Já imaginou alguma vez na vida poder assistir aos shows da Beyoncé, Coldplay ou Bruce Springsteen de graça e ainda ganhar uma grana por isso? Ana Martins também não, mas essa foi apenas uma das surpresas do seu intercâmbio na Irlanda.
Natural de Rolândia, no Paraná, Ana embarcou ao tão sonhado intercâmbio com uma determinação em mente: aprender um novo idioma. Já acomodada e com o visto de estudante em mãos, era hora de procurar um trabalho. Nessa época, a indicação de um amigo brasileiro fez com que ela fosse trabalhar como freelancer em shows internacionais de grande porte na Irlanda – um bico para lá de interessante.
Apesar de se tratar apenas de vender e abrir garrafas de cerveja durante o show, Ana disse ter aprendido muito. A empresa responsável em fazer esse serviço trabalha com uma equipe quase que 100% de estrangeiros, principalmente brasileiros, já que somos vistos como ágeis e muito responsáveis. Isso sem contar no nossa marca registrada para vendas: bom humor e descontração.
Com esse trabalho, Ana teve a oportunidade de apreciar alguns dos maiores eventos internacionais na ilha. Durante a turnê da norte-americana Beyoncé na Irlanda, em 2016, ela pôde conferir a pouquíssimos metros, a performance da cantora e seus bailarinos, já que ela trabalhou em frente ao palco. O mesmo ocorreu no show do roqueiro Bruce Springsteen e do Coldplay.
Por outro lado, Ana revela que nem sempre é possível acompanhar o show por completo, visto que a pessoa está a trabalho, mas dependendo da posição a qual é colocada, fica mais fácil. Além disso, como a venda de bebidas alcoólicas encerra-se às 22 horas, os vendedores são liberados e podem curtir o final do evento como todos os demais
Além dos shows de grande porte, ela também já trabalhou em partidas de Rugby e outros campeonatos importantes da Irlanda. “O valor pelo trabalho realizado às vezes não é tão alto, mas a experiência e a oportunidade de apreciar um evento desses, com certeza é recompensador, isso sem contar nas novas amizades que são realizadas a cada concerto”, revela.
Hoje Ana possui um emprego fixo, mas mesmo assim não abre mão de trabalhar nos eventos.
Já mencionamos que o networking ajuda, e muito, a conseguir qualquer tipo de emprego. Com a Ana não foi diferente. A dica maior é ficar antenado com quem já está a mais tempo na Irlanda, pois, no final, os brasileiros são os que mais ajudam os demais conterrâneos recém-chegados. Procurar por possíveis jobs, trabalho voluntários e outras possibilidades de contratação nos sites dos estádios e casas de shows também é uma opção. Empresas como a DRINKS2U também sempre postam oportunidades – essa é uma das empresas que contrata temporários para trabalhar nos eventos.
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