Em uma série especial para o E-dublin, a nutricionista e coaching alimentar Lisiane Giusti fala sobre a importância de observar a dieta ao mudar-se para outro país. Para o primeiro vídeo da série, Lisiane fala, especificamente, sobre a vitamina D. Aliás, muita gente desembarca na Irlanda sem saber que é um dos países onde se apresenta grande deficiência dessa vitamina crucial para a saúde. O motivo? A baixa incidência solar.
A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel essencial para o corpo humano. Sua falta pode causar várias doenças, já que ela controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. Problemas cardíacos, osteoporose, câncer, gripe, resfriado e doenças autoimunes, como esclerose múltipla e diabetes tipo 1, são as mais comuns associadas à deficiência da vitamina D.
Descoberta em 1922, ela foi batizada de D por ter sido a quarta substância descoberta, depois das vitaminas A, B e C. A exposição solar é responsável por até 90% da vitamina D absorvida pelo corpo, o restante vem dos alimentos. Ou seja, em países como a Irlanda, onde o sol é escasso, a vitamina D será naturalmente deficitária.
Para os intercambistas que escolheram a Irlanda como destino, adicionar a suplementação da vitamina D na dieta pode ajudar na prevenção de problemas decorrentes da sua deficiência.
A vitamina B também está relacionada ao metabolismo ósseo e à absorção de cálcio na dieta alimentar. A sua ausência pode causar problemas de saúde, principalmente em idosos. Em gestantes, o problema pode ser ainda mais grave, uma vez que a deficiência dessa vitamina pode aumentar o risco de aborto, além de favorecer a pré-eclâmpsia e elevar as chances de a criança ser autista.
Em uma pesquisa realizada por psiquiatras do Texas, Estados Unidos, sintomas da depressão foram associada com pessoas com baixos níveis de vitamina D, principalmente em países frios. Hoje, infelizmente, cerca de 80% das pessoas no mundo são carentes dessa vitamina, pois passam grande parte do tempo em locais fechados e não pegam sol.
Sendo os alimentos uma das fontes da Vitamina D, Giusti indica a ingestão de peixes, pois eles são ricos nessa vitamina, principalmente o salmão. Porém, considerando que a absorção por meio de alimentos representa apenas 10%, o suplemento ainda é a forma mais eficiente de equilibrar a vitamina D no organismo.
No mundo ideal, a exposição ao sol todos os dias de, pelo menos, 15 minutos, em 20% do corpo (rosto e braços, lógico sem nenhuma proteção) é o esperado, o que permitiria que os raios UV (ultra violeta) entrem e ativem a síntese da vitamina D.
No caso de suplementação, sempre com a orientação médica, a nutricionista recomenda que para um adulto saudável de até 30 anos, a ingestão diária seja de 800 a 1000 (unidades). Ela também alerta: não faça uma super dosagem de vitamina D, já que o excesso pode aumentar a absorção do cálcio e trazer problemas para a saúde, a exemplo do cálculo renal.
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