Por: Bruna Ochner
A gente escolhe o caminho por onde quer andar, mira o horizonte, vai a passos largos. Sobe e desce oceano, corre a cidade inteira, gasta a sola do pé. Perde a calma, a paciência, a chance e a razão. Ganha paz, responsabilidade, choro e emoção. Aliás, tudo te emociona! É uma TPM constante, um frio na barriga que não morre e o arrepio na espinha que vai e vem, pra te lembrar que tem descoberta em cada esquina.
Tudo é escuro até que você chegue lá.
A gente vai esbarrando uns nos outros, criando história, fazendo piada, emprestando o ombro, abraçando o desconhecido. A gente coloca novas pessoas, novos lugares, um bocado de sonhos em outra língua. Quer dividir o macarrão e ganhar de presente o ouvido do outro.
A gente só não quer ter que caminhar sozinho.
Fora de casa, a gente quer mesmo é encontrar um tanto de gente, tão perdidos quanto a gente, pra poder fazer lar em outro lugar.
Essa coisa de intercâmbio é bem assim: no fim mesmo, é só você – cheio de novos lares.
Revisado por Tarcísio Junior
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