Eu tenho certeza que você se recorda de ter visto em algum mercado da sua cidade um chocolate de embalagem lilás com uma vaca branca estampada na frente. No meu caso, esta é uma daquelas lembranças que estão marcadas no imaginário. Afinal, a gente dificilmente esquece de uma boa memória afetiva. Estou falando do chocolate Milka, um dos mais conhecidos e amados Brasil e mundo afora.
Apesar de o chocolate Milka não ter origem no Brasil, o cacau utilizado em sua produção tem origem na região do cinturão equatorial, na qual o Brasil se encaixa.
Quer conhecer a origem do chocolate Milka? Acompanhe essa matéria!
Feito à base de amêndoa fermentada e cacau torrado, o chocolate é um dos alimentos mais populares do mundo. Surgido nas civilizações pré-colombianas da América Central, ele se popularizou na Europa a partir dos séculos XVII e XVIII.
Antes de acesso exclusivo da classe nobre, hoje em dia o produto é consumido por pessoas de qualquer classe social. Ao longo dos anos, ele passou a ser culturalmente associado à Páscoa, virando uma das maiores tradições em diversos países do mundo.
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A origem do chocolate Milka é a Suíça, onde ele começou a ser fabricado em 1850, na cidade de Neuchâtel. E o responsável pela fábrica era Philippe Suchard, produtor local de chocolate.
Fato é que a descoberta havia sido feita e, a partir disso, os negócios da primeira barra de chocolate ao leite dependiam de uma expansão e de um aprimoramento das técnicas de produção para alcançar sucesso. Coube, portanto, ao genro de Philippe trabalhar na abertura de fábricas na Alemanha, França e Áustria e, em 1901, colocá-lo em comercialização.
A partir deste ano, o chocolate Suchard Milka, como era denominado à época do surgimento, figurava nas prateleiras dos mercados em formato de tabletes.
Mas isso só aconteceu graças à máquina criada por ele (Philippe Suchard), a qual servia para misturar o açúcar e o cacau em pó, dando origem a uma pasta fina. “Mélangeur”, como ficou conhecida a engenhoca, permitiu que o suíço desse um salto importante no processo de criação e aprimoramento de seu produto.
Caro e socialmente restrito, o chocolate, que era de acesso apenas da elite europeia, foi, enfim, transformado em um produto popular para todas as classes.
O sucesso do chocolate Milka se deu de forma exponencial. A ideia de criar o chocolate em novos formatos também foi inserida no processo de produção, impulsionando, assim, o aumento da quantidade. Apenas 12 anos depois do início da comercialização oficial do produto, o chocolate Milka já tinha expandido sua produção em uma proporção de 1:18.
Além disso, a criação de versões do chocolate original também foi outro fator importante no aumento da demanda. Foram acrescentados ingredientes como amêndoas e avelãs. Sendo assim, a marca passou a produzir produtos derivados da receita original. Confira alguns deles:
Apesar de não ser pública, a receita do chocolate Milka consiste nos ingredientes básicos como cacau, leite alpino em pó e açúcar e, em relação ao seu preparo, sabe-se que chocolate passa por uma estação vibratória para remover as partículas indesejadas, é despejado em moldes pré-aquecidos e, após resfriado, recebe a adição de recheios.
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Para a composição da palavra “Milka”, o criador simplesmente juntou as palavras alemãs que dão nome aos principais ingredientes do produto: Milch (“leite”) e Kakoa (“cacau”). Sendo assim, “Mil” e “Ka” foram as sílabas justapostas para a composição daquele que era um produto novo no mundo.
O lilás foi escolhido como cor oficial da marca no ano de 1964. A partir de 1972, a vaca lilás com manchas brancas, juntamente com o cenário de paisagem alpina, foi adicionada também à embalagem.
A intenção era, como você bem deve imaginar, representar o leite alpino, da Suíça, que compõe a receita base do produto em qualquer lugar do mundo.
O mascote do chocolate Milka passou por redesigns algumas vezes, em especial nos anos de 2001, 2007 e 2018.
A princípio, o nome “Milka” era escrito na cor preta. Em 1922, ele passou a ser maior e dourado. Em 1926, passou a ser branco. Em 1988, a embalagem passou por uma modernização e já contava com a vaca branca e lilás.
Em 2018, a nova embalagem contava com uma textura fosca e mais aveludada, refletindo os ingredientes naturais. A vaca lilás, por sua vez, foi mudada de direção em relação à paisagem de montanhas.
O nome da marca foi retirado do corpo do animal. Além disso, o logotipo passou a ser escrito com uma nova tipografia de letra. O pingo do “i” recebeu o formato de gota de leite.
A primeira aparição comercial televisiva da vaca, símbolo do chocolate Milka, aconteceu em 1973. A partir da década de 1990, houve uma padronização da imagem, da vez que o mamífero passou a ser veiculado com a cabeça levemente inclinada para esquerda e na cor lilás cujas manchas, do mesmo tamanho, apareciam na cor branca.
A publicidade foi um dos grandes investimentos da marca. As ações de marketing buscavam divulgar fortemente o produto no mundo todo a fim de expandir cada vez mais o mercado.
Em 2007, aconteceu a Milka Tour Alpine, uma estratégia de marketing que buscava criar, em diversos países, parques temáticos a fim de reproduzir o ambiente dos Alpes Suíços. Esta foi, certamente, uma das iniciativas mais ousadas da marca, principalmente porque alcançou mais de 70 cidades europeias.
No local, os visitantes tinham contato com a natureza, praticavam esportes radicais em montanhas e, claro, comiam o chocolate. Havia, ainda, a venda de produtos como mochilas, bolsas e camisetas, além de uma versão em pelúcia do mascote da Milka.
Outra campanha foi o “Dare to Be Tender” (“atreva-se a ser afetuoso”, em tradução livre), que aconteceu na França em 2013. Na oportunidade, as barras de chocolate eram fabricadas sem um dos quadradinhos que a compõem, local onde poderia se achar um código para que o consumidor pudesse, no site da marca, escolher um endereço para o qual a parte faltante seria enviada.
Um total de 10 milhões de chocolates foram comercializados no mercado francês com essa finalidade.
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Hoje em dia, o chocolate Milka não é mais produzido em solo brasileiro. Na verdade, isso aconteceu em 2013, quando, sem maiores explicações, o produto deixou de ser produzido no Brasil.
A Mondelēz International (antiga Kraft Foods), empresa à qual o chocolate pertence, não se pronunciou sobre o interrompimento da comercialização dos produtos em questão.
A importação de barras do chocolate a partir de países como Alemanha, Áustria e Polônia ainda garante a circulação do produto no país.
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