Demorou um pouco, sim, foi no final de Novembro que estive em terras italianas, porém, as imagens continuam frescas na minha memória e na do computador e não vai ser difícil contar como foi o passeio em uma das cidades com maior carga histórica da Europa ocidental.

Como é de praxe, voando com Ryanair, desta vez não tão barato (ficou mais de 100 euros). Mas não há do que reclamar. 3 horas de viagem mais do que tranquila. O aeroporto de Ciampino fica próximo a cidade, te custa €2,30 para chegar ao centro da cidade. €1,00 do transalado (de 5 minutos) entre aeroporto-estação de trem, e mais €1,30 do bilhete de trêm.

De início, eu já acostumado com padrões de metrô/trêm muito bons (como o de Paris, Berlin, etc.), me deparei com uma estação e trêm sujos e velhos, além de umas TVzinhas que bagunçavam todos os horários. No caso, este foi o menor dos problemas, mais pra frente entenderão o porquê.

Chegamos ao centro da cidade e fomos direto para um hotel simples mas aconchegante, Serendipity Residence. 60 euros/dia por um quarto de casal com banheiro privativo, tv a cabo, frigobar e um café da manhã, que não passava de um croissant, um café e um suco, como em Paris.

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Mais uma vez com pouco tempo para aproveitar, chegamos na sexta-feira fim de tarde, e íamos embora domingo de manhã. A solução foi passear pelo centro neste primeiro dia, recolher alguns mapas turísticos e então definir nossas prioridades.

Para não dizer que o fim de tarde e noite não passaram em branco passeamos pela passa da República, comemos em uma pizzaria (tipicamente italiana?) e registramos o bidê do hotel.

No dia seguinte, já com tudo planejado, acordamos cedo e pegamos o primeiro ônibus sightseeing que estava saindo. Tivemos um pouco de problema com ele durante o dia por conta de uma leve chuva que teimava em cair.

O primeiro destino, não podia ser outro: Colisseo. O ingresso custa €12 e te dá direito a visitar o Paladino e o Foro Romano. Todos os 3 são apenas os escombros do que havia ali há 2000 anos, mas é imperdível, principalmente o Colisseu.

É um passeio muito legal, sem dúvidas, mas acredito que, assim como tantas outras coisas em Roma, o Colisseu precisava de mais atenção. Não haviam muitas placas explicativas, ou desenhos que mostrassem como as coisas funcionavam quando “espetáculos” aconteciam. Além disso, o banheiro era simplesmente nojento! O preço do ticket, poderia ser mais caro se investissem alguns centavos a mais.Passamos na sequência pela Basílica de São Cosmo e Damiano. Bonita, mas nada espetacular. Ao lado, um presépio que te pediam 1 euro para ver, “sutilmente” com uma pessoa vigiando uma caixinha. Passe por lá, mas não perca mais de 5 minutos.

Andamos, andamos, andamos, perguntamos, e demoramos uma Era para encontrar a entrada de Palatino e Foro Romano. Era logo atrás do Colisseu, mas é enorme e não havia sequer uma placa falando para que lado era a entrada.

Um passeio interessante, principalmente para ver as partes que ainda se mantém erguidas e para subir em um dos jardins que dão uma visão panorâmica da área e de Roma.

Daí então, subimos novamente no ônibus e tínhamos pouco tempo, e vimos apenas de relance a Piazza Venezia, linda! O ônibus passou lá duas vezes, tirei inúmeras fotos.

Pouco mais adiante, passamos por onde está a Bocca de la Verita. Esta, mesmo se eu tivesse muito tempo, não faria parte das minhas prioridades.

Já quase em nosso próximo destino, avistamos um belo castelo que eu gostaria de ter ido ver, mas o pouco tempo nos impediu de visitar: Castel Sant’ Angelo.

Finalmente o segundo ponto alto da tour: Cidade do Vaticano.

As boas vindas é muito bem oferecida pela praça San Pietro (São Pedro) e sua enorme Basílica. Fomos direto para o Museu de Vaticano, que incluia, meu único objetivo ao entrar no museu, a Capela Sistina. O preço normal é €13, e para estudantes menores de 26 anos, €8.

