Quem nunca sonhou em visitar as pirêmides e a Esfinge? É quase tão desejado quanto a Torre Eiffel (seráááá?). Pois bem pessoal, depois do post sobre o Marrocos (MArrakech), estou de volta para falar um pouco mais sobre a África, agora sobre Cairo, a capital do Egito.
Falar sobre Cairo em apenas um post é meio impossível, pois é uma cidade com muita história, muitos pontos turísticos e muita, mas muita desorganização o que a cada instante te faz passar por aventuras que dariam páginas e páginas de um livro de suspense ou terror, hahaha.
Ok, vocês vão escutar um relato de uma pessoa que já estava vindo de Marrakesh, sem dinheiro, viajando sozinha, e ainda por cima 3 kilos a menos por causa de uma intoxicação alimentar, porem se você buscar no Google outros relatos de mochileiros que foram para o Egito, nenhum vai contar uma história com um final muito mais feliz que o meu.
Uma bagunça, você não sabe para onde ir, faltam indicações, algumas pessoas estavam sendo recepcionadas por outras antes mesmo de passar pela imigração, uma baita fila nos guichês da imigração e o melhor quando chegou a minha vez o policial perguntou:
– Tem visto?
Vixi, quem mandou não pesquisar antes, já me imaginei sendo mandado embora por não ter o visto. Que nada o visto você compra no “Bank of Cairo” que fica do lado da imigração, 25 dólares e você mesmo cola o visto no seu passaporte.
Passando pela imigração, fui até o ponto de informação turística com os dados do meu hotel para saber qual a melhor maneira de ir ate lá, um cara com a vontade de trabalhar igual a que eu tenho as 5 da manhã e falando inglês com o mesmo nível que o meu primo de 4 anos fala, me mandou ir de taxi. Como não encontrei outra maneira para ir, acabei indo de taxi mesmo.
Da uma olhada no nível dos táxis de Cairo, esse não é exatamente o taxi que eu peguei do aeroporto ao Hotel, aquele era um carro muito bom por sinal, mas no centro de Cairo a maioria dos táxis são estilo “lata velha” do Caldeirão do Huck, com um taxímetro que mais parece um contador de luz dos anos 80, óbvio que não funciona, tudo é na base da negociação, mas confirme antes de sair do táxi se realmente ele está te deixando na frente do local que você deseja ir, pois o meu taxista tentou me deixar em um lugar que não tinha nada a ver com o local que era o meu hotel e depois de ligar umas 5 vezes para o hotel e ainda ter que perguntar na rua para algumas pessoas, ele queria me cobrar o dobro do combinado. Havíamos combinado 40, na metade do caminho eu tive que pagar o pedágio de 10, e no final ele queria me cobrar 100. Depois de uns 10 minutos discutindo, eu já estava quase aprendendo a falar árabe, sorte que veio um policial e acabou com a discussão, acabei pagando os 40 que havíamos combinado.
Fiquei no hotel Juliana, agora mesmo eu estava dando uma olhada no site deles e eles estão com umas fotos de uns quartos que na época não eram bem assim. Quando fui o hotel era apenas um andar de um prédio comercial, no hotel apenas o dono falava inglês e ele nunca estava lá, com os outros funcionários era tudo na base da mímica.
Fiquei em um quarto sozinho, bem antigo, com um ar condicionado que não funcionava, o banheiro que eu usava era no meio do corredor e tinha uma qualidade razoável. Não pense que eu fiquei em hotel porque não queria ficar em hostel, fiquei nesse porque na época era um dos mais baratos e pelo o que vi por lá, não existem muitos hostels no estilo europeu (25 cabeças por quarto), a maioria dos lugares são hotéis mesmo. O hotel fica bem localizado, perto do rio Nilo, do museu egípcio, entre outros pontos turísticos do centro antigo de Cairo.
Ah, o hotel oferecia grátis um transfer do aeroporto ao hotel, porem como antes da viagem eu estava no Marrocos, acabei não respondendo o e-mail da solicitação do serviço.
Para quem não sabe, as famosas pirâmides do Egito se chamam Pirâmides de Giza.
Conhecer as pirâmides sempre foi um dos maiores dos meus sonhos e hoje é uma das maiores decepções da minha vida.
