O Natal é um dos momentos mais especiais do ano e sinônimo de comemoração com a família e amigos queridos.
É aquele momento esperado, quando a gente se reúne para montar a árvore de Natal, decorar a casa, assistir filmes natalinos, trocar presentes, e que no aconchego da família dedicamos horas cozinhando pratos deliciosos para serem degustados durante a ceia do dia 24 de dezembro.
Entretanto, para quem está longe de casa vivendo um outro sonho, o do intercâmbio, a magia do Natal pode se transformar em saudade. O fato é que esta data normalmente já deixa todo mundo um pouco mais sensível e emotivo, mas, para quem está distante, essa época pode deixar o coração ainda mais apertado.
Por Bibiana Fernandes
“Já faz dez anos que saí da casa dos meus pais em Porto Alegre, mas morávamos na mesma cidade, o que me facilitava muito para visitá-los praticamente todos os finais de semana, já que sempre fomos muito apegados.
Hoje, com trinta anos, me vi com a necessidade de aprender a língua mais utilizada no mundo dos negócios, e foi isso que me impulsionou a largar tudo no Brasil e vir para a Irlanda.
O meu primeiro mês foi complicadinho, até porque cheguei em Dublin sem nada do idioma, passei pela procura por emprego, pela correria atrás de documentos para me legalizar no país… Tudo isso toma bastante o tempo e me fez deixar de lado a saudade. Aí vieram o segundo e o terceiro mês, quando eu ainda estava me adaptando a esse mundo novo: compras, tempo, pessoas… tudo isso é deslumbrante e eu ainda me sentia meio que uma turista por aqui.
Agora, o quarto mês não esta sendo só o quarto, esse é o mês do Natal! O mês que sempre estive reunida com a minha família, época de tirar muitas fotos, união total, período de ter a mesa recheada de coisas deliciosas feitas pela minha mãe, pela minha avó e minhas tias.
Neste tempo que estou aqui, que por sinal está passando muito rápido, procuro nunca falar nessa palavra com meus pai. É… essa mesmo: S-a-u-d-a-d-e! Palavrinha difícil. E eu lembro dela toda vez que passo pelo shopping e ouço as musicas natalinas… Aí fica difícil não pensar imediatamente na minha família.
Mas vim pra cá cheia de objetivos e preciso tentar alcançar o máximo deles pra levar na mala de volta.
Então a minha estratégia é simples e prática: trabalhar e estudar. Isso deve dar uma facilitada na minha vida, ocupando a minha cabeça e – espero – também o meu coração”.
Revisado por Tarcísio Junior
Foto da capa via Shutterstock
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