Com a economia que mais cresce na União Europeia, a Irlanda é uma ótima opção para quem busca emprego no exterior. Existem muitas oportunidades. Mas você sabe quais são as melhores áreas para trabalhar na Irlanda?
O país é bastante receptivo para estrangeiros, culturalmente aberto, pois precisa de mão de obra e profissionais qualificados e com experiência de mercado.
Segundo o Central Statistics Office (CSO) – Departamento do Governo Irlandês para Estatísticas –, a Irlanda tem uma população estimada em 4,98 milhões, sendo que cerca de 85 mil dessas pessoas são imigrantes (dados de abril de 2020). Na mesma pesquisa, estima-se que este ano o número de estrangeiros no país diminuiu 3,6%, reflexo migratório da pandemia.
Leia também: Trabalhar na Irlanda: regras, vistos e profissões para brasileiros
Mesmo diante do cenário causado pelo coronavírus, ainda existem muitas oportunidades por lá. As melhores áreas para trabalhar são de Tecnologia da Informação (TI), qualquer setor de Saúde e Ciência, Farmacêutica, Contabilidade, Transporte e Logística, Engenharia, Marketing Digital e Idiomas.
Todas elas com escassez de profissionais no país. Mas não para por aí! Pois existem outros setores carentes na Irlanda.
Ainda assim, o setor de serviços domina o mercado de trabalho em terras irlandesas. É nele que geralmente os intercambistas trabalham, nos chamados subempregos como au pair, cleaner, waiter, customer service, entre outros.
Aqui, vamos contar mais sobre as melhores áreas de trabalho na Irlanda, independentemente da sua situação no país. Confira!
Todo ano, a Irlanda atrai milhares de intercambistas do mundo inteiro pela ótima receptividade, excelentes escolas, possibilidade de trabalho e boa localização para viagens. Com um salário acima da média europeia (10,10 €/hora), estudar e trabalhar no país pode ser o primeiro passo para quem deseja entrar no mercado internacional, e esse é o desejo de muitos estudantes.
Além de facilitar todo o processo burocrático para que os estrangeiros trabalhem, a Irlanda oferece oportunidades para diferentes faixas etárias. O crescimento econômico no país vem gerando inúmeros empregos, principalmente nos setores de turismo, comércio e serviços, que precisam constantemente de trabalhadores, e são essas áreas que mais empregam os intercambistas.
O trabalho para os intercambistas na Irlanda funciona da seguinte forma: nas primeiras 25 semanas, você faz o curso de idiomas, com carga horária mínima de 15h semanais, com permissão para trabalhar durante 20h semanais (part-time).
Nas 8 semanas seguintes ou durante as férias em meio às aulas, o aluno pode trabalhar por até 40h semanais (entre os meses de maio e agosto e entre 15 de dezembro e 15 de janeiro).
O Stamp 2 é o visto de estudante com permissão de trabalho, que pode ser renovado por duas vezes. Esse visto limita um pouco as ofertas de trabalho, já que os empregadores procuram profissionais que possam trabalhar full-time.
Por isso, muitos estudantes trabalham nos chamados “subempregos”, atuando em lojas, atendimento ao cliente, cafés, restaurantes, casa de família, hotéis, etc.
Listamos a seguir 7 profissões part-time mais comuns entre os intercambistas na Irlanda. Vamos conferir?
Sim, consegue. Porém, nos subempregos, o seu nível de inglês costuma influenciar o tipo de trabalho que pode conseguir. Sabemos que você vai para aprender o idioma, mas quanto melhor for o seu nível de inglês, mais fácil vai ser arrumar um emprego na Irlanda. Geralmente, essas vagas também são as mais concorridas.
Talvez esses trabalhos estejam abaixo das suas qualificações profissionais, mas lembre-se: os subempregos podem ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho na Irlanda! Além de poder treinar muito o seu inglês, esse é o caminho mais rápido para obter a fluência no idioma, além de ser uma ótima forma de iniciar a vida no país.
É também uma chance única de conhecer pessoas de todo o mundo, fazer um bom networking para oportunidades futuras e encontrar outras empresas após a primeira experiência.
Nos últimos anos, o número de estrangeiros registrados no mercado de trabalho irlandês triplicou, principalmente em áreas relacionadas à Saúde e Tecnologia da Informação.
