A experiência de estudar fora do Brasil para conquistar um diploma de graduação ou pós, sem dúvida, pode trazer muitos benefícios para a carreira profissional do intercambista no retorno ao seu país — ou, até mesmo, na busca de uma colocação no mercado de trabalho estrangeiro.
Mesmo assim, apesar de todas as vantagens que uma temporada de estudos no exterior pode reservar, há também uma série de desafios que o estudante vai enfrentar ao longo desse período. Confira alguns deles.
Um dos requerimentos básicos para se aplicar a um curso superior em universidade estrangeira é ter fluência no idioma local, comprovada por meio de um exame de proficiência. No caso da Irlanda, por exemplo, a maioria das universidades solicita o IELTS ou TOEFL.
Entretanto, mesmo conquistando uma boa nota no exame de proficiência, é absolutamente normal ter dificuldades com termos técnicos ou conteúdos densos em inglês durante o curso. Afinal, o estudante vai se deparar com um vocabulário novo, que, até então, não fazia parte do seu cotidiano.
Em alguns casos, essa dificuldade fica ainda mais evidente na escrita, já que muitos cursos teóricos requerem a realização de longas dissertações, o que pode ser um verdadeiro desafio para o estudante durante os primeiros semestres do curso. Com o tempo e a familiaridade com o conteúdo, esse percalço é minimizado, mas é importante estar preparado para tal dificuldade.
Outro desafio para quem quer investir em uma instituição europeia é o preço. Na Irlanda, por exemplo, praticam-se preços diferenciados para quem não tem cidadania europeia. Com isso, as anuidades para estudantes internacionais podem custar até três vezes mais do que para um europeu.
A solução para quem quer estudar por aqui, mas não tem condições financeiras para bancar o curso dos sonhos, é investir em pequenas universidades privadas voltadas para estudantes estrangeiros, nas quais as anuidades são mais acessíveis. O problema é que, nesses casos, a oferta de cursos é extremamente limitada, geralmente se restringindo a duas opções: business e tecnologia (IT).
O sistema educacional na Europa também é diferente do Brasil. Isso já começa com o ano letivo, que, nessa parte do continente, inicia-se em setembro e é finalizado em maio. Outra diferença é o período de duração das aulas, muitas vezes integral. Assim, o estudante passa grande parte da semana dentro da universidade.
Ao contrário do Brasil, não há a opção de fazer um curso de graduação durante a noite, por exemplo. Cursos noturnos até existem por aqui, mas as opções se restringem a cursos de curta duração e algumas especializações.
Esse é um tema importante para quem planeja retornar ao Brasil para trabalhar na área de formação que obteve no exterior. Dependendo da carreira de formação, é necessário revalidar o diploma, o que pode ser um processo longo e burocrático, além de custoso. Em geral, esse é um requisito para quem quer seguir carreira acadêmica no Brasil ou prestar concurso público.
Apesar de todos esses entraves, tem-se observado um número crescente de brasileiros nas universidades estrangeiras, muitos deles custeando seus cursos sem o auxílio de bolsas. Então, você aí que já considerou fazer uma graduação na Irlanda ou Europa, tenha em mente que existem, sim, as dificuldades citadas acima. Porém, superá-las faz parte do processo para atingir a qualificação estrangeira que você tanto almeja.
Imagens via Depositphotos
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