Retrospectiva Irlanda 2020: as notícias mais importantes do país mês a mês
4 anos atrás
Seguro Viagem
Sabia que é obrigatório ter um seguro viagem para ir pra Europa?
O Ano Novo está prestes a chegar, mas a gente precisa falar sobre 2020. Calma, eu sei que é um ano para esquecer para sempre, mas que tal a gente relembrar nesta Retrospectiva Irlanda 2020 algumas das principais notícias que o E-Dublin publicou para refrescar um pouco a sua memória?
Afinal de contas, em um ano “mucho louco” como esse, é sempre bom guardar os melhores aprendizados para que os próximos sejam melhores, não é mesmo?
Então, vamos lá?
Janeiro
Em janeiro, o E-Dublin começava o ano já pensando em viajar. Tadinhos, nem sabíamos o que nos esperava. Uma matéria mostrava os principais destinos para a comunidade LGBTQI+ passear por aí.
Falando em comunidade LGBTQI+, o casamento igualitário se tornou lei na Irlanda do Norte em janeiro. Era só boa notícia.
Cork havia sido eleita entre as cidades mais amigáveis do mundo e Galway iniciou as comemorações como capital cultural da Europa 2020. Já Dublin foi considerada uma das capitais mais saudáveis da Europa.
Outra grande notícia foi a confirmação da saída do Reino Unido da União Europeia, no dia 31 de janeiro de 2020.
Mas se tudo eram flores, elas começaram a murchar no finalzinho do mês, quando o famigerado coronavírus foi confirmado, no dia 29 de janeiro, na França e Alemanha, enquanto na Irlanda ainda não havia nem suspeita.
Fevereiro
No segundo mês do ano, os irlandeses foram às urnas para eleger os representantes do Congresso, chamados de TDs (Teachta Dála), como se fossem os deputados no Brasil. Os partidos que têm a maioria de cadeiras do corpo legislativo irlandês formam o governo, mas isso não aconteceu de imediato.
Três foram os partidos com maior número de deputados eleitos: Fianna Fáil, partido de centro-direita, do atual Taoiseach (primeiro-ministro irlandês), Micheál Martin, com 38 eleitos; Sinn Féin, partido de esquerda liderado por Mary Lou McDonald, com 37 eleitos; e Fine Gael, também de centro-direita, do vice-primeiro-ministro Leo Varadkar, com 35 cadeiras ocupadas.
A Irlanda seguia sem coronavírus em fevereiro, mas preocupada com a chegada do vírus, já que a Europa estava contabilizando novos casos a cada dia.
Depois da Irlanda do Norte notificar seu primeiro paciente com coronavírus, a República da Irlanda confirmou, no dia 29 de fevereiro, o primeiro caso da Covid-19 no leste do país.
Março
Quando a gente estava na contagem regressiva para o E-Dublin XP em São Paulo — o Edu e a Mah tinham viajado para lá — a Irlanda cancelou, em 9 de março, os desfiles do St. Patrick’s Day com medo de uma transmissão em massa da Covid-19.
Dois dias depois, 11 de março, a Irlanda confirmava a primeira morte por Covid-19 no país, que já estava com 43 casos confirmados. No mesmo dia, a OMS confirmou que o novo coronavírus se tornara uma pandemia.
No dia seguinte à morte, a Irlanda fechou as escolas e no dia 16 foram os pubs e casas de show e baladas que foram fechados.
Automaticamente, 140 mil pessoas ficaram sem emprego na Irlanda, mas o governo conseguiu, de forma rápida, criar um auxílio emergencial que abrangia, até mesmo, os estudantes que trabalhavam antes da pandemia.
Outras restrições começaram a aparecer na Irlanda até que o lockdown foi anunciado em 27 de março, quando pessoas deveriam ficar em casa, estando autorizadas a sair apenas para “um número limitado de razões”.
Abril
Conforme a Covid-19 avançava na Irlanda, ações para auxiliar as pessoas em quarentena começavam a aparecer. O An Post, os Correios da Irlanda, distribuíram cartões-postais para serem enviados gratuitamente entre casas do país.
O primeiro-ministro irlandês daquela época, Leo Varadkar, voltou à sua profissão original de médico para ajudar a combater a doença.
Os museus da Irlanda criaram visitas virtuais e músicos irlandeses fizeram um vídeo especial para dar força às pessoas em quarentena.
Enquanto isso, intercambistas brasileiros que chegaram no meio do furacão da Covid-19 relatavam o desespero sem aula, sem emprego e sem documentos. Até aí, só em Dublin, mais de 5 mil casos já haviam sido registrados.
Maio
O primeiro lockdown da Irlanda começou em março e acabou só em maio. Apesar de atingir um recorde de desemprego, o país começou a abrir e muita gente começou a voltar a trabalhar.
A flexibilização do lockdown começou no dia 18 de maio, quando hospitais começaram a ter menos internações.
O problema, no entanto, começava a aumentar no Brasil. E os brasileiros começaram a ter mais problemas para entrar na Europa por conta do aumento no número de casos. A imprensa irlandesa, inclusive, noticiou as mortes no Brasil quando mais de 1.000 foram confirmadas em 24 horas enquanto a Irlanda registrava zero morte pela primeira vez desde março.
Foi em maio também que o Edu e a Mah começaram a fazer lives sobre intercâmbio e trabalho na Irlanda. Algo que não era muito frequente começou a se tornar normal e segue até hoje nos canais do E-Dublin.
Junho
O impasse governamental da Irlanda finalmente acabou e o país elegia seu novo primeiro-ministro. Uma coalizão foi formada entre os partidos Fianna Fail, Fine Gael e Green Party.
