Quando decidimos nos aventurar em um intercâmbio, nos deparamos com o desafio de dividir a casa com pessoas que nunca vimos antes. E às vezes são com 4, 5 ou até mais de 10 pessoas! Se já é difícil morar com nossa família, imagine com desconhecidos?!
Para muitos, essa é a primeira experiência de viver sozinho, pois sabemos que não é fácil largar aquele “feijãozinho” da mamãe, entre outras coisas, como a roupa já passada, as compras da semana, etc. Muitos descobrem só depois de chegar aqui que os materiais de limpeza não surgem do nada, e você não pode esquecer o papel higiênico na sua vez.
A realidade das acomodações em Dublin é uma coisa que incomoda e pode te deixar com um leve início de desespero. Mas calma! Tudo tem solução. Força de vontade e sair do comodismo são as primeiras lições por aqui. Você vai correr atrás de uma vaga como um louco e quando pensar em desistir, sua vaga aparece.
As mudanças nem sempre significam pra melhor, mas o “pior” não significa que você não vai achar naqueles novos “estranhos” os seus futuros melhores amigos, o seu novo pai, sua nova mãe e até mesmo um irmão de coração – mesmo que você queira enforcá-lo quando ele esquece retirar o lixo!
Mas quais são os tipos de flatmates? Marque aquele seu colega que se encaixa em um dos perfis e vem dar risada!
Toda casa tem o flatmate que provavelmente não se lembra nem do que comeu ontem. Esse mesmo ser é o responsável que deixa a luz ligada, o boiler aquecendo mais tempo do que o devido, o que esquece a sua vez de comprar os materiais da casa, de retirar o lixo, que fica causando o mau cheiro, e é o que mais usa a palavra “Sorry” – que ele, claramente, aprendeu com os irlandeses! Aqui a eletricidade não é brincadeira, principalmente nos tempos de inverno!
Esse é aquela pessoa que em todo lugar da casa deixa sua marca. Tem roupa, tem sapato, tem a maquiagem… O espaço na geladeira, então, nem se fala! Quando você percebeu, ele já ocupou pensando que você não ia usar. Mas pode isso? Não pode! Aqui você aprende na marra o verdadeiro significado da expressáo “o meu limite termina onde começa o seu”.
“Você pode me emprestar aquela blusinha M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A que você tem?”, “Ih, esqueci o ketchup de novo, posso pegar o seu?”, “Meu molho acabou, me dá só um pouquinho?”. E aquele dinheiro? Quem nunca? Esse, com certeza, até você já foi por um dia. Mas cuidado para não se esquecer de devolver, hein?!
Quando moramos fora, é claro que queremos comprar coisas para levarmos como lembrança. E você vai se deparar com lojas de 1,50 euros e várias promoções daquela sua marca preferida! Mas isso não significa que você pode ir acumulando tudo no espaço que você divide! Acumuladores, controlem-se!
Chega seu dia de limpeza, você restaura a dignidade da casa, a deixa como nunca foi vista antes, e então? Chega aquele flatmate que vem como uma onda destruindo tudo! O sapato é largado bem no meio do quarto, deixa a comida cair no chão, não limpa o fogão após cozinhar, enche o banheiro de cabelo… e por aí vai. Eu sei que dá vontade de chorar. Mas lembre-se, o dia da limpeza dele vai chegar!
Além da adaptação com o fuso horário, dividir o quarto e manter silêncio já é uma missão difícil, pois cada um tem seus horários. Imagine, então, se você tem um flatmate que não só dorme, mas também disputa com as caixas de som? Bem na hora que o sono vem, lentamente, depois de ter contado todas as ovelhas da Irlanda, no momento crucial… ROOONC! É pra morrer, meus amigos!
“Já tomou vitamina hoje?”, “Vai faltar na aula de novo?”, “Faça o favor de organizar toda essa bagunça!”, “Não chora que amanhã saio pra entregar currículo com você!”, “Vai dar certo, você vai ver!”. E são por essas pessoas que a gente não desiste desse sonho incrível!
Marque o flatmate que a Irlanda te proporcionou e você vai levar pra vida!
Revisado por Tarcísio Junior
Imagens via Shutterstock
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