Os desafios de estudar em uma universidade europeia

A experiência de estudar fora do Brasil para conquistar um diploma de graduação ou pós, sem dúvida, pode trazer muitos benefícios para a carreira profissional do intercambista no retorno ao seu país — ou, até mesmo, na busca de uma colocação no mercado de trabalho estrangeiro.

Estudar no exterior reserva desafios. Foto: Khunaspix | Dreamstime

Mesmo assim, apesar de todas as vantagens que uma temporada de estudos no exterior pode reservar, há também uma série de desafios que o estudante vai enfrentar ao longo desse período. Confira alguns deles.

Idioma

Um dos requerimentos básicos para se aplicar a um curso superior em universidade estrangeira é ter fluência no idioma local, comprovada por meio de um exame de proficiência. No caso da Irlanda, por exemplo, a maioria das universidades solicita o IELTS ou TOEFL.

Entretanto, mesmo conquistando uma boa nota no exame de proficiência, é absolutamente normal ter dificuldades com termos técnicos ou conteúdos densos em inglês durante o curso. Afinal, o estudante vai se deparar com um vocabulário novo, que, até então, não fazia parte do seu cotidiano.

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Em alguns casos, essa dificuldade fica ainda mais evidente na escrita, já que muitos cursos teóricos requerem a realização de longas dissertações, o que pode ser um verdadeiro desafio para o estudante durante os primeiros semestres do curso. Com o tempo e a familiaridade com o conteúdo, esse percalço é minimizado, mas é importante estar preparado para tal dificuldade.

Custos

Anuidades são mais caras para estudantes estrangeiros. Foto: Oleg Dudko | Dreamstime

Outro desafio para quem quer investir em uma instituição europeia é o preço. Na Irlanda, por exemplo, praticam-se preços diferenciados para quem não tem cidadania europeia. Com isso, as anuidades para estudantes internacionais podem custar até três vezes mais do que para um europeu.

A solução para quem quer estudar por aqui, mas não tem condições financeiras para bancar o curso dos sonhos, é investir em pequenas universidades privadas voltadas para estudantes estrangeiros, nas quais as anuidades são mais acessíveis. O problema é que, nesses casos, a oferta de cursos é extremamente limitada, geralmente se restringindo a duas opções: business e tecnologia (IT).

Sistema Educacional

Estudantes passam maior parte do tempo nas universidades. Foto: Ammentorp | Dreamstime

O sistema educacional na Europa também é diferente do Brasil. Isso já começa com o ano letivo, que, nessa parte do continente, inicia-se em setembro e é finalizado em maio. Outra diferença é o período de duração das aulas, muitas vezes integral. Assim, o estudante passa grande parte da semana dentro da universidade.

Ao contrário do Brasil, não há a opção de fazer um curso de graduação durante a noite, por exemplo. Cursos noturnos até existem por aqui, mas as opções se restringem a cursos de curta duração e algumas especializações.

A experiência de quem estuda na Irlanda

Revalidação do Diploma

Esse é um tema importante para quem planeja retornar ao Brasil para trabalhar na área de formação que obteve no exterior. Dependendo da carreira de formação, é necessário revalidar o diploma, o que pode ser um processo longo e burocrático, além de custoso. Em geral, esse é um requisito para quem quer seguir carreira acadêmica no Brasil ou prestar concurso público.

Apesar de todos esses entraves, tem-se observado um número crescente de brasileiros nas universidades estrangeiras, muitos deles custeando seus cursos sem o auxílio de bolsas. Então, você aí que já considerou fazer uma graduação na Irlanda ou Europa, tenha em mente que existem, sim, as dificuldades citadas acima. Porém, superá-las faz parte do processo para atingir a qualificação estrangeira que você tanto almeja.

Imagens via Depositphotos
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Elizabeth Gonçalves

Jornalista viciada em cinema, música e literatura. Paulistana, se apaixonou por Dublin, onde mora há cinco anos e sonha em fazer uma viagem de volta ao mundo.

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