De acordo com um relatório emitido pela Central Statistics Office, há quase 300 mil trabalhadores estrangeiros no país e, destes, mais de seis mil são brasileiros. A pesquisa, que foi realizada em 2016, apontou que os brasileiros estão entre as 10 nacionalidades que mais têm cargos ocupados.
Porém, para atuar profissionalmente na Irlanda, os brasileiros precisam de um visto de permissão de trabalho. Existem nove tipos diferentes de vistos, incluindo uma licença geral, chamada de General Employment Permit, e uma licença para Critical Skills Employment.
As critical skills são profissões consideradas escassas na Irlanda, que podem ser ocupadas por profissionais estrangeiros. Ou seja, não há profissionais suficientes no país para essas vagas serem ocupadas. As ocupações elegíveis sob esse tipo de autorização são consideradas extremamente importantes para o crescimento da economia.
A “Critical Skills Occupations List” é atualizada anualmente, mas pode ser editada ao logo dos meses — clique aqui para acessar a lista de 2020. O brasileiro que deseja aplicar para esse visto, primeiro, deve ter uma proposta de trabalho. Embora a oferta de emprego precise ter a duração de 2 anos, ele deverá permanecer com o empregador inicial por um período mínimo de 12 meses.
O pedido de autorização de emprego deve ser recebido, pelo menos, 12 semanas antes da data proposta para o início do emprego. O processo de aplicação deve ser feito pelo site do Departamento de Negócios, Empresa e Inovação (DBEI).
Os profissionais de áreas como ciências naturais e sociais, TI, engenharia, serviços sociais, enfermagem e obstetrícia, terapia, ensino, administração, mídia, design, marketing, entre outras, constam na lista de critical skills da Irlanda.
O setor de tecnologia está em ascensão na Irlanda e emprega muitos estrangeiros, mas existem diversas outras áreas que precisam de profissionais qualificados. A CPL Jobs, a maior empresa recrutadora do país, disponibiliza em seu site diversas vagas de trabalho no país, divididas por área de atuação e cargos.
Se você tem passaporte europeu ou o Stamp 4 — visto que garante a permanência em solo irlandês —, suas chances de trabalho aumentam consideravelmente. Com a possibilidade de trabalhar 40 horas por semana, o leque de profissões disponíveis para brasileiros se expande.
Desde 2017, os vistos de trabalhos emitidos para não europeus vem crescendo. Hoje, os brasileiros atingem o segundo lugar no ranking de nacionalidade, com o maior número de permissões no país, ficando atrás apenas dos indianos.
Segundo o site de imigração irlandesa, em 2019, ainda houve um aumento significativo de números de vistos emitidos para brasileiros. Ao todo, incluindo novos vistos e renovação, o número de brasileiros com permissão de trabalho full-time no país foi de 1565. Vale ressaltar que esses dados não contemplam brasileiros com dupla nacionalidade.
As áreas que mais emitiram vistos de trabalho foram de serviços, saúde, finanças, engenharia e TI. A Irlanda abriga várias empresas multinacionais, incluindo: Google, Amazon, Facebook, IBM, Microsoft, Facebook, entre outras. E são elas que mais emitem vistos de trabalho.
A competição por empregos qualificados é feroz no país e suas chances aumentam de acordo com o seu nível de inglês, experiência de trabalho e qualificações de terceiro nível. Em geral, é mais fácil conseguir trabalho nas principais cidades, como Dublin, Cork e Galway.
Com um visto de trabalho full-time na Irlanda, além de ter uma média salarial anual de 45 mil euros, você passa a ter acesso aos mesmos direitos trabalhistas de um cidadão irlandês.
Há uma demanda crescente por talentos qualificados em vários setores, incluindo serviços financeiros, tecnologia e engenharia. Consequentemente, isso resultou em melhores salários e benefícios para os trabalhadores estrangeiros.
Ter leis fiscais que facilitam a vida das multinacionais e o inglês como língua nacional fizeram a Irlanda se transformar em um polo de empresas globais. Isso gera uma necessidade das empresas por profissionais bilíngues que consigam se comunicar com diversos mercados. É aí que os brasileiros se destacam!
