A Irlanda está cheia de grandes nomes femininos inspiradores, seja por seus trabalhos na cena política do país, seja no mundo das artes cênicas ou da música. Nem é preciso dizer que as mulheres irlandesas têm uma importância absoluta na história da Ilha.
Neste Dia Internacional das Mulheres, o edublin conta um pouco da biografia de algumas dessas mulheres irlandesas incríveis que fizeram ou fazem a diferença.
Um dos principais nomes entre as mulheres irlandesas na música é Sinéad Marie Bernadette O’Connor — mais conhecida como Sinead O’connor. Cantora e compositora, ela alcançou a fama nos anos 1980, com seu álbum de estreia, The Lion and the Cobra, em 1987. São dez álbuns, com o mais recente lançado em 2014, I’m Not Bossy, I’m the Boss.
Seu maior sucesso foi a versão para uma canção de Prince, Nothing Compares 2 U. Sua música e seu discurso ao longo de sua carreira falam sobre religião, direitos das mulheres, guerra e abuso infantil.
Em 2017, O’Connor mudou seu nome para Magda Davitt e, depois de se converter ao Islã em 2018, ela mudou novamente para Shuhada ‘Sadaqat. Porém, ela continua usando seu nome de batismo para sua carreira.
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Se O’Connor é uma das cantoras solo mais conhecidas da Irlanda, Dolores O’Riordan é a maior bandleader do país. Cantora e compositora da banda The Cranberries, formada em Limerick, na Irlanda, Dolores se tornou a grande referência entre cantoras de pop/rock pelo mundo.
Ela morreu em 2018, após consumir álcool e remédios. A Irlanda entrou em luto, e o presidente do país, Michael D. Higgins, foi o primeiro a homenageá-la, dizendo ser ela uma das principais artistas entre as mulheres irlandesas.
São oito álbuns gravados, sendo o último, In The End, sendo póstumo, lançado em 2019.
Apesar de jovem, com 26 anos de idade, a atriz irlandesa Saoirse Ronan tem três indicações ao Oscar de Melhor Atriz, sendo eles pelos filmes Brooklyn (2015), Lady Bird (2017) e Little Women (2019).
Apesar de ter nascido em Nova Iorque, Saoirse é irlandesa e se mudou para o país aos três anos de idade. Morou no condado de Carlow e, depois, em Howth, próximo a Dublin.
Atualmente morando em Greystones, no condado de Wicklow, Saoirse está presente na vida social e política do país, apoiando referendos como o casamento homoafetivo e o aborto.
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Outra atriz a se destacar na Irlanda é Ruth Negga. Ela foi a primeira mulher irlandesa negra a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz pela sua atuação no filme Loving, de 2016. Nascida na Etiópia, ela foi criada em Limerick, na Irlanda, mas vive em Londres desde 2006.
Ruth é formada em Estudos de Atuação pelo Samuel Beckett Centre, no Trinity College, em Dublin.
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A ativista LGBT e jornalista de Belfast, Lyra McKee foi um grande nome entre as mulheres irlandesas. Seu trabalho no jornalismo independente a levou a ser nomeada na lista Forbes 30 Under 30. Seu texto mais popular é o Carta para meu eu de 14 anos, que descreveu sua experiência de ser gay em Belfast e depois se transformou em um curta-metragem.
Lyra McKee morreu tragicamente aos 29 anos por uma bala perdida disparada por um membro do Novo IRA enquanto fazia reportagens na cena da violência sectária em Creggan, na Irlanda do Norte. Seu assassinato resultou em uma unidade raramente vista dos partidos legalistas e republicanos do país.
Constance Markievicz é uma das mulheres irlandesas mais importantes da política. Revolucionária, nacionalista, sufragista e socialista, Marcievicz é um verdadeiro ícone feminista irlandês.
Foi a primeira mulher a ser Ministra do Gabinete na Europa, eleita Ministra do Trabalho no primeiro governo irlandês e estava envolvida no Easter Rising de 1916.
Mary Robinson é uma das mulheres irlandesas mais influentes de todos os tempos. Ela foi a primeira mulher presidente da Irlanda e serviu por sete anos antes de renunciar para assumir um cargo nas Nações Unidas. Seu trabalho em direitos humanos lhe rendeu o Prêmio de Embaixadora da Consciência da Anistia Internacional.
Katie Taylor é uma das mulheres irlandesas mais importantes do esporte. Ela inspirou e inspira inúmeras garotas a seguirem seus sonhos.
A carreira bem-sucedida da lenda do boxe a tornou a campeã mundial na categoria pesos leves e várias vezes campeã mundial de boxe amador.
A rapper Denise Chaila é um dos grandes nomes entre as mulheres irlandesas na música. Seu álbum de estreia, Go Bravely (2020), apresenta músicas com temas diversos falando sobre identidade, pertencimento, comportamento, política e sexismo.
Nascida no Zâmbia, Chaila mudou-se para Limerick, na Irlanda, aos três anos de idade. Apesar de ter apenas um EP e um álbum, ela já pode ser considerada um destaque na Irlanda que poderá dominar o rap no mundo.
Jornalista irlandesa, natural de Dublin, Veronica Guerin foi assassinada em 1996 por mafiosos, após uma carreira dedicada ao jornalismo investigativo. Ela foi seguida por duas pessoas em uma moto e atingida por seis tiros ao parar no sinal vermelho em uma região periférica de Dublin.
Entre as investigações que levaram à morte da jornalista, estava a ligação de figurões da máfia e do tráfico com a organização armada IRA. Cerca de 150 prisões foram feitas após a morte de Veronica, inclusive do responsável por fazer os disparos.
Um filme autobiográfico foi lançado em 2003. O Custo da Coragem tem Cate Blanchett interpretando a protagonista.
Eithne Pádraigín Ní Bhraonáin, conhecida como Enya, é uma cantora, compositora e musicista irlandesa. Ela é uma representante da música celta moderna e a artista solo irlandesa mais vendida no mundo.
Ficou muito conhecida por assinar músicas da trilha sonora da série cinematográfica “O Senhor dos Anéis”.
Soulé nasceu em Londres, Inglaterra, filha de pais congoleses. A família mudou-se para a Irlanda quando Soulé era muito jovem. Ela se formou em Turismo pelo Dublin Institute of Technology, mas desde cedo começou a se envolver com música.
Hoje, já tem diversos registros musicais solo ou em parceria e é destaque em festivais de música na Irlanda, Reino Unido e Europa.
Lydia Annice Foy é uma mulher trans irlandesa notável por liderar desafios legais em relação ao reconhecimento de gênero na Irlanda. Em 1992, Foy fez uma cirurgia de redesignação sexual e iniciou uma batalha de 20 anos para que sua certidão de nascimento refletisse sua identidade de gênero.
Apenas em 15 de julho de 2015, a Irlanda aprovou a Lei de Reconhecimento de Gênero e pôde reconhecer Lydia Foy e mudar sua documentação.
A atleta fez história nas Olimpíadas de Tóquio, quando se tornou a terceira boxeadora irlandesa a ganhar uma medalha de ouro olímpica após sua vitória na final da divisão leve feminina.
Por sua conquista, Kellie foi coroada Mulher do Ano no The Irish Tatler Women of the Year Awards.
Quer saber mais histórias impressionantes sobre mulheres irlandesas? O Women’s Museum of Ireland disponibiliza biografias e artigos sobre mulheres que fizeram história na Irlanda. Além de exibição de fotografias e publicação de documentos relacionados ao assunto.
O museu ainda não tem espaço físico, disponibilizando seu conteúdo online.
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