Antes de ir conhecer as pirâmides eu tinha conversado com uns espanhóis que conheci no museu do Cairo, eles tinham me falado que tinham ido conhecer as pirâmides de taxi, infelizmente eu não me lembro o preço, mas o hotel que eu estava oferecia o passeio para conhecer as pirâmides e mais alguns outros lugares pelo mesmo preço que esses espanhóis haviam pago pelo taxi e ainda por cima o meu hotel oferecia o passeio com um guia, então fui para as pirâmides com esse guia do hotel.
O passeio começou bem cedo e o primeiro lugar que fomos foi Sakkara, para ver a Step Pyramid (pirâmide de degraus) que é mais antiga que as pirâmides de Giza, é um passeio legal mas não tem nada de MUITO espetacular no lugar.
Depois fomos onde esta a estátua de Ramses II, onde ficamos uma meia hora apenas, pois não tem muito para ver além da estátua.
Antes de finalmente irmos para as famosas pirâmides, paramos em um restaurante para almoçar, um restaurante que o próprio guia escolheu e por sinal almoçou junto comigo, o restaurante era bom e pelo o que me lembro não era nenhum absurdo de caro.
Logo após termos entrado numa avenida para ir para as pirâmides, já era possível ver a ponta delas, não porque elas são MUITO altas, e sim porque elas ficam bem próxima da cidade, ai já começou a minha decepção, não sei o porquê, mas eu sempre imaginei as pirâmides no meio de um deserto e na verdade elas ficam é bem próximas ao centro de Cairo, com varias construções ao redor delas.
Chegando lá , o guia , muy mi amigo, me disse que era impossível ver as pirâmides a pé, que eu tinha que alugar um cavalo ou um camelo, que custavam um absurdo, briguei por muito tempo pois lá no hotel, antes de comprar o pacote do passeio, ninguém me falou que alem da valor do passeio eu teria que pagar para entrar em cada lugar e ainda por cima pegar um camelo, os caras são tão cara de pau que tem um caixa eletrônico bem perto dessa região onde se aluga os camelos, e depois de tanta briga, o máximo que consegui foi um desconto.
Então veio um menino de uns 10 anos com o camelo e me levou ver as pirâmides, da onde eu estava eu acho que as pirâmides não davam nem 20 minutos caminhando, e todos os ônibus de excursão turística estavam estacionados lá do ladinho das pirâmides, então óbvio que não é necessário alugar camelo nenhum. Bom, o menino queria que eu visse as pirâmides em 10 minutos, se não fosse eu ficar discutindo o tempo todo, nem foto eu não iria ter nas pirâmides.
A Esfinge fica bem ao lado das pirâmides, da para ir caminhando também, o único problema é o calor que estava fazendo, uns 40°C pois era Junho, e a cada metro-quadrado tem um vendedor de alguma coisa, tem alguns que estão lá só para tirar fotos para você, e o problema é que parece que eles não sabem o que significa NÃO. Você pode falar não mil vezes que eles continuam vindo atrás para te vender alguma coisa.
É possível entrar nas pirâmides, porém tem que pagar mais uma entrada, estava uma fila meio grande para entrar e ouvi falar que lá dentro não tem nada para ver, então eu não entrei.
Todo esse acumulo de coisas negativas fez as pirâmides não parecerem tão bonitas o quanto eu esperava.
Depois do passeio nas pirâmides o guia do hotel ainda me levou numa loja de perfumes naturais do Egito, que custavam muito mais caro que qualquer Hugo Boss ou Carolina Herrera, e depois em um lugar onde ainda se fazem papiros, aquele papel antigo do Egito, onde alem da explicação de como se produz o papel é possível comprar papiros de vários modelos.
Cairo ainda tem vários outros atrativos alem das pirâmides, como:
Resumindo, Cairo é uma cidade com muita coisa para conhecer (acredito que três dias a quatros dias inteiros para ver tudo), porem é muito difícil obter informações, acredito que fazer uma viagem dessas com um guia turístico deve facilitar muito, pois não somente eu, mas todos os mochileiros que eu vi em outros blogs, passaram por apuros como eu.
Não recomendo para as mulheres irem sozinhas para Cairo, apesar de não ter visto nada de errado, andar pelas ruas dessa cidade não me passou nenhuma segurança.
Alem de Cairo, o Egito tem varias outras cidades históricas, o próprio hotel oferecia os passeios, porem como eu já estava sem dinheiro e cansado de tanto perrengue, preferi ficar os 6 dias na capital.
Esse foi Felipe Viante, já estive por aqui, mas de agora em diante, será como colaborador oficial! =o)
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