Você sabia que uma tradição da Irlanda datada do século 17 se tornou hoje em dia uma arte característica do nordeste brasileiro? A renda irlandesa chegou ao país no final do século 19, mas até hoje é fonte de renda de muitas famílias.
Também conhecido como “crochê irlandês”, o estilo de artesanato tem raízes europeias, principalmente na Itália, mas se desenvolveu na Irlanda e foi levado ao Brasil por freiras missionárias irlandesas.
Vamos conhecer mais essa técnica?
Renda irlandesa surgiu na Europa, no século 17, e se popularizou na Irlanda antes de seguir para o Brasil. Fotos: Victor Ribeiro/ASN
A técnica consiste em trabalhar com fios de algodão branco em uma trama intricada de pontos altos e baixos.
As rendeiras irlandesas eram altamente habilidosas e produziam peças delicadas e elaboradas, como toalhas de mesa, toalhas de banho, colchas e até mesmo vestidos.
No século 17, a renda irlandesa era feita à mão com fios de linho ou seda e era um sinal de status e riqueza.
Com o passar do tempo, a renda irlandesa evoluiu para incluir técnicas como o “tambour” e o “needle lace”, que permitiam criar desenhos mais elaborados e detalhados. O “tambour” era uma técnica em que os fios eram passados através de um tecido esticado, enquanto o “needle lace” envolvia o uso de agulhas para criar o desenho em uma tela.
No Brasil, a técnica da renda irlandesa rapidamente se tornou popular, e muitas mulheres brasileiras aprenderam a produzir essas peças delicadas e trabalhosas.
A tradição da renda irlandesa continua até hoje em algumas regiões do Brasil, especialmente no Nordeste, onde é uma forma de arte popular e uma importante fonte de renda para muitas famílias.
A renda irlandesa foi reconhecida como patrimônio cultural no Brasil, quando foi incluída no Livro de Registro das Formas de Expressão do Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, mantido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Esse reconhecimento tem como objetivo preservar e promover a técnica da renda irlandesa como uma importante manifestação cultural brasileira.
Parceria entre Brasil e Irlanda quer fortalecer trabalho das rendeiras de Sergipe. Fotos: Victor Ribeiro/ASN
O Governo de Sergipe estreitou relações com a Embaixada na Irlanda no Brasil para difusão da renda irlandesa de Divina Pastora, cidadezinha de 5 mil habitantes, distante 39 km de Aracaju, e que tem a renda irlandesa como um dos principais artesanatos locais.
A renda irlandesa é uma “importante atividade geradora de renda e de identidade cultural para mais de 300 mulheres da região”, conforme release divulgado pelo governo sergipano.
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