Tem uma ilha no Atlântico cheia de montanhas branquinhas, vulcões e geleiras que tem se tornado um dos carimbos mais cobiçado no passaporte dos amantes de viagens: estamos falando da Islândia.
Terra fértil para os caçadores de Aurora Boreal, as luzes do norte, a Islândia atraiu mais de 2,3 milhões de turistas em 2018, de acordo com informações do governo do país. O número configura um crescimento de 5,4% se comparado ao ano anterior.
Isso mesmo. A galera está descobrindo esse paraíso gelado, e nós fomos lá para conhecer de perto esse país que tem atraído a atenção de muita gente.
Bem pertinho de destinos mais populares no inverno, como a Suécia e a Noruega, a Islândia tem um baita diferencial. Os seus 103 km² de extensão apresentam formações vulcânicas, fontes de águas termais que contrastam com o frio rigoroso e o clima congelante típico dos países nórdicos.
A Islândia tem apenas 350 mil habitantes, menos do que algumas cidades do interior do Brasil, sendo que dois terços habitam a capital do país, a cidade de Reykjavik. A maior parte do território é inabitado, mas apresenta lindas paisagens muito bem exploradas pelos turistas.
Em Reykjavik, a área mais urbanizada, é onde se encontra um dos principais cartões postais do país, a Catedral Hallgrímskirkja (sim, a maioria dos lugares tem nomes impronunciáveis), uma construção do século XX que tem uma fachada emblemática e não passa despercebida.
Por falar nos nomes complicados, quem não lembra do vulcão Eyjafjallajökull que cancelou mais de 100 mil voos no mundo todo ao entrar em erupção em 2010? A atividade vulcânica é bem intensa é a segunda maior do planeta, perdendo apenas para o Hawaii. São 130 montanhas vulcânicas espalhadas por todo o país, que registram atividades sísmicas quase que diariamente.
É na Islândia também que acontece a famosa Aurora Boreal, as luzes que dançam no céu. Ela pode ser vista quase todos os dias entre os meses de setembro e abril, principalmente ao norte do país. E já vamos dar uma dica, se você tiver a intenção de ir a caça da Aurora Boreal na Islândia, prepare-se para ganhar a estrada e incluir no seu roteiro os principais pontos para observar o fenômeno. Organizamos nossa trip e rumamos para a Ring Round na direção norte do país.
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A Islândia não só é o país mais seguro do mundo, mas também sustenta esse posto por incríveis 8 anos. O índice de criminalidade no país beira o zero, e isso se reflete de forma direta no comportamento da população.
Pegar carona com estranhos ou deixar crianças sozinhas na rua são práticas aceitáveis na Ilha, por mais absurdo que pareça. Os raros crimes cometidos no país são fruto de pessoas alcoolizadas ou que sofrem de algum transtorno psicológico.
Além disso, o Índice de Desenvolvimento Humano no país é altíssimo, o décimo sétimo maior do mundo. A população que ultrapassa por pouco a casa dos 300 mil, faz com que a vida no país seja extremamente tranquila e segura.
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Para quem carrega “Terra de Gelo” no nome, fica difícil acreditar que o verão também tenha o seu valor. Mas é verdade. Os dias mais quentes também atraem turistas que aproveitam as 20 horas de sol que o país oferece entre os meses de junho e agosto para conhecer as belezas naturais abundantes na Islândia, o famoso “sol da meia-noite”. Mas não vá achando que encontrará um sol de rachar. A temperatura não passa dos 15 graus, mesmo no verão.
Por outro lado, no inverno é possível ver a Aurora Boreal, já que os dias ficam mais curtos, imprescindível para a visibilidade do fenômeno. Além disso, também é possível visitar as cavernas de gelo, as inúmeras cachoeiras espalhadas pelo país, além de admirar paisagens branquinhas, dignas de cenas de filmes como Game of Thrones, Vikings, Lara Croft, Batman Begins, entre outros.
Mas atenção: se estiver pensando em alugar um carro e se aventurar nas estradas islandesas durante o inverno, tome muito cuidado. Algumas estradas ficam interditadas por conta das condições climáticas, sem falar que o clima do país é pra lá de temperamental e pode apresentar uma série de desafios, como ventanias e muito, muito gelo nas estradas.
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Brasileiros não precisam de visto para a Islândia para permanecer no país por um período de até 90 dias. As únicas exigências feitas são: passaporte válido por, pelo menos, 6 meses depois da data de retorno ao Brasil e passagem de volta comprada.