O Museus nada mais é que uma infinidade de quartos pintados ou com quadros e tapecarias. No começo é bonito, mas depois fica um pouco cansativo, principalmente porque as placas sempre indicam a “Capela Sistina” que nunca chega. E quando chegamos a tão esperada capela, vimos que as pinturas vistas nos intermináveis corredores eram tão boas quando as de Donatello Michelangelo, apenas menos famosas.

A Capela Sistina praticamente encerra o museu, que vale a pena os seus €8 ou €13 investidos.

Quando voltamos a praça San Pietro, formava-se uma fila enorme para entrar na Basílica, onde celebraria-se uma missa. Pelo tamanho da fila e nome da Basílica, eu achei que estava na porta do céu, até me despedida da minha mãe antes de passar pelos seguranças (vide video).

A basílica é imensa, e linda. Tão bonita quanto várias outras que estivemos, como Sacre Cauer, mas com o peso da fama e do Papa. Acho que parte da idéia de fazer uma igreja tão grande ali, é sentir em um pedaço do céu, ao entrar, você se sente pequeno diante daquilo tudo: tamanho, beleza, adoração, fé… a energia é boa e a visita indispensável para os aspirantes a romanos. Infelizmente não tive tempo para subir na cúpula de Michelangelo, quem sabe não volto lá para completar o passeio…

Cair da noite, o tempo estava se esgotando, e dentre os principais “must see” faltava um: Fontana di Trevi, que eu iria mesmo de madrugada.

Chegando lá, a pequena “praça” estava cheia de turistas, mal havia espaço para se tirar uma foto ou apenas apreciar a fonte e o momento. Para piorar, malas vendedores de flores ficavam se oferecendo para tirar fotos e depois EMPURRAR flores a dois euros. Anyway, a fonte é linda, se fosse menos lotada e explorada seria um lugar maravilhoso para pensar na vida, ler um livro, namorar, etc. É uma pena quando o “dinheiro” tire um pouco do “romantismo” de algo. Talvez seja só uma impressão minha…

A parada final, menos famosa, mas não menos bonita, Praca da Espanha. Uma pequena fonte, uma grande escadaria, uma igreja no topo, um bela visão da cidade, e uma rua cheia de lojas de grife é o atrativo de lá! Muito bom andar por ali, tirar fotos, não é tanto um “must see” mas eu colocaria no segunda página do caderninho, gostei bem!

Conclusão

Das capitais que passamos, com certeza a mais suja, mais mal cuidada, com pior metrô, com pessoas mais mal educadas, mais “aparentemente” perigosa (ruas ecuras, pichações). Pessoas que esbarram e não pedem desculpa, quem dirá “com licença”. Vendedor de mercado que me expulsou falando 3 vezes em 1 minuto (me seguindo pelos corredores) que eu tinha que sair pois a loja ia fechar as 22h. Detalhe, era 21:50.

Por outro lado, uma cidade aconchegante. Uma história que não pode
deixar de ser vista, não é a toa que Roma é uma das capitais do mundo, sim ela é! O Colisseu não é lindo, maravilhoso, é como olhar a história diante dos olhos, foi como tirar uma foto do que restou daquela época. Como fotografar você abraçado ao seu çãozinho para ter a certeza que vocês estarão juntos pra sempre. É isso que o Colisseu é para Roma, e para o mundo.

A Basílica é um símbolo para os religiosos, mas também uma beleza para os pagãos, uma mostra da gradiosidade da fé! A cidade respira isso, uma igreja a cada esquina, uma esquina a cada igreja. A basílica é só mais uma das bonitas igrejas romanas (e europeias).

Pretendo passar em Roma para rever algumas coisas, e passar pelo resto da Itália, para ver tantas outras. Roma me abriu o apetite pelo país cheio de história, beleza e fé.

Pelo que pareceu, a Itália, é um país maravilhoso, e assim como o Brasil, só tem uma coisa que pode por tudo a ganhar, ou a perder: o seu ainda imaturo povo.

Edu Giansante

Fundador e CEO do edublin, Edu chegou na Irlanda em 2008, no ano pré-crise, pegou a nevasca de 2010 e comeu cérebro de cabra em Marrakesh. O Edu também é baterista da banda Irlandesa Medz.

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