Dublin é citada na maioria dos posts que publicamos aqui, mas, quando se trata de história, o que você sabe sobre o passado da capital irlandesa?
Como você já pode imaginar, a história de Dublin é bem antiga, tendo seu início há mais de mil anos.
Para começar, o nome da cidade vem do gaélico Dubh Linn, que significa “lago negro”. Isso acontece porque o encontro entre os rios Liffey e o Poddle formava um poço escuro e profundo na parte traseira do Dublin Castle, onde hoje temos um belo jardim.
A cidade é uma das mais antigas capitais europeias fora das áreas que integravam o Império Romano.
As origens de Dublin como cidade estão diretamente ligadas aos vikings, já que estes foram responsáveis pela gênese urbana da cidade.
Os vikings eram aventureiros navegadores da Escandinávia (Noruega, Suécia e Dinamarca). No fim do século 8 eles começaram a expandir seus poderes fora da Escandinávia e a viajar. Foi então que, de 795 a 836, esses vikings, sendo a maioria de origem norueguesa, vieram para a Irlanda. Primeiramente eles chegaram aqui como invasores, roubando as riquezas dos monastérios e também capturando prisioneiros que vendiam como escravos na Escandinávia.
Foi apenas a partir de 841 que os invasores começaram a se tornar comerciantes e artesãos, criando os primeiros assentamentos em Dublin, ao redor de onde temos atualmente a Christ Church. Pode-se dizer que a partir desse assentamento Dublin começou a se desenvolver como um centro urbano.
Escavações arqueológicas realizadas no país durante os anos 1970 e 1980 descobriram materiais que provam como naquele período Dublin cresceu como uma cidade organizada. Estima-se também que cerca de 200 casas foram construídas durante os séculos 10 e 11.
Durante esse período, os vikings se misturaram e se casaram com nativos irlandeses. No fim do século 12 chegou a Dublin mais um grupo de vikings, os anglo-normans. Foram eles os responsáveis por grandes construções, como o Dublin Castle, a Christ Church, além dos muros que cercavam a cidade.
Por volta do ano 1300 grandes subúrbios começaram a crescer fora dos muros da cidade e Dublin passou a se desenvolver num grande centro urbano.
Nesse período, estima-se que a população da cidade chegou a 10 mil pessoas. Essa fase de expansão econômica durou até o começo do século 14.
Nas primeiras décadas do século 14, a Dublin medieval começou a enfraquecer. Um dos principais motivos para isso era a ameaça de invasão pelos escoceses. Como consequência, foi ateado fogo em grande parte da cidade localizada fora dos muros, ao redor de onde hoje temos a Thomas Street e a St. Patrick’s Catedral. Esse incêndio destruiu grande parte do subúrbio.
Economicamente devastada, a situação de Dublin piorou com a fome e a peste negra, quando a população foi devastada e levou séculos para se recuperar, principalmente por causa dos recorrentes surtos da doença.
Dos séculos 14 a 18, Dublin foi incorporada a coroa britânica. A cidade voltou a prosperar no século 16, quando, inclusive, foi fundada uma das mais antigas universidades britânicas, a Trinity College. Esse período é marcado também pela determinação do governo de que Dublin seria uma cidade protestante, obrigando as duas principais igrejas, a Christ Church e a St. Patrick’s, a se converterem à religião seguida pelos ingleses.
A partir do século 16, Dublin cresceu muito, tornando-se a segunda maior cidade do Império Britânico. Já no século 18 a cidade começou a se moldar ao que conhecemos hoje, principalmente no quesito arquitetura.
Atualmente, poucos prédios medievais ainda se encontram em pé na cidade. Entre eles estão a St. Patrick’s Cathedral, a Christ Church e a St. Audoen’s Church. O Dublin Castle foi reconstruído no século 18, mas ainda mantem duas das suas clássicas torres.
Para saber mais – Sugestões de leitura:
Dublinia – The history of Medieval Dublin (Autores: Howard Clarke, Sarah Dent e Ruth Johnson)
Dublin Through Space and Time (Autores: Joseph Brasy e Anngret Simms)
Onde ir:
Museu Dublinia – St. Michaels Hill, Christchurch, Dublin 8
Viking Splash Tour – Local de partida: St Stephens Green North, Dublin 2 – mais informações aqui.
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