Muita gente adiou o sonho de fazer intercâmbio na Irlanda no ano passado, deixando para realizá-lo em 2021. Janeiro chegou, mas um banho de água fria caiu sobre as cabeças de quem achava que já daria para embarcar. Pois é, ainda não chegou a sua vez.
A Irlanda não está recebendo novos estudantes de idioma pelo menos até 31 de janeiro (leia abaixo), mas, se você já faz intercâmbio e foi para o Brasil tirar férias ou visitar a família, voltar para a Irlanda é possível, ainda que seja um desafio.
O recado do governo irlandês é claro: viajar é permitido apenas por motivos essenciais. Mesmo assim, com o IRP (Irish Residence Permit — permissão de residência irlandesa), é possível passar pela imigração sem grandes problemas, mas é preciso seguir regras rígidas impostas pelo governo para entrar no país com segurança. Afinal, estamos no meio de uma pandemia e no pior cenário desde o seu início.
Além disso, como se sabe, não existem voos direto do Brasil para a Irlanda e, ao fazer uma conexão em países como Espanha, Portugal e Alemanha, é possível que existam regras diferentes para desembarque e embarque.
Neste artigo, explicamos algumas das principais regras de viagens para sair do Brasil e chegar à Irlanda com segurança.
Não! Com a implementação do Nível 5 do lockdown na Irlanda e com a manutenção das escolas fechadas pelo menos até 31 de janeiro, novos intercambistas não devem chegar agora à Irlanda.
No site do governo irlandês, onde há explicações e atualizações sobre as novas restrições de movimento na Irlanda, atualizadas em 6 de janeiro de 2021, este trecho que fala sobre as aula de inglês na Irlanda está destacado:
“Os alunos não pertencentes ao EEE (Espaço Econômico Europeu) que desejam entrar no estado devem esperar até que as aulas presenciais sejam retomadas”.
Isso significa, segundo o site, que “não fazer isso pode resultar na recusa da permissão para pousar na Irlanda e na recusa do registro”. “Os provedores de educação foram solicitados a levar este aviso à atenção dos alunos em potencial.”
Existem histórias de gente que conseguiu entrar com sucesso no país? Existem! Mas também é possível ler histórias tristes de quem precisou voltar atrás.
Sim! Quem já tem o IRP (Irish Residence Permit) é considerado um residente na Irlanda e pode voltar ao país. Mas com algumas restrições e obrigações.
Conforme publicamos no E-Dublin, a partir do dia 16 de janeiro, só entra na Irlanda quem apresentar teste negativo da Covid-19, independentemente do país de origem. O que era apenas uma regra para passageiros do Reino Unido e da África do Sul — por conta das novas variantes do vírus encontradas nesses países — foi estendido para pessoas do mundo todo, inclusive para quem vive na União Europeia.
O teste deve ser feito dentro de 72 horas antes da chegada à Irlanda, e a falta do resultado ao chegar ao país pode resultar em multa de 2.500 euros ou prisão.
Quem faz escala via Reino Unido (assim como para passageiros da África do Sul), deverá se isolar por 14 dias, mesmo fazendo um segundo teste após a chegada.
Quem chega de áreas vermelhas ou laranjas do sistema de semáforo da UE ou de países de fora do bloco europeu, também precisa se isolar, mas pode antecipar o isolamento se houver um novo teste negativo cinco dias depois da chegada à Irlanda.
De qualquer forma, para embarcar no Brasil, as empresas de aviação estão exigindo teste RT-PCR de forma obrigatória. Isso porque os países de destino estão cobrando que essa apresentação já aconteça no país de origem para evitar deportações.
Ou seja, não tem jeito, você precisará fazer o teste. Nada mais justo e seguro, não é mesmo? Vale lembrar que é preciso ser uma versão em inglês, o que a maioria dos laboratórios já está acostumada a fazer para viajantes internacionais.
O PCR é o exame mais solicitados pelos países devido à qualidade dos resultados. Por isso, no Brasil, o teste pode ser feito em laboratórios, farmácias e, até mesmo, nos laboratórios de alguns aeroportos. O valor varia entre R$ 270 e R$ 450, dependendo da cidade e local escolhido.
