Proprietários de contas de aplicativos de delivery de comida na Irlanda, estão recebendo uma carta do Revenue (a Receita Federal da Irlanda) exigindo o preenchimento e envio dos ganhos pela conta para acerto de taxas a partir do que foi recebido.
De acordo com o Revenue, estão recebendo essas cartas quem está nos registros que “mostram que você não pagou imposto sobre a renda recebida nos últimos anos”. Legalmente, os entregadores precisam declarar seus ganhos como trabalhadores autônomos.
As cartas não são novidade, afinal, a regra de que trabalhadores de aplicativo de delivery precisam declarar os ganhos sempre existiu. Porém, a Receita Federal da Irlanda está pressionando a tributação destes trabalhadores.
De acordo com o Business Post, são cerca de 1.000 entregadores que atuam apenas pelo aplicativo Deliveroo e não têm impostos deduzidos de suas taxas de entrega.
Muitos proprietários de conta no Deliveroo que estão recebendo essas cartas alugam suas contas para terceiros trabalharem. De acordo com a empresa, colocar um substituto para atuar no nome do proprietário não infringe nenhuma regra da empresa.
“Você é livre para pedir a um substituto para trabalhar em seu nome a qualquer momento – sem a necessidade de nos avisar”, diz o site do aplicativo.
Porém, de acordo com a empresa, é responsabilidade do proprietário da conta garantir que os substitutos sigam o contrato e a responsabilidade de providenciar o pagamento é do proprietário. Da mesma forma, será o “owner” da conta que receberá a carta com a cobrança pelas taxas não regularizadas.
De acordo com o Revenue, é possível regularizar as taxas a partir dos ganhos obtidos com o Deliveroo de forma totalmente online.
É preciso apresentar uma declaração de imposto de renda e incluir todos os rendimentos auferidos no site do Revenue, fazendo todas as declarações pendentes (Formulário 11) usando o ROS (Revenue Online Service).
Leia também: Como é o trabalho de entregador na Irlanda?
O Revenue forneceu documentos ao comitê de contas públicas do congresso irlandês afirmando que há um desejo de que os trabalhadores da chamada “gig economy” (entregadores, freelancers e outros trabalhadores do mesmo formato) recebam uma taxa básica de imposto (como USC e PRSI) na fonte.
Ou seja, a tributação aconteceria com base no “Pay as you Earn” (PAYE, “pagamento conforme o uso”), com passivos líquidos calculados em tempo real quando os serviços são solicitados, fornecidos e pagos por meio da plataforma.
Segundo a matéria do Business Post, isso sugere que os trabalhadores que estão registrados na Receita podem pagar a taxa de imposto de renda mais baixa (20%), enquanto aqueles que não estão registrados podem ser atingidos com a taxa de imposto de emergência (40%).
Documentos obtidos pelo Business Post mostram que a Receita está preocupada com o fato de haver trabalhadores da “gig economy” que deveriam pagar impostos PAYE porque estão trabalhando em tempo integral.
A Receita avalia que “gig economy” é uma “área de preocupação” e foi criado um grupo de trabalho para investigar os aplicativos de entrega, bem como os setores farmacêutico, construção, serviços de transporte, correio, entre outros, que também trabalham do mesmo modo.
O edublin entrou em contato com o Deliveroo para esclarecimentos, mas ainda não obteve resposta.
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