É isso mesmo, galera, muita gente comenta sobre a possibilidade de viajar pela Ásia saindo da Irlanda por ser mais perto, mais acessível, etc, mas pouca coisa concreta se encontra sobre como é chegar ao lado oriental do planeta.
Após cinco anos mochilando pela Europa, África e América, decidi cair na estrada em solo asiático e é essa a viagem que compatilharei aqui com vocês.
Nessa série você encontrará um roteiro econômico, no bom estilo mochileiro de ser, dicas de hostels, achados e todas as possibilidades de economizar ao máximo durante a sua Asian Trip. No meu caso, e graças à minha profissão de jornalista freelance, me dei ao luxo de realizar esse mochilão em dois meses, mas se você não tem essa flexibilidade, saiba que poderá fazer roteiros bem mais compactos.
Singapura, Malásia, Camboja, Tailândia, Hong Kong, Macau, Laos e Vietnã foram os países escolhidos e logo, logo você saberá o critério que utilizei para escolhê-los. Inicialmente havia incluído a Indonésia, mas acabou não acontecendo por situações relativas à viagem.
Por ser uma viagem longa decidi economizar fugindo dos vistos. Isso mesmo: o critério para a escolha de cada um dos países foi não precisar de visto para brasileiros ou, pelo menos, que não tivesse aquela burocracia de ir a consulados, pagar taxa, ficar esperando, etc.
Sendo assim, escolhi conhecer a Ásia pelo sudoeste. Do roteiro, apenas Comboja, Laos e Vietnã necessitaram de visto na chegada (Visa on Arrival), coisa simples: pagou, entrou!
Eu comecei a minha viagem de Lisboa, Portugal, com conexão em Frankfurt, na Alemanha. Entretanto, quem sai da Irlanda terá que escolher, assim como acontece em Portugal, por onde pretende fazer a conexão. Dubai, Singapura, Abu Dhabi e Doha são apenas algumas opções, que vão depender da companhia aérea que você escolher.
O valor das passagens não varia muito, no entanto, se você quiser já aproveitar a paradinha em um país asiático para conquistar mais um stamp no passaporte, terá que prestar atenção. Em Dubai, por exemplo, caso você queira fazer um stopover, terá que solicitar o visto antes da sua viagem. Eu optei por Singapura, pois realmente não queria ter gastos extras com vistos. Dubai ficará para uma próxima vez!
Outra coisa importantíssima, antes mesmo de “bookar” o seu ticket são as vacinas. A da febre amarela é exigida em alguns países asiáticos e, dependendo do seu destino, talvez seja necessário adicionar algumas outras, que não são obrigatórias, mas são importantes por conta das regiões endêmicas de doenças como a Hepatite A e Tifóide. Na dúvida, melhor se precaver!
No entanto, vale verificar com bastante antecedência qual é o processo para receber as vacinas no país em que você estiver. Em Lisboa, por exemplo, acabei descobrindo que as consultas do viajante são agendadas com dois meses de antecedência, então, para evitar o perrengue de ficar sem viajar por causa da vacina, melhor checar assim que decidir fazer a viagem. Just in case.
Outra coisa que eu recomendo – e muito – é que pesquisem os costumes locais. Em Singapura, por exemplo, um simples chiclete pode te custar 500 dólares de multa. Sim! Se você não sabia, mascar chiclete ou mesmo tê-lo na bolsa pode te causar um problemão.
Boa parte dos países asiáticos é muçulmana e as regras sociais costumam ser mais restritas, especialmente se você desembarca por lá na época do Ramadam. Em alguns desses países você pode até ser preso caso não respeite a religião local. Na Malásia, independentemente da época do ano, sair beijando na rua é ofensa grave, então, namoradinhos, evitem.
Isso varia muito, mas antes de qualquer coisa, anota aí: AirAsia, nada minha opinião é a melhor. Os preços são ótimos e dá para conhecer quase tudo com passagens oscilando entre 30 e 50 euros. Isso, claro, se a compra for realizada com antecedência.
Todavia, como toda low cost que se preze, há as restrições. Então, você precisa considerar viajar bem light se não quiser ter que pagar mais pela mala despachada.
Para quem quer fugir desse problema, trem e ônibus funcionam bem. Claro, o serviço não é tão maravilhoso e você também precisará esquecer facilidades como wifi, tomadas, etc. Há os confortáveis, mas também muita lataria. Reze e peça proteção aos deuses nesses casos. Claro que isso vai depender do destino escolhido para fazer o trajeto por terra.
Do Camboja para Bangcoc, por exemplo, o roteiro por terra é misto e rodeado de espertinhos pelo caminho querendo te vender até a mãe. O ônibus da década de 1960 sobreviveu à viagem, mas foram 12 horas de estrada ruim.
Trem pela Ásia é mais complicado, apesar de cobrir muitos dos países do meu roteiro, a fama é de serem estritamente lentos e sujos.
Já os tuk tuks eu precisarei contar sobre eles em um texto específico. Super populares pelos países do sudoeste asiático, eles estarão em todos os lugares e funcionam super bem como meio de transporte, porém, apesar de super divertidos e da experiência nova é preciso saber das peculiaridades que envolvem esse meio de transporte tradicional na região.
Esse foi só um esquenta para dar uma geral para quem está pensando em mochilar pela Ásia. Daqui para frente citarei países pelos quais passei, suas características, dicas econômicas, curiosidades e muitas coisas mais!
No próximo texto contarei como conheci o Pol, um espanhol com quem cruzei por minhas andanças em Bangcoc, Tailândia, e que está dando a volta ao mundo a bordo de uma moto!
Welcome to Asia people!
Este texto foi revisado por Camilla Gómez em Setembro/2014.
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