Depois do material coletado, começa a checagem pelo laboratório da confirmação ou não da Covid-19. Primeiramente, o RNA do vírus é transformado em DNA. Assim, o DNA é ampliado e, se houver material genético SARS-CoV-2, o resultado positivo é confirmado.
Geralmente, o resultado do exame RT-PCR sai de 24 horas a 72 horas após a coleta da amostra. Porém, na maioria dos casos, é possível receber o resultado no mesmo dia e por e-mail. Vale pesquisar empresas que fazem esse serviço justamente para quem vai viajar.
Em São Paulo, por exemplo, o Aeroporto de Guarulhos faz teste PCR, e o resultado fica pronto em quatro horas.
Até aqui, aprendemos que, se você é residente — tem o IRP — e está no Brasil, mas quer voltar para a Irlanda agora em janeiro, em meio ao Nível 5 do lockdown e com as atuais restrições de viagens, você vai precisar de um teste negativo de coronavírus ao chegar no país, além de outras regras.
Mas, para chegar à Irlanda, porém, vai precisar fazer escala em outros países, e cada país tem regras diferentes para quem desembarca em seus aeroportos. Vamos falar sobre cinco deles e quais as precauções que você deve ter ao fazer as escalas.
Com a nova cepa do coronavírus circulando pelo Reino Unido nos últimos meses, o país estava cancelando diariamente os voos. A própria Irlanda estava impedindo que voos da região pousassem em suas terras.
A partir do dia 15 de janeiro, todos os passageiros que desejarem entrar ou precisarem fazer uma conexão no Reino Unido deverão apresentar um certificado de teste PCR ou LAMP negativo realizado até 72 horas antes da partida do voo para lá.
O certificado deve ser emitido em espanhol, inglês ou francês. Crianças menores de 11 anos estão isentas.
O certificado será controlado no aeroporto de origem e o embarque será negado para aqueles que não atenderem aos requisitos.
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Todos os passageiros, não importa a nacionalidade, que estejam viajando de um país ou zona de risco, deve apresentar um teste negativo RT-PCR ou o certificado de teste de TMA (teste LAMP e NAAT também são válidos), realizado até 72 horas antes da chegada na Espanha.
O certificado deve ser apresentado em inglês, espanhol, francês ou alemão, tanto digital ou impresso. O laboratório deve ser validado pelas autoridades.
O número ID ou Passport usado para entrar na Espanha deve ser o mesmo número apresentado no certificado de teste RT-PCR (mesmo número deve ser preenchido no Formulário de Funcionamento).
A acumulação será negada no aeroporto de origem para aqueles que não atenderem a esses requisitos. Crianças menores de 6 anos estão isentas para apresentar o teste e os testes rápidos de sangue ou anticorpo para Covid-19 não serão válidos.
Brasileiros que realizarão conexão em Portugal devem apresentar o teste RT-PCR negativo, realizado até 72 horas antes do voo. O certificado deve ser apresentado no aeroporto de origem e aqueles que não atenderem aos requisitos não poderão embarcar.
Voos de e para Portugal só são permitidos para:
Nestes voos, não é necessária a apresentação de teste, exceto se os destinos forem os arquipélagos da Madeira ou dos Açores.
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O governo alemão mantém uma lista de países considerados de alto risco, e qualquer passageiro, independentemente de sua nacionalidade, que tenha estado em um destes países nos últimos 10 dias antes de seu embarque (aplicável às conexões), deve cumprir a quarentena obrigatória de 10 dias.
Estão isentos dessa quarentena aqueles que apresentarem o certificado de um teste PCR com resultado negativo, realizado nas 48 horas anteriores à chegada ao país ou imediatamente após a entrada no país.
RT-PCR, NAAT, LAMP, TMA e alguns testes de antígeno também são permitidos.
O certificado pode ser em papel ou digital. Publicado em alemão, inglês e francês.
Existem outros países que fazem escala entre Brasil e Irlanda. As regras costumam ser mais ou menos parecidas com as já explicadas acima. O principal, claro, é o teste negativo da Covid-19.
É possível que você esteja se perguntando: “mas e se o teste não der negativo, posso viajar?”. Nem era preciso responder a esta questão, mas vamos lá: “NÃO!”
Além de todas as regras e testes obrigatórios em alguns países da Europa, a maioria dos aeroportos e companhias aéreas seguem com as mesmas orientações:
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