Estudar medicina na Argentina é uma ótima escolha para quem quer fazer o curso e ainda ter um diploma de outro país. A nação vizinha do Brasil tem ótimas referências quando se fala em faculdade de medicina e forma milhares de alunos todos os anos, inclusive muitos brasileiros.
Outra vantagem em estudar medicina na Argentina é que o país oferece a possibilidade de fazer graduação em universidades públicas e gratuitas, mas sem a necessidade de prestar “vestibular”, que é obrigatório para ingressar em uma instituição no Brasil.
Ou seja, estudar medicina na Argentina significa entrar em uma ótima instituição de ensino sem precisar realizar uma prova e disputar vagas com milhares de candidatos. Nas principais universidades do país, você vai apenas precisar da documentação adequada, além de fazer uma inscrição.
Vamos entender como todo esse processo funciona.
Como dissemos anteriormente, não é necessário prestar vestibular para entrar em uma universidade de medicina na Argentina. Porém, ao se inscrever em uma faculdade no país, você não vai entrar imediatamente e começar o curso que escolheu.
Todas as universidades oferecem o CBC (Ciclo Básico Comum), para todos que desejam estudar exatas, humanas e biológicas. É um curso preparatório que tem duração de, aproximadamente, seis meses.
Durante esse período, são realizados dois exames (chamados de Parciales) para cada matéria e as notas vão de 0 a 10. Para ser aprovado no CBC, você deve cursar todas as matérias recomendadas e obter uma média de 7 pontos.
Lembrando que esse não é um método eliminatório, ou seja, todas as pessoas que conseguem tirar mais de 4 na prova final do CBC são aprovadas e podem fazer o curso superior. Em geral, o CBC pode ser feito tanto presencialmente quanto online.
Para fazer o CBC, é preciso se inscrever diretamente no curso da universidade escolhida para cursar medicina.
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Brasileiros que desejam se matricular no Ciclo Básico Comum, da Universidade de Buenos Aires (uma das mais renomadas do país), por exemplo, vão precisar de dois documentos.
Também é preciso comprovar que você sabe falar espanhol. Mais especificamente, você precisa ter um nível equivalente ao B2 no Quadro Comum de Referência Europeu.
Isso pode ser feito por meio das provas SIELE (nível S5 ou Global B2), CELU (intermediário ou avançado) ou CEI.
Se você optar por estudar em uma faculdade pública, ela será totalmente gratuita, tanto a matrícula quanto as mensalidades.
Já nas faculdades particulares, as mensalidades e taxa de matrícula variam de R$ 900 a R$ 2.000,00. Ou seja, os valores são muito mais acessíveis do que no Brasil, onde um curso de medicina particular chega a custar quase R$12.000,00 mensais.
É claro que existem as despesas com materiais. No entanto, também há livros que podem ser emprestados das bibliotecas públicas.
Colocando na ponta do lápis, o custo de se estudar medicina na Argentina é muito menor do que estudar em uma universidade brasileira.
A Universidade de Buenos Aires é considerada a maior e mais tradicional instituição da Argentina. A UBA é reconhecida mundialmente e considerada a melhor universidade latino-americana pelo QS World University Rankings, que elenca as melhores universidades de todo o mundo.
Além disso, a faculdade de medicina conta com seis hospitais, entre eles, o maior hospital da capital argentina, o Hospital das Clínicas. A duração do curso é de sete anos.
Para ingressar na UBA, é fundamental fazer o Ciclo Básico Comum (CBC). No entanto, a UBA exige certificado de espanhol nível B2 na hora de realizar a matrícula para o CBC.
De acordo com o QS World University Rankings, a Universidad Nacional de La Plata é a segunda melhor instituição pública de ensino superior da Argentina. Lá se formaram importantes nomes, por exemplo, os ex-presidentes argentinos Raúl Alfonsín, Néstor Kirchner e Cristina Kirchner. A UNLP está localizada em La Plata, pertinho de Buenos Aires.
Seguindo a mesma linha da maioria das universidades, não é possível estudar medicina na UNLP sem realizar um curso introdutório. No caso da Universidad Nacional de La Plata, o curso tem duração de um mês, e o estudante realiza apenas duas matérias: Introdução à Vida Acadêmica e Introdução à Vida Universitária.
O curso não é eliminatório, basta que o aluno tenha mais de 80% de presença e ele poderá, ao final, iniciar o curso de medicina, que dura seis anos.
Na hora de realizar a inscrição, a UNLP exige o certificado Siele Global de proficiência em espanhol, com pontuação mínima de 700 pontos.
Curiosidade! A faculdade de medicina da Universidade Nacional de Rosario foi a primeira instituição argentina a receber um prêmio por excelência educacional.
Situada na província de Santa Fé, a universidade está a 300 quilômetros da capital da Argentina e oferece curso de medicina gratuito, com duração de seis anos.
O curso de ingresso na UNR é conhecido como Módulo de Inclusão Universitária (MIU), que engloba uma série obrigatória de seminários com duração de três meses. Ao final do curso preparatório, o estudante realiza uma prova na qual deve conseguir, no mínimo, nota 6.
O MIU não é eliminatório: caso o aluno não obtenha a nota mínima, poderá dar início à graduação e realizar a prova novamente antes das provas finais do primeiro ano.
Assim como a UBA, a UNR exige que os alunos apresentem o certificado de espanhol nível B2 na hora da matrícula.
Localizada na cidade de San Justo, a pouquíssimos quilômetros de Buenos Aires, a UNLAM é considerada uma das mais jovens instituições públicas de ensino superior da Argentina.
Para quem escolhe estudar medicina na Argentina, seu curso de ingresso na UNLAM tem duas etapas: a primeira, geralmente, vai de julho a dezembro e contempla as matérias biologia, filosofia e seminário de compreensão e produção de textos.
