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Com a chegada da primavera e o início da temporada de nidificação das gaivotas, autoridades e especialistas em controle de pragas estão pedindo que o público fique atento ao comportamento agressivo dessas aves, especialmente em áreas urbanas costeiras.
A Rentokil, principal empresa de controle de pragas da Irlanda, alerta que as gaivotas podem se tornar extremamente territoriais e agressivas entre abril e junho, período em que constroem ninhos, botam ovos e cuidam dos filhotes, conforme pubicou o The Independent.
Especialista afirma que gaivotas se sentem ameaçadas na costa da Irlanda e escolheram o alto dos prédios de Dublin para fazer seus ninhos. Foto: Tolga Ahmetler / Unsplash
Segundo Colm Moore, gerente técnico regional da empresa, “as gaivotas podem causar grandes transtornos para residências e comércios, sobretudo quando já estabeleceram seus ninhos”. Ele reforça que a prevenção é o melhor caminho, recomendando que medidas sejam tomadas agora para evitar que as aves se instalem em telhados e beirais.
As cidades oferecem às gaivotas locais elevados e protegidos, semelhantes aos penhascos costeiros, tornando telhados e estruturas urbanas locais ideais para a nidificação. Com isso, elas se tornam mais ousadas em busca de alimentos, muitas vezes rasgando sacos de lixo e atacando pessoas que carregam comida.
Além disso, a empresa também utiliza técnicas sustentáveis e legais, respeitando as Diretivas Europeias para proteção das aves e utilizando métodos não letais. Uma das estratégias mais eficazes e ecológicas é o uso de aves de rapina treinadas, que assustam as gaivotas naturalmente sem feri-las.
Com a aproximação da época mais crítica, a recomendação é clara: agir agora pode evitar problemas sérios nos próximos meses.
Gaivotas estão mais barulhentas no centro da cidade de Dublin. Foto: Victoria / Unsplash
Na área central de Dublin, ou de outra cidade na costa da Irlanda, pode se perceber que as gaivotas ficam mais barulhentas no verão. No periódico irlandês The Journal, o jornalista descreve:
“Se você acordou com o grasnar das gaivotas nas primeiras horas da manhã nos últimos meses, pode estar se perguntando – espere, há mais delas por aí? E há algo que pode ser feito a respeito desse ruído?”.
O jornalista conversou com Niall Hatch, membro do Birdwatch Ireland, um órgão que trabalha para conservação de espécies e habitats de aves e monitora os pássaros em diferentes ambientes.
A partir de informações deste artigo, vamos descrever o que tem acontecido e quando a vida das gaivotas — que diga-se de passagem, são inocentes na história — vai voltar ao normal.
Leia também: Como impedir que gaivotas roubem sua comida na Irlanda
As gaivotas-prateadas são a espécie mais encontrada nas ruas da capital da Irlanda. Foto: Wouter De Praetere / Unsplash
As gaivotas “herring gull” (gaivota-prateada) é a espécie de que estamos falando. São as mais tradicionais, vistas nas ruas de Dublin, seja roubando sanduíches dos turistas ou fuçando os lixos.
Elas são grandes, têm o corpo branco e cinza com o bico amarelo de ponta vermelha. Sim, se você mora na Irlanda já conhece esse perfil.
Segundo Hatch, essas gaivotas vivem na Irlanda há centenas de anos. E, por mais que pareça que o número delas cresceu, na verdade diminuiu. Ele explica que a espécie “herring gull” teve uma queda de 90% de sua população em 30 anos e consta na lista de espécies ameaçadas de extinção. Loucura, não é?
A resposta é que as aves estão se movendo para dentro dos territórios ao invés de permanecer na costa. Geralmente, elas faziam seus ninhos em ilhas na Baía de Dublin, mas esse locais hoje foram invadidos por ratos e visons, segundo Hatch explica ao The Journal, o que é uma ameaça aos ninhos das gaivotas por serem predadores naturais de ovos.Assim, cada vez mais, elas têm se mudado, construindo seus ninhos nos telhados dos prédios mais altos da capital irlandesa.
E, claro, também é culpa nossa, dos humanos! Afinal, as gaivotas encontram comida onde deixamos. Geralmente, elas buscam alimento em sacos de lixo, encontrados aos montes nas ruas de Dublin. Como são aves que geralmente buscam o alimento nos mesmos lugares, isso faz elas ficarem próximas de onde tem comida.
O desespero das gaivotas por comida, aliás, foi observado pelo Birdwatch Ireland. Por conta de fatores como a sobrepesca severa nas águas irlandesas e as mudanças climáticas, a cadeia alimentar das gaivotas foi quebrada. Assim, elas precisam procurar outros lugares para se alimentar.
Gaivotas procriam no verão por vários motivos como maior tempo de luz solar para buscar por comida. Foto: Ezequiel Garrido / Unsplash
O verão é época de procriação das gaivotas. Com muito mais luz solar, elas têm mais tempo para procurar comida e alimentar seus filhotes. Segundo Hatch, elas dormem apenas uma ou duas horas por dia.
Como dissemos, as gaivotas têm cada vez mais feito ninhos no topo dos prédios de Dublin. Como são muito comunicativas — e eu bem que já percebi a tagarelagem entre elas nessas madrugadas — elas causam esse barulho todo.
Segundo o especialista, as jovens gaivotas pedem por comida aos seus pais (é aquele ‘piu’ mais agudo que ouvimos) e eles respondem com um grasnar mais acentuado. “Esse é um momento especial e vai terminar nas próximas semanas”, disse Hatch ao The Journal.
É nesse momento que os filhotes crescem e passam a se alimentar sozinhos tornando o inverno mais populoso de gaivotas em relação ao verão, mas com menos barulho.
Você pode ler muito mais curiosidades sobre esse assunto no artigo do The Journal.
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