A área de estética tem seu espaço reservado na Europa. Engana-se quem diz que elas não gostam de se cuidar – basta olhar para as garotas irlandesas e perceber que de maquiagem e unhas de gel, elas entendem. As famosas unhas de Shellac são sucesso por aqui.
Se você já trabalha como manicure ou em qualquer área de estética no Brasil e sonha em realizar um intercâmbio, saiba que a vaidade das brasileiras pode ser uma grande aliada na sua decisão. E você pode, inclusive, angariar clientes de outras nacionalidades, que adoram o fato de fazermos tudo bem feitinho – temos nossas particularidades, como o jeito de tirar a cutícula, por exemplo.
Quem é que não gosta de fazer as unhas todos os finais de semana?
Por aqui, apesar dos “subempregos” que detonam as nossas mãos e do controle de gastos – que seguimos a risca, salvo quando vemos a palavrinha SALE, haha! – muitas não abrem mão de ter suas unhas bem feitas.
Não vá achando que o investimento é barato. Pé e mão saem entre 15 a 30 euros, dependendo de cada manicure. Sem contar que, na maioria das vezes, elas atendem em domicílio, ou seja, em casas e espaços muitas vezes limitados ou apertados. Isso influencia no preço.
Nos salões, a profissão aqui chama-se Nail Technician. Para trabalhar, você precisará fazer um curso que te garantirá um certificado chamado “ITEC Certificate in Manicure & Pedicure”. Em uma rápida pesquisa pelo termo no Google é possível encontrar algumas escolas e instituições que dão o curso. É preciso levar em conta que praticar a profissão por conta própria sendo estudante pode ser ilegal, pois não há regulamentação para ser um profissional autônomo com esse tipo de visto.
Há tempos, quando era mais fácil conseguir o visto de trabalho por esses lados, muitas brasileiras tentaram sua sorte e hoje são profissionais de sucesso na Ilha. Elas possuem o curso que é necessário para ser autônoma e inclusive trabalham em salões renomados ou tem seu próprio espaço.
É claro que sabemos que nem todo mundo segue isso à risca, assim como outras profissões autônomas por aqui – principalmente para quem já tem um conhecimento prévio e precisa de um trabalho. Por isso, é necessário conhecer as informações e ter todos os cuidados para evitar riscos.
O que as clientes prezam muito por aqui são as pessoas que atendam em casa, que sejam ágeis e, principalmente, que marquem o horário e apareçam!
Um problema comum no mundo da beleza tem sido a falsa percepção na valorização do trabalho. Muitas pessoas pensam que ao conseguir fazer a própria unha ou a própria sobrancelha, se depilar ou cuidar do cabelo, estão aptas a prestar serviços que envolvem muito mais que isso.
Sabia que um vírus de hepatite C pode sobreviver por até 7 dias em uma toalha?
Não é brincadeira trabalhar com materiais de beleza.
Stefane Dantas, que já era profissional no Brasil e mudou-se pra cá em 2013, disse que viu a concorrência aumentar muito e o fator da higiene e a mão de obra a baixíssimo valor levam as pessoas a achar que estão ganhando, mas na verdade podem estar colocando a saúde em risco. Esse fator, para ela, é a coisa mais complicada ao se encarar a profissão por aqui. Mas ela ama o que faz e tem um público bem fiel.
Manicure há 14 anos, Patrícia Marques afirmou que desde quando chegou não ficou sem trabalhar e que 80% do seu público é brasileiro. “As brasileiras são, sem dúvidas, as mais exigentes, sabem o que querem e como querem”, contou. Para ela, não falta espaço, o que falta é responsabilidade com o cliente.
Até porque uma cliente sempre pode se tornar uma amiga. E ninguém quer deixar uma amiga na mão.
É claro que querer dar um up em sua renda é ótimo, mas oferecer serviços sem responsabilidade vai além do limite.
Vale lembrar da importância das luvas e de sempre usar seu próprio material .
Imagens via Shutterstock
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