Graças às transformações gerais que acontecem no mundo, atualmente os preconceitos acerca de temas como Aids e HIV têm se tornado cada vez menores. Mas, o que muitos podem não imaginar, é que em alguns países o acesso de pessoas portadoras de HIV ainda é restrito. Belize, Lituânia, Rússia, Cingapura, são apenas alguns exemplos.
Pois é, eu desconhecia esse fato, até que um leitor dos meus textos, soro positivo, me enviou um e-mail perguntando se ele teria problemas aqui na Irlanda. Já falamos em um texto sobre esse tema aqui no E-Dublin, que a Irlanda, assim como no Brasil, não restringe a entrada de soropositivos ao país, porém, é claro que isso será um desafio a mais na sua experiência fora do país.
Para quem está em tal situação, vale explorar o site HIVTRAVEL.ORG. Nele é possível verificar país por país e descobrir como é o acesso de portadores, além de outras informações. Ao clicar na Irlanda, por exemplo, o site informa que não há regulamentos específicos de entrada ou residência para pessoas com HIV/AIDS: “There are no specific entry or residence regulations for people with HIV/AIDS in Ireland”.
Apesar de não haver uma regulamentação especial para estrangeiros, todos, sem exceção, podem ter acesso às unidades de tratamento no país. Existem três hospitais especializados em Dublin – em Cork, Galway e Limerick. O apoio também pode ser obtido junto das ONGs espalhadas pelo país. Para encontrar todos os endereços e informações sobre o tema, acesse o HIVIRELAND.IE.
De qualquer maneira, apesar da Irlanda não limitar o acesso a essas clínicas de tratamento e apoio a portadores do HIV, vale lembrar que ao chegar ao país como estudante – ou mesmo como turista – você terá que contratar um seguro saúde para o período de sua estadia. É sabido, também, que a Irlanda enfrenta problemas como a escassez de camas em hospitais e alta demanda para consultas com especialistas, o que pode chegar a mais de 6 meses de espera para uma simples consulta, dependendo do caso. Então é melhor prevenir que remediar e vir preparado com um seguro que atenda não só as necessidades do visto, mas também suas condições de saúde.
A Irlanda, assim como outros países europeus, também tem avançado negativamente nos números. Segundo dados da Ireland Health Protection Surveillance Centre (HPSC), a última pesquisa realizada nos limites da Ilha, chegou a um número recorde de infectados. Os homens representam 77% dos 500 casos diagnosticados em 2016. Outro fato curioso é que em mais de 50% dos casos, os infectados são estrangeiros que vivem no país.
Então fica o alerta geral para quem está desembarcando na Ilha ou já está por aqui: camisinha sempre! Cuide-se, porque no final, a última coisa que você quer no intercâmbio é voltar para casa levando um problema de saúde na mala.
Testes de HIV são gratuitos no país e podem ser realizados, por exemplo, por meio do HIV Ireland. Outro site com informações importantes sobre HIV na Irlanda é o IrishHealth, vale a visita!
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Imagem de capa via Dreamstime
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