Viver de arte, daquele desejo que pulsa mais forte do que qualquer coisa dentro de nós, que nos motiva a lutar todos os dias para a concretização deste sonho… Utopia? Para muitos, sim, mas não para um grupo de artistas brasileiros que decidiu se arriscar fora do país mostrando o seu talento para o mundo.
Em Dublin, não é raro andar pelas ruas da cidade e encontrar pessoas de diferentes nacionalidades trabalhando. São cantores, dançarinos, estátuas vivas, pintores, dentre outros artistas. E o mais interessante é que não há disputa por espaços, pois cada artista encontra seu público, e é valorizado pelo trabalho. As tips (gorjetas, em inglês), são boas e ajudam a custear, muitas vezes, grande parte da despesa deles no exterior.
Mas não basta ter talento e achar que pode trabalhar em qualquer lugar sem pedir autorização. Para tocar nas ruas de Dublin, você precisará se dirigir ao Dublin City Council e solicitar a licença para busker. É necessário apenas enviar uma foto e a cópia do passaporte para o e-mail deles, além de pagar uma taxa de 60 euros. A licença é válida por um ano.
E não esqueça de respeitar as regras. Segundo o Dublin City Council, na Grafton Street, por exemplo, o artista pode se apresentar no máximo por 1 hora. Já na Henry Street, o tempo máximo é de 2 horas. No Temple Bar, o uso de amplificador é proibido. As “backing tracks”, faixas instrumentais usadas como base por alguns artistas, também não são autorizadas.
Os artistas que descumprirem qualquer uma das regras estará sujeito à multas, além de perder a autorização.
Aos 21 anos, a gaúcha Nathália Röpke desembarcou em Dublin, com o coração aberto para viver intensamente todos os momentos do seu intercâmbio, sem nem mesmo imaginar que com a mudança de país, ela poderia mostrar sua grande paixão, a música, não mais somente para brasileiros, mas para turistas do mundo todo.
A vinda para Dublin aconteceu por influência do namorado, Matheus, um português de nascimento, mas brasileiro de coração – já que se mudou para o Brasil aos seis meses de idade. Foi lá que se conheceram, começaram a namorar e ele a convenceu a fazer intercâmbio. Quando chegou na Irlanda, tinha na bagagem apenas um violão, mas bastou a primeira ida às ruas para sentir que seria possível trabalhar com música na Ilha Esmeralda. No seu primeiro dia, conseguiu levantar um bom valor de gorjetas, o que lhe ajudou a comprar equipamentos de trabalho. Desde então, não parou mais. A cada dia toca em um lugar diferente da cidade e tem recebido muitos convites para eventos.
Nathália ressalta que o mais interessante é que grande parte do seu público é estrangeiro e não reconhece o idioma que ela canta, no caso, o português, mesmo assim, param para ouvi-la e parabenizá-la. Junto com o namorado, estão trabalhando numa música própria – composição de Matheus e melodia dela. Eles também já conseguiram uma gravadora que lançará o seu primeiro CD. Sobre o futuro, ela diz que sonha em levar sua música e seu talento para diversas partes do mundo.
E para sentir a atmosfera dos artistas de rua na Irlanda basta apertar o play!
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