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Protesto contra lockdown termina em tumulto na capital da Irlanda

Centenas de pessoas participaram no sábado, 27 de fevereiro, de um grande protesto contra as medidas de bloqueio impostas pelo governo irlandês. A manifestação em Dublin, inicialmente marcada para acontecer no St. Stephen’s Green Park, aconteceu na Grafton Street, após a Garda (polícia irlandesa) fechar o parque. O ato terminou em correria e tumulto depois que manifestantes atiraram fogos de artifício contra os policiais.

O protesto aconteceu pouco antes da Irlanda completar um ano desde o primeiro caso da Covid-19 ser identificado no país. O grupo se manifestava contra as imposições do governo no Nível 5 do lockdown, que está em vigor desde o fim do ano passado e foi estendido até 5 de abril.

Mesmo com a maior parte dos manifestantes agindo de forma pacífica, eles estavam em desacordo com as leis que proíbem eventos de qualquer tipo mesmo em locais abertos.

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O protesto foi organizado online por um grupo chamado RiseUp Éireann, que declarou o evento um sucesso. Eles clamavam a presença da população e de “união entre as tribos”, como forma de se manifestar contra vacinas, máscaras e o lockdown.

Entre outros grupos que integravam a manifestação, estavam opartido de extrema direita National Party, o braço irlandês dos Proud Boys (organização política neofascista de extrema-direita que admite apenas homens como membros) e ex-membros do Generation Identity, movimento também de extrema-direita.

Vídeos postados na internet mostram o momento em que integrantes destes grupos, que já foram identificados, atiraram fogos contra a polícia. Três policiais da Garda ficaram feridos, um deles precisou passar por uma cirurgia após fraturar o tornozelo e outro sofreu uma perfuração no tímpano. Treze pessoas foram presas!

A inteligência da Garda está ciente dos planos para pelo menos mais dois protestos anti-lockdown considerados violentos, incluindo um em Cork e um no St. Patrick’s Day, em Dublin.

Os políticos irlandeses também comentaram o protesto. O vice-primeiro-ministro Leo Varadkar disse que “não foi um protesto, mas um motim”.

“Não há desculpa para usar esse tipo de violência para fazer avançar uma causa política, seja qual for a causa. Acho que tivemos sorte porque alguém não ficou gravemente ferido ou morto. Os policiais fizeram um trabalho incrível, eles assumiram o controle da situação muito rapidamente”, afirmou.

Rubinho Vitti

Jornalista de Piracicaba, SP, vive em Dublin desde outubro de 2017. Foi editor e repórter nas áreas de cultura e entretenimento. Também é músico, canceriano e apaixonado por arte e cultura pop.

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