Você sabia que uma tradição da Irlanda datada do século 17 se tornou hoje em dia uma arte característica do nordeste brasileiro? A renda irlandesa chegou ao país no final do século 19, mas até hoje é fonte de renda de muitas famílias.
Também conhecido como “crochê irlandês”, o estilo de artesanato tem raízes europeias, principalmente na Itália, mas se desenvolveu na Irlanda e foi levado ao Brasil por freiras missionárias irlandesas.
Vamos conhecer mais essa técnica?
A técnica consiste em trabalhar com fios de algodão branco em uma trama intricada de pontos altos e baixos.
As rendeiras irlandesas eram altamente habilidosas e produziam peças delicadas e elaboradas, como toalhas de mesa, toalhas de banho, colchas e até mesmo vestidos.
No século 17, a renda irlandesa era feita à mão com fios de linho ou seda e era um sinal de status e riqueza.
Com o passar do tempo, a renda irlandesa evoluiu para incluir técnicas como o “tambour” e o “needle lace”, que permitiam criar desenhos mais elaborados e detalhados. O “tambour” era uma técnica em que os fios eram passados através de um tecido esticado, enquanto o “needle lace” envolvia o uso de agulhas para criar o desenho em uma tela.
No Brasil, a técnica da renda irlandesa rapidamente se tornou popular, e muitas mulheres brasileiras aprenderam a produzir essas peças delicadas e trabalhosas.
A tradição da renda irlandesa continua até hoje em algumas regiões do Brasil, especialmente no Nordeste, onde é uma forma de arte popular e uma importante fonte de renda para muitas famílias.
A renda irlandesa foi reconhecida como patrimônio cultural no Brasil, quando foi incluída no Livro de Registro das Formas de Expressão do Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, mantido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Esse reconhecimento tem como objetivo preservar e promover a técnica da renda irlandesa como uma importante manifestação cultural brasileira.
A renda irlandesa ganhou popularidade em toda a Europa no século 19, quando a rainha Victoria se apaixonou pelo estilo e passou a usá-lo em suas roupas e decoração.
A partir daí, a renda irlandesa se tornou um item de luxo, sendo usada em vestidos de noiva, toalhas de mesa e decoração de alta classe.
Durante o século XX, a produção da renda irlandesa sofreu um declínio devido à industrialização e ao surgimento de novos materiais sintéticos. No entanto, a técnica foi preservada por um pequeno grupo de artesãos, principalmente no Brasil, que continuam produzindo a renda à mão.
Hoje em dia, a renda irlandesa é apreciada em todo o mundo como um exemplo de habilidade artesanal e tradição cultural. É comumente usada em trajes tradicionais de dança irlandesa, roupas de bebê, decoração de casamento e artesanato em geral. Muitos museus também exibem peças de renda irlandesa em suas coleções permanentes.
O Governo de Sergipe estreitou relações com a Embaixada na Irlanda no Brasil para difusão da renda irlandesa de Divina Pastora, cidadezinha de 5 mil habitantes, distante 39 km de Aracaju, e que tem a renda irlandesa como um dos principais artesanatos locais.
A renda irlandesa é uma “importante atividade geradora de renda e de identidade cultural para mais de 300 mulheres da região”, conforme release divulgado pelo governo sergipano.
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