A segunda, que vai de fevereiro a março do ano seguinte, é composta da matéria Educação Médica. Para passar da primeira para a segunda etapa, é preciso conseguir 55 pontos nas provas de cada disciplina.
No caso de alunos estrangeiros, ainda é necessário fazer um curso de espanhol da própria universidade. O curso é presencial e tem uma carga horária de 80 horas, distribuídas ao longo de dez semanas. Além disso, a universidade aceita certificados de proficiência de nível intermediário.
Antes de tudo, descubra os períodos de inscrição e todos os documentos exigidos especificamente pela universidade onde você deseja estudar medicina na Argentina. Organize toda a documentação e busque as validações exigidas, tanto em órgãos brasileiros quanto argentinos.
Pesquise se a universidade escolhida exige o certificado de proficiência em espanhol ou se ela mesma avaliará seu domínio no idioma. Algumas instituições aceitam os exames CEI ou CELU, mas o exame SIELE tem se tornado a principal referência em proficiência em espanhol. Com certificado SIELE Global, você consegue se inscrever em qualquer universidade argentina.
Para estudar medicina na Argentina, você vai precisar de um visto de residência. E existem duas maneiras de fazer a solicitação: entrar na Argentina como turista e, dentro de 90 dias, dar entrada no pedido junto às autoridades ou fazer a solicitação antes mesmo de sair do Brasil, por meio do consulado argentino. Não é necessário ter o visto de residência para fazer sua matrícula, mas é importante comprovar que você já deu início ao trâmite.
Prontinho! É basicamente esse o processo de admissão em uma universidade argentina. No entanto, geralmente demora cerca de seis meses para ter tudo regularizado. Por essa razão, é fundamental providenciar a documentação com bastante antecedência e se atentar às datas de inscrição, o que normalmente ocorre meses antes do início oficial das aulas.
Esses são os principais documentos exigidos para você oficialmente se mudar e começar a estudar medicina na Argentina:
A graduação em medicina na Argentina oferece uma série de vantagens em relação ao Brasil e é a oportunidade para milhares de brasileiros se formarem em um curso tão disputado, de forma muito mais acessível.
Agora confira 4 motivos para estudar medicina na Argentina
A Argentina é um dos países com melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo, ou seja, é uma excelente opção para quem deseja ter um estudo de qualidade e, ao mesmo tempo, viver em um lugar com uma qualidade de vida elevada, com acesso à saúde, alimentação saudável e inúmeros locais destinados ao lazer.
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Só quem já passou pelos processos seletivos do Brasil sabe como é difícil e disputada uma vaga em um curso de medicina. No entanto, diferentemente do território brasileiro, em terras argentinas não existe o famoso “vestibular”. Os processos seletivos são diferentes e muito mais fáceis. Porém, isso não significa que não existem pré-requisitos para ingressar. Muito pelo contrário! Só inicia o curso quem realmente prova conhecimento e tem muita dedicação.
Muitas universidades dos Estados Unidos e da Europa já adotaram em suas instituições metodologias ativas, em que o estudante faz parte do processo de aprendizagem. Esse é um modelo de ensino que cada vez mais apresenta resultados positivos.
Por isso, a Argentina também começou a adotar essa metodologia em algumas universidades. Ou seja, os estudantes têm carga horária flexível, pois, em grande parte do tempo, devem se dedicar aos estudos fora da sala de aula.
O modelo de avaliação também é diferente, pois o estudante recebe nota durante todo o processo de aprendizagem, somando pontos para iniciativa, interesse, estudos em casa e capacidade de se relacionar com os amigos e professores.
A experiência de viver em outro país, poder adquirir conhecimentos, vivenciar uma outra realidade e estar em contato com uma nova cultura é muito valiosa.
Além, claro, de poder estar inserido por completo na área da saúde de um outro país, aprendendo a todo momento uma realidade médica completamente diferente da brasileira.
É possível um médico formado em medicina na Argentina voltar para o Brasil e trabalhar na área. Para exercer a profissão, a legislação brasileira exige que o diploma seja reconhecido pelo MEC. Isso significa que o profissional formado no exterior depende da revalidação do diploma estrangeiro para solicitar ao Conselho Regional de Medicina a autorização para trabalhar.
Hoje em dia, existem duas maneiras para os médicos formados fora do Brasil fazerem a revalidação do diploma: o procedimento ordinário e o exame Revalida. Ambos se tratam de provas que vão avaliar a formação do profissional e exigirão uma nota mínima para aprovação.
O MEC possui a Plataforma Carolina Bori, onde há informações disponíveis sobre revalidação de diplomas no Brasil. Segundo o Ministério da Educação, “o Brasil não possui nenhum acordo de revalidação/reconhecimento automático de diplomas de nível superior com nenhum país. Portanto, as regras são as mesmas para todos os países”.
O procedimento ordinário de revalidação do diploma está presente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. O que a lei diz: “A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prevê que seus diplomas podem ser revalidados por universidade pública que tenha curso do mesmo”.
As universidades brasileiras oferecem esse serviço de revalidação. Por exemplo, na USP (Universidade de São Paulo), o processo de revalidação do diploma pode ser feito todo online nos meses de fevereiro e agosto, com a apresentação de documentos como:
O exame Revalida — Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira — é voltado a brasileiros que cursaram medicina fora do Brasil e querem atuar na sua terra natal. Ele é feito pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e aplicado em duas etapas eliminatórias.
Elas consistem em provas escritas e de habilidades clínicas, onde o candidato deve demonstrar conhecimentos, técnicas e todas as habilidades necessárias para trabalhar na área.
Requisitos para aplicar para o Revalida:
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