Micos no intercâmbio: quem nunca?
7 anos atrás
Seguro Viagem
Sabia que é obrigatório ter um seguro viagem para ir pra Europa?
Que o intercâmbio é uma fase de experiências novas, todo mundo sabe. Além de conhecer um novo idioma e cultura, durante uma temporada fora, muitos de nós aprendemos tarefas básicas como lavar a roupa, fazer a própria comida e administrar o dinheiro, mas além de coisas tão simples do cotidiano, também aprendemos importantes lições por meio de mancadas, deslizes e, é claro, muitos micos!
Quem nunca trocou Push (empurrar) e Pull (puxar) na hora de abrir uma porta ou confundiu a pronúncia de Beach (praia) com Bitch (cachorra/piranha), que atire a primeira pedra!
Para mostrar que num intercâmbio tudo de mais absurdo pode acontecer, nós listamos algumas situações pra lá de constrangedoras que deixaram nossos intercambistas roxos de vergonha. Vamos lá?!
O Vestido
“Em uma das minhas primeiras semanas na Irlanda, já com a documentação em dia, fui ao banco abrir a conta. O rapaz do guichê, que era muito bonito, por sinal, me recebeu com um largo sorriso e eu, que não sou boba, retribuí.
Conversa vai, PPS vem, ele de repente muda de assunto e comenta sobre o meu vestido. Eu, que já estava de gracinha, agradeci e elogiei as tatuagens que o rapaz tinha no braço. Ele retribuiu o sorriso e perguntou do vestido novamente. Achando que eu estava abafando, agradeci mais uma vez.
Mas não parou por aí… o rapaz falou do vestido de novo! Achando que ele queria comprar um pra mãe ou pra irmã, falei que não, que ele não iria achar aqui, pois eu tinha comprado no Brasil antes de vir e esse só tinha lá. Aí, já sem graça ele continua… seu vestido, seu ves-ti-do… Nesse ponto, eu já estava achando que tinha alguma coisa errada com o vestido ou que ele queria usar o meu vestido. Respondi que sim, é meu vestido, o vestido é meu!
Aí ele que não se aguentou. Começou a dar uma gargalhada daquelas e escreveu num papel “Address (endereço) not Dress (vestido)”. Ele só queria meu endereço para abrir a conta e eu achei que ele estava me cantando. Depois da vergonha, essa foi a primeira e última vez que fui no guichê desse banco.” Tamara Lorena
Entrevistas de emprego
No Supermercado
Sandro ficou na Irlanda por quase 3 anos. No começo de sua estadia aqui na ilha e com o inglês ainda meio capenga, foi fazer uma entrevista de emprego em um supermercado.
A entrevista começou e pergunta daqui, pergunta dali, a entrevistadora perguntou se Sandro era um rapaz trabalhador e esforçado (hard worker). Ele, munido de boa vontade, claro, respondeu que sim. Depois veio outra pergunta: “Are you selfish?” Meio confuso com algumas palavras, Sandro respondeu na hora que, embora nunca tivesse vendido peixe (sell fish), poderia aprender sem problemas.
A entrevistadora caiu na risada e Sandro, vermelho como um pimentão, ficou sem entender o que tinha acontecido.
Acontece que “selfish” não tem nada a ver com varejo ou atacado de peixe, mas sim em ser egoísta, mesquinho. Felizmente, a entrevistadora ligou para o Sandro mais tarde e, apesar desse mico, ele foi contratado e aprendeu a vender muito peixe, também. Sandro Senger
Como babá
Fernanda foi fazer entrevista para uma vaga de au pair e, já experiente com crianças, foi perguntada sobre seus trabalhos anteriores. Fernanda foi falar que cuidou de algumas crianças desde que elas nasceram, mas ao invés de dizer “Since they were born”, disse “Since they were burn” (Desde que elas foram queimadas). Percebendo o erro de imediato, Fernanda tentou, tentou, mas o born não saía e a mãe, muito gentil, ajudou Fernanda a completar a frase. Depois dessa, Fernanda nunca mais confundiu crianças nascidas com queimadas! Fernanda Russo
Em Israel
Rodrigo estava à trabalho em uma cidadezinha em Israel e foi ao supermercado local fazer compras. Na fila, com um amigo, Rodrigo começou a ficar impaciente com um senhor que estava à sua frente na fila do queijo, que ficava pedindo um atrás do outro não fazia a fila andar.
Já de saco cheio com a situação, Rodrigo desabafa com o amigo: “Pô, só quero um queijo e o cara vai pedir o balcão inteiro”. Nisso, o homem vira pra trás e pergunta, “Vocês são brasileiros é? Falam português, eu também falo! Minha esposa é brasileira e blábláblá…” Que vergonha! Rodrigo Wustro
Na Farmácia
“Esses dias, na sessão de perfumes da farmácia, percebi que uma moça à minha direita já havia borrifado generosamente uns três perfumes diferentes nos mesmos lugares (laterais do pescoço e colo), fazendo uma mistureba infeliz. Para não constrangê-la, procurei não ficar olhando e me concentrei no que estava procurando.
De repente, escuto uma coisa familiar à minha direita e prestando atenção na conversa, para a minha surpresa ouço um casal de brasileiros falando mais ou menos isso da dona do perfume:
“Nossa, olha o tanto de perfume que aquela mulher tá passando! Ave Maria, por isso que os perfumes tão acabando, o povo vem aqui tomar banho de perfume!”
Mesmo querendo dar risada e compartilhar uma opinião muito semelhante à do casal, preferi não me manifestar e continuei alheia à situação, até que a dona do perfume, que já devia estar na sua 5º rodada, vira pro casal e pergunta: “Vocês estão falando de mim?”
Eis que a torta de climão foi servida. Para não dar uma sonora gargalhada, resolvi amarrar o tênis e tentar engolir o riso pra não engolir um pedaço dessa torta.
O casal, que aparentemente ficou de todas as cores, falou bem sem graça: “Haha nossa, você é brasileira, como tem brasileiro aqui né!”. A dona dos perfumes gentilmente explicou estar com uma alergia e por isso não conseguia sentir os perfumes que estava aplicando. O casal, que preferiu não dar mais pano pra essa manga, aceitou aquilo como resposta e foi embora.
Mesmo não estando envolvida na história, aprendi que as paredes tem mesmo ouvidos – e ouvidos brasileiros!” Tamara Lorena
Depois de aprender que pronúncia, sinônimos e desabafos podem parecer mais perigosos do que são, deixe você, também, sua história ou dos seus amigos nos comentários!
Imagens via Shutterstock
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