E agora, Theresa May? Essa com certeza é a pergunta do dia em todos os veículos de comunicação. O Brexit e a ladainha sem fim da saída do Reino Unido da União Europeia continua tão nebuloso quanto quando foi anunciado há três anos.
Ontem, como já era esperado, o acordo proposto ao Parlamento Britânico pela primeira-ministra inglesa Theresa May foi rejeitado e praticamente volta-se a estaca a zero, já que os termos para a saída do Reino Unido não passou no Parlamento.
Uma possibilidade quase iminente é a saída da primeira-ministra, ou pelos menos tem muita gente querendo derrubar a Mrs. May do poder. Do outro lado, o Parlamento terá mais três dias para propor termos alternativos para o Brexit. Parece pouco, mas vale lembrar que esta não é a primeira vez que a proposta de primeira-ministra não passa nos termos do Parlamento e desde dezembro eles estudam novas possibilidades para a saída do Reino Unido do bloco de forma a não causar maiores danos, se é que isso é possível.
Muito e pouco. Na verdade, é difícil afirmar uma vez que os próprios governantes não chegam a um consenso. Muitas perguntas ainda estão sem respostas e o pior é que o prazo de Março, proposto para a saída oficial, está chegando.
Para quem vive na Irlanda, o buraco é mais em baixo, pois historicamente o Reino Unido está diretamente ligado a Irlanda comercialmente e mesmo em termos de fronteira pode haver muita mudança. Aliás, o principal ponto do termo é apresentar uma alternativa segura para garantir que o acordo firmado em 1988 entre os dois seja respeitado, permitindo, assim, a ausência de barreiras físicas entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda. Como? Esse é o grande X da questão já que com a saída do Reino Unido do bloco europeu, a Irlanda se tornará o acesso entre o Reino Unido e a UE.
De fato, a situação da primeira-ministra piorou muito com a derrota de 432 a 202 votos e existe a possibilidade de renúncia da própria, assim como uma pressão interna para um possível Impeachment também é grande. Uma eleição extraordinária com o objetivo de substituir May também é uma das opções latentes.
O que temos no momento é um Brexit a ponto de se efetivar e sem diretrizes definidas. Um caos sem fim. Com a saída agendada para 29 de Março de 2019, após dois anos para preparar um direcionamento claro sobre o que muda com a saída do Reino Unido do bloco, o Brexit corre o risco de se efetivar sem termos definidos, o que é um cenário bem negativo para as relações comerciais do Reino Unido com o resto do mundo.
Existe, ainda, a possibilidade do Reino Unido voltar atrás e cancelar sua saída da UE. Sim, esta é uma possibilidade, inclusive a própria Corte da Justiça Europeia já deixou claro que caso ocorra, não haveria sanções para o Reino Unido. No entanto, o atual governo britânico é pró-Brexit, o que torna essa saída pouco provável.
A saída mais viável seria uma renegociação completa sobre os termos do Brexit e uma possível prorrogação da saída do bloco. Quem viver, verá!
Imagens via Dreamstime
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