Gosta de andar de scooter e vai morar no exterior? Conheça os países onde as scooters são permitidas.
Países de todo o mundo estão lidando com um novo problema da modernidade: as scooters ou patinetes elétricos. Popularizados há alguns anos, esses veículos têm ganhado as ruas das principais capitais da Europa, América Latina e, principalmente, os Estados Unidos. Mas muitas cidades e nações ainda não têm regulamentação certa para os usuários dirigirem esses aparelhos. As que apresentam — e não são muitas — precisam lidar com fatores complementares como acidentes, uso de proteção e o estacionamento. Na Europa, pelo menos, nove países já conseguiu regulamentar o uso das scooters.
Como publicamos no E-dublin anteriormente, na Irlanda, assim como no Brasil, o uso das scooters não apresenta regulamentação, além de incitar muitas dúvidas. Porém, principalmente na Europa, outros países avançaram nesse assunto, e as scooters já fazem parte do cenário dessas cidades.
Até agora, as scooters elétricas podem ser encontradas em nove países europeus: Áustria, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, França, Polônia, Portugal, Espanha e Suíça. Existem outros países que estão para permitir, como é o caso da Itália.
No Brasil, as scooters elétricas são uma realidade em diversas capitais. São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro são as principais cidades onde o equipamento já virou febre. Assim como na Irlanda, o Brasil não tem regras específicas para o uso, mas as prefeituras já se mostram preocupadas e querem a regulamentação, até mesmo para a segurança dos usuários. Algumas delas já estão elaborando projetos de leis.
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Muitos países estão regularizando as scooters, restringindo o uso ou banindo totalmente. A França vai proibir as scooters eletrônicas de serem usadas em calçadas, permitindo apenas nas ruas ou ciclovias. A prefeitura de Berlim também estabeleceu novas regras para as scooters eletrônicas. Já Barcelona proibiu completamente os serviços de aluguel de scooters.
Nos Estados Unidos, as scooters são liberadas em quase todos os estados. É talvez o país onde mais exista o uso do equipamento. Já o Reino Unido continua sendo a última grande economia europeia a proibir scooters eletrônicas em espaços públicos, bem como segways e hoverboards.
Você está andando e quase tropeça em uma scooter parada bem no meio da calçada. Quem já viajou por muitas cidades onde há o aluguel de scooters por aplicativo certamente já deve ter visto muitos deles espalhados pelos meio-fios, praças, esquinas, percebendo que não há muitas regras sobre onde é permitido ou não estacionar o aparelho.
Empresários e lojistas são os que mais reclamam. Ao abrir suas lojas ou estacionamentos, frequentemente precisam deslocar as scooters que atrapalham a passagem de veículos ou de pessoas. E se as normas existem para estacionar uma moto, bicicleta ou veículo, por que não com a scooter? Esse é um dos principais problemas envolvendo a locação do meio de transporte em grandes cidades. Os governos e as próprias empresas que alugam as scooters estão tentando achar um meio de fazer o controle melhor.
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Um dos pontos principais da decisão das cidades em permitir as scooters é a ideia de que elas seriam favoráveis ao meio ambiente e contra as mudanças climáticas, já que é operada via eletricidade e não emite CO2.
Mas esse assunto é controverso. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, avaliaram o ciclo de vida desses veículos para determinar suas emissões de carbono, levando em consideração como são fabricados, quanto tempo duram e, até, como a locadora os coleta. Eles descobriram que, em 65% dos casos, as emissões de carbono para o uso de scooters eletrônicos eram mais altas que a quantidade que esses veículos deixam de emitir com o uso no trânsito.
Um estudo constatou que quase 50% de usuários de scooters acidentados tinham nível de álcool no sangue acima do limite legal de dirigir. A pesquisa do Trauma Surgery & Acute Care Open, dos Estados Unidos, mostrou que, dos 103 pacientes tratados em três centros de trauma por lesões relacionadas à e-scooter, 79% foram testados para álcool e 48% desse grupo teve um exame de sangue com nível de álcool superior a 0,08, que é o limite legal para motoristas na maioria dos estados daquele país.
E não foi apenas álcool. Dos 103 pacientes, 60% foram rastreados em busca de drogas no sangue e, deste total, 52% tiveram resultados positivos. A análise também mostrou que 98% dos feridos não usavam capacete no momento do acidente.
A Rutgers University, dos EUA, também publicou uma pesquisa que mostra que o número de lesões em todo o país envolvendo e-scooters subiu de 2.325 em 2008 para 6.957 em 2018, e 66% dos tratados não usavam capacete.
Outros dados mostram que 65% dos feridos são do sexo masculino, a idade média dos pacientes é de 37,1 anos, mais da metade (51%) apresentava “lesões significativas”, incluindo hemorragia intracraniana e fraturas que necessitavam de cirurgia e 45% das lesões relacionadas a acidentes em scooters eletrônicas são na cabeça.
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