O líder do partido Fianna Fail, Micheál Martin, foi escolhido depois de um demorado processo iniciado em fevereiro. Foram 93 votos a favor de Martin, contra 63 e três abstenções.
Junho foi o mês onde menos se registraram casos e mortes por Covid-19 na Irlanda e país entrou na terceira fase da flexibilização do lockdown.
Uma história que chamou muita atenção dos leitores foi a morte de um policial irlandês durante uma ação, em junho. Ele foi o primeiro morto durante um confronto na Irlanda desde 2015.
Outra notícia que se destacou foi a morte de George Floyd, um homem negro assassinado por um policial branco nos Estados Unidos. O mundo todo, inclusive a Irlanda, fez protestos contra o racismo.
Julho
Se em junho as coisas pareciam caminhar para melhor, julho provou que, ao flexibilizar a quarentena, o coronavírus volta com força total. No dia 15 de julho, a Irlanda deu um passo atrás na reabertura, impondo novas restrições.
Em julho também foi criada a “green list“, uma lista de países de onde era possível desembarcar na Irlanda sem a necessidade de fazer quarentena.
Mas no fim do mês, o número de novos casos dobrou no país, chegando a 26.027 e 1.763 vítimas fatais pela doença.
Agosto
Apesar dos casos aumentarem a cada dia, chegando ao mesmo patamar de maio, a Irlanda ficou dez dias sem registrar mortes. E assim só um assunto ficou em destaque: a segunda onda da Covid-19 na Irlanda.
Enquanto isso, sites publicavam vídeos de festas clandestinas rolando pela Irlanda. Até mesmo políticos desrespeitaram as regras do país e foram afastados.
Setembro
Uma notícia arrebatadora para os brasileiros em Dublin. O entregador Thiago Côrtes foi atropelado por um carro que fugiu e acabou morrendo, no dia 1º de setembro, em Dublin. A revolta dos brasileiros que vivem na capital irlandesa foi tanta que um grande protesto foi realizado com pedido de justiça.
A união dos brasileiros fez com que uma vaquinha para auxiliar a família de Thiago fosse criada e arrecadasse mais de 67 mil euros. A Garda começou as investigações que seguem até hoje, com um adolescente preso acusado de dirigir o veículo que atropelou Thiago. O julgamento deve ocorrer em janeiro.
Em setembro, o governo irlandês criou um plano para conviver com a Covid. São cinco níveis de lockdown diferentes que entram em vigor dependendo da taxa de contaminação. Os casos seguiram crescendo com índices de novos casos voltando ao patamar de abril.
Outubro
Se a gente pensou que o pior já havia passado, é porque não conhecíamos o mês de outubro de 2020. Os casos chegaram a mais de 1.800 em um fim de semana e o governo decidiu proibir visitas em casa, um dos maiores focos do coronavírus.
Um novo recorde foi registrado no país com 1.283 contaminações em 24 horas no dia 18 de outubro. O governo, então, decidiu entrar no mais rigoroso lockdown, o Nível 5.
Novembro
As eleições americanas foram assunto do fim de outubro a começo de novembro. A disputa entre Biden e Trump foi acirrada, e muitos irlandeses estavam torcendo por Biden, por sua raiz com a Irlanda. Ele foi considerado vencedor do pleito em 7 de novembro.
A Península de Cooley, no condado de Louth, foi onde uma parte da família Biden nasceu. Outra origem de Biden é de Ballina, no condado de Mayo, onde nasceu o tataravô de Biden, Edward Blewitt, que emigrou de Ballina para os EUA há mais de 160 anos, durante a Grande Fome. Ele acabou se instalando na Pensilvânia.
Biden ressaltou a importância da paz entre as Irlandas e pretende lutar para que o acordo que firma as relações entre os países seja respeitado.
Em novembro também começou a funcionar na Irlanda o sistema de semáforo para viagens entre países da Europa.
Basicamente, pessoas que desembarcam de países determinados com a cor verde, que significa baixo risco, terão livre acesso a outro país europeu. Passageiros vindos de locais classificados com outras cores, que determinam um risco maior de contaminação, precisarão se submeter a testes, ficar em isolamento, fazer quarentena ou seguir outras medidas determinadas.
Quem aterrissa de países das cores vermelho e laranja podem fazer o teste de Covid para evitar a quarentena, mas ele não custa nada barato.
A luz da vacina começou a acender na Irlanda em novembro, com testes apontando que a vacina da Pfizer, produzida no país, inclusive, tem 90% de eficácia contra a Covid-19, dando a esperança para que a Irlanda consiga vacinar sua população já no primeiro semestre de 2021.
Dezembro
O plano para dezembro foi a flexibilização do lockdown. A ideia foi poder abrir o comércio antes do Natal e permitir a confraternização das pessoas nesta época do ano.
A vacina continuou sendo tema importante da pauta, sendo que o Reino Unido foi o primeiro país a começar a imunização. A primeira vacinada foi, inclusive, uma irlandesa da Irlanda do Norte.
E as últimas notícias estão aí. O plano de dezembro não deu certo, e a Irlanda bateu novos recordes desde o início da pandemia, voltando ao Nível 5 com lockdown total neste 31 de dezembro.
A boa notícia é que a Irlanda terminou o ano dando início à vacinação de sua população contra a Covid-19. A primeira irlandesa foi vacinada no dia 29 de dezembro.
Outra boa notícia é que a República conquistou o segundo lugar de melhor IDH do mundo. perdendo apenas para a Noruega e empatando com a Suíça.
Hoje é o último dia do ano, faltam poucas horas para acabar 2020, mas do jeito maluco que foram esses 12 últimos meses, é melhor ficar de olho no nosso site, pois qualquer uma nova manchete pode pipocar por lá. E até 2021, com muito mais informações, dicas e news aqui no seu E-Dublin!
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