Sim. Falar português pode ser um diferencial na busca por um trabalho na Ilha. Constantemente, inúmeras multinacionais precisam de colaboradores fluentes em outros idiomas, em especial para departamentos de vendas, call center e atendimento ao cliente. Essas são as melhores oportunidades para os brasileiros que desejam ingressar no mercado de trabalho irlandês.
Além do idioma, os brasileiros levam vantagem porque conhecem o mercado da América Latina. Portanto, se você está interessado em trabalhar nessas áreas, procure também vagas em sites de empregos:
E aí vai uma dica: filtre suas buscas com a palavra “portuguese”.
É importante destacar que esses empregos exigem a disponibilidade de trabalho full-time (40h semanais). Com isso, os intercambistas têm mais dificuldades com Stamp 2. Os estudantes brasileiros portadores de cidadania europeia vão ter mais chances na disputa por essas vagas.
A cada ano, cresce o número de universitários estrangeiros na Irlanda. Eles são atraídos pela escassez de habilidades de trabalho, razão pela qual as universidades retêm talentos globais e servem como canais para mão de obra qualificada, o que enriquece a economia local. Com isso, as chances de empregos aumentam para os estudantes.
Existem algumas oportunidades para os universitários estrangeiros que procuram um emprego remunerado após concluírem seus mestrados e estudos de pesquisa no continente irlandês.
O Third Level Graduate Programme (Programa de Pós-Graduação de Terceiro Nível) permite que os alunos não pertencentes ao EEE, continuem no país por até 12 meses após o término do programa.
Isso proporciona que eles encontrem um emprego e apliquem para o visto de trabalho — General ou Critical Skills Employment Permit.
Claro que pode! O visto é igual ao dos estudantes de curso de inglês — aplicar o Stamp 2, comprovar apenas na primeira vez o valor de 3 mil euros, etc. Enquanto estiver estudando, ele terá direito de trabalhar 20 horas semanais e, nas férias, 40 horas.
Após a conclusão do curso, caso o estrangeiro tenha feito uma graduação (bachelor), ele poderá aplicar para o visto Stamp 1G, que dá direito aos estudantes graduados trabalharem em suas áreas para conseguir uma permissão de trabalho.
Com esse visto, o estudante tem direito a permanecer no país por mais 1 ano, trabalhando full-time. Nos casos de pós-graduação e mestrado, o visto é de 2 anos.
Sem dúvida, as empresas acabam por procurar universitários para profissões das critical skills. Uma matéria do site The Irish Time, portal de notícias irlandês, apontou que houve um aumento de 80% nas contratações de estudantes universitários de diversas áreas da economia.
Quem leva vantagem são os estrangeiros que dominam mais de um idioma, especialmente se também tiverem habilidades com vendas, negócios ou tecnologia.
Mesmo com a recessão causada pelo coronavírus na Irlanda, a Comissão Europeia prevê um crescimento econômico em 2021, ainda que com todas as incertezas pós-pandemia e perdas do mercado. Mas essa perspectiva vai depender de vários fatores internacionais, incluindo decisões das multinacionais no país.
Tudo ainda é muito incerto, mas espera-se que as empresas continuem com contratações paras as áreas de contabilidade e finanças; ciência e indústria farmacêutica; tecnologia e design; profissionais multilíngues e engenharia. Segundo o CPL Jobs, esses setores ainda estão em crescimento na Ilha da Esmeralda.
As empresas estrangeiras apoiadas pela agência de investimentos estrangeiros da Irlanda empregam, aproximadamente, 10% da força de trabalho no país, que abriga grandes centros de dados do Google, Facebook e Amazon.
Em meio à pressão americana, a mais nova empresa a ter uma sede na Irlanda é o TikTok, que anunciou abrir em breve seu primeiro centro de processamento de dados, destinado a seus usuários no continente europeu.
A ByteDance, empresa chinesa criadora do aplicativo, prevê um investimento do novo data center de 420 milhões de euros. A empresa deve entrar em operação no início de 2022. Com isso, muitas vagas de emprego devem abrir na Ilha da Esmeralda.
De acordo com o The Irish Times, o investimento na construção de centros de dados na Irlanda chegará a mais de 9 bilhões de euros até 2021, com investimento anual estimado em mais de 1 bilhão de euros nos próximos quatro anos. Com isso, é de se esperar que aconteça um crescimento significativo da indústria no país. Por isso, fique atento!
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