguns lugares não passam pela inspeção.

Por conta disso, o próprio Wwoof sugere uma série de cuidados quando você encontrar uma fazenda para voluntariar. Vale ficar atento à reputação do anfitrião no espaço dedicado aos comentários de quem já foi recebido na fazenda. Além disso, busque certificar-se de que esteja seguindo a um local seguro. Sinta-se à vontade para pedir referências e informações que ajudem na sua pesquisa.

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