O custo de vida na Islândia é um dos mais caros da Europa, consequentemente a viagem de turismo não é das mais baratas. A moeda utilizada no país é a coroa islandesa (ISK), onde 1 euro equivale a aproximadamente 137 coroas islandesas (dependendo sempre, claro, da cotação).
Para quem está dentro da Europa e acostumado a viajar Low Cost, principalmente por meio da queridinha Ryanair, sentimos informar que a companhia não faz voos para a Islândia. Por outro lado, a Easy Jet, outra conhecida dos mochileiros, realiza voos para lá, então vale ficar atento às promoções e comprar com antecedência. Iceland Air, Norwegian Air e SAS são outras opções. Porém, comprar passagens de ida e volta por menos de 150 euros para a Islândia é muito raro.
Para se hospedar na capital, os valores vão variar de acordo com o tipo de acomodação. Assim como em qualquer lugar do mundo, quanto mais perto dos centros e da capital, mais caro fica. Da mesma forma, há diferença entre quartos compartilhados em hostel e hotéis 5 estrelas.
Se você tiver mais de 5 dias para essa viagem, a dica é fazer reservas em hotéis diferentes conforme o seu roteiro. Isso porque os pontos a serem explorados são bem distantes uns dos outros, resultando em horas de viagem de carro. E você não vai querer perder tempo indo e voltando para o hotel, vai?
Quando o assunto é gastronomia, a Islândia é bem interessante, principalmente se você curte frutos do mar e carnes diferentonas, como cordeiro, carneiro e, até mesmo, baleia. Porém, comer em restaurante também pode pesar, e muito, no bolso durante uma viagem para a Islândia.
Um prato não sai por menos de 15 euros, sem incluir entrada, bebida e sobremesa. Portanto, é preciso se preparar para fazer uma viagem como essa. Além de separar alguns dias para conhecer as maravilhas da Ilha, é preciso preparar um bom budget para não passar perrengue.
Claro que sempre há a opção de fazer compras em supermercado e cozinhar no hotel ou Airbnb. Mas é imprescindível degustar a culinária local. Outro detalhe: se você não abre mão de um bom vinho durante a refeição, aqui vai uma má notícia: bebida alcoólica não é nada barata por lá e também não são vendidas em supermercado.
A Islândia definitivamente não é um daqueles destinos para conhecer num fim de semana. As incontáveis belezas naturais que o país tem para oferecer ficam bem distantes umas das outras e vale a pena reservar uns dias a mais para explorar bem cada canto.
Se você tiver até 5 dias, vai conseguir passear com calma pela capital Reykjavik e escolher mais algum outro ponto da ilha. No final desse post vamos dar algumas opções e dicas preciosas. Se conseguir reservar 7 dias para essa trip, vale a pena investir em algum passeio, como o tour Glacier Lagoon da Gateway to Iceland.
O passeio leva você até o charmoso vilarejo de Vik, que fica a duas horas e meia de carro da capital. Além disso, o tour explora alguns campos de lava, o deserto de areia negra e, finalmente, o lago Glacier Lagoon Jokulsalon. Você também terá a oportunidade única de caminhar entre os Icebergs das praias Diamond ou Crystal. Lembre-se sempre de checar a data das viagens, pois alguns desses passeios podem ser cancelados por conta das condições climáticas.
O circuito do passeio também inclui a pitoresca Igreja de Turf, em Hof, que é coberta por um gramado que muda de cor conforme as estações do ano. Outras paradas inclusas no passeio são o Skaftafell National Park, desfiladeiro Fjadrargljufur com 100 metros de profundidade e também a cachoeira, uma das mais famosas e requisitadas entre os turistas. Imperdível!
Se a ideia for tirar férias e fazer uma viagem de, pelo menos, 10 dias, você consegue viajar bem por todo o país. Isso significa pegar estrada, fazer reservas em diferentes hotéis para não perder tempo indo e voltando para a acomodação e preparar um roteiro bem pensado. Significa também aumentar as chances de conhecer a tal Aurora, caso sua viagem seja planejada entre os meses de setembro e abril.
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Como citamos ali em cima, o preços das bebidas alcoólicas na Islândia são bem salgados, o que pesa bastante e faz com que a noite islandesa não seja das mais atrativas. Uma cerveja comprada em um bar da capital pode sair por 1000 coroas islandesas. Talvez seja até interessante adquirir sua garrafa no Duty Free na saída do aeroporto.
Concluindo, a vida noturna não é nem de longe o carro-chefe do país, que sustenta o turismo com as atrações pautadas nas maravilhas naturais. Vale a pena passear pelos bares da capital, que têm menus de dar água na boca e também oferecem música ao vivo, mas não é o foco da trip.
Sabe aquelas luzes verdes no céu que rendem fotos dignas de wallpapers? A Islândia é um dos 10 destinos mais populares para ver de verdade, assim mesmo, diante dos seus olhos. O fenômeno da Aurora Boreal desperta a curiosidade e arrasta cada vez mais turistas para o país.
Mas muita calma nessa hora: não é tão fácil assim flagrar esse espetáculo. É preciso estar atento ao local, ao clima e, até mesmo, à posição da lua. Já mostramos aqui a realidade por trás da caça à Aurora Boreal. Para aumentar as suas chances, vale investir em um tour especializado no assunto, como o Reykjavik Excursions, que há 50 anos realiza esse entre outros passeios na Terra de Gelo.
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Também não dá para deixar de mencionar os Geysers, ou gêiseres, as nascentes que entram em “erupção” jorrando água e vapor em pequenas explosões. O passeio pelo Golden Circle, a área geotérmica da Islândia, apresenta incontáveis gêiseres, incluindo o dormente Geysir, que deu nome à área e costumava levantar um jato de mais de 60 metros de altura.
Hoje, o mais famoso é o Strokkur, que arremessa um jato de 20 metros de altura a aproximadamente 5 minutos. Não é difícil de encontrar, pois está sempre cercado de turistas que esperam para fazer um clique e se molhar um pouco.
Estima-se que 10% do território islandês é coberto por gelo, o que faz com que boa parte dos turistas se atraiam pelas suas geleiras. Uma notícia bem triste foi dada em 2014, quando a geleira de Okjökull foi decretada extinta. Ela tinha aproximadamente 38 km² e, hoje em dia, derreteu completamente, mal chegando a 1 km². Ela até ganhou uma placa recentemente que vai ser fixada no local onde existiu.
Os passeios para os glaciers são, de fato, os mais populares na Islândia, dada a imponência das geleiras de milhares de anos. Um fenômeno natural de tirar o fôlego e que, na Islândia, pode ser acessado facilmente. A região do Diamond Beach é um dos exemplos. Além da praia de areia preta, coberta de blocos de gelo, é possível ter contato com a geleira de barco ou, mesmo, apreciar os blocos de gelo gigantes flutuando nas águas gélidas da Glacier Lagoon. A experiência faz parte de um tour de 14 horas promovido pela Gtice.
Tem jeito melhor de curtir o frio na Islândia do que se banhando nas piscinas naturais de água quente que se formam aos montes no meio do gelo? A natureza do país nos proporciona essa maravilha. Graças ao terreno vulcânico, é supercomum surgirem fontes geotérmicas do solo. Ao explorar a Ilha, não deixe de observar as fumacinhas, sinal de que há uma fonte termal onde você pode relaxar após um longo dia de caminhada.
Algumas, que ganharam infraestrutura e facilidades como banheiros para troca, são pagas; outras, que ainda mantêm o aspecto natural e rústico da experiência, são gratuitas. Encontrá-las acrescenta uma pitada a mais no passeio, já que boa parte delas estão no meio do nada, geralmente em áreas privadas ou próximas a cachoeiras imponentes. Um dos sites mais bacanas para encontrar as Hot Springs e outros pontos turísticos na Islândia é o Criss Cross Iceland. Super recomendo!
Impossível deixar de fora o lago artificial que é considerado uma das 25 Maravilhas do Mundo, de acordo com a National Geographic. A mais ou menos 1 hora de carro da capital islandesa, o Spa de águas termais se desenha em meio a um campo de lava. Com tons de azul quase que inacreditáveis, a água bate 38 graus e se choca com o frio externo de bater o queixo.
A dica de ouro é aproveitar a chegada ou a saída à Reykjavik para conhecer esse ponto turístico. Para quem escolheu explorar a Islândia sem carro, é possível organizar uma parada estratégica no local com a Fly Bus, que oferece o transfer do aeroporto de Keflavik direto para a famosa Blue Lagoon. Porém, é importante planejar essa opção mesmo antes de bookar o seu voo para a Islândia, já que você vai precisar levar em consideração a hora de chegada ou saída, com as horas de funcionamento da Blue Lagoon, sem esquecer de permitir folgas para o check-in no aeroporto, se for o caso de explorar a atração na saída do país.
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