Número de pessoas sem-teto na Irlanda aumenta 14% e chega a quase 14,5 mil

O número de pessoas sem-teto na Irlanda continua a subir, atingindo 14.486 indivíduos em acomodações emergenciais até o fim de agosto deste ano.

Esse total representa um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2023, quando 12.691 pessoas estavam em acomodações temporárias.

Entre os grupos afetados, o aumento inclui crianças, famílias, pensionistas e jovens adultos.

Veja mais detalhes abaixo.

Mais de 10 mil adultos estão sem casa na Irlanda

De acordo com dados do Departamento de Habitação, divulgados na última sexta-feira (27), entre os dias 19 e 25 de agosto, 10.067 adultos e 4.419 crianças estavam abrigados em acomodações emergenciais.

Ao todo, são 2.099 famílias desabrigadas, sendo que 58% dessas famílias eram chefiadas por mães ou pais solteiros.

O número de adultos solteiros em situação de rua é significativo, com 6.602 indivíduos nessa condição. Entre eles, 224 eram idosos com 65 anos ou mais, enquanto 1.740 tinham idades entre 18 e 24 anos, representando 17% dos adultos desabrigados.

Vale destacar que essas estatísticas não incluem pessoas que estão dormindo nas ruas, solicitantes de asilo sem-teto, pessoas abrigadas temporariamente com amigos ou familiares (couch-surfing), ou mulheres e crianças que vivem em abrigos para vítimas de violência doméstica.

Esses grupos são contabilizados por outros departamentos do governo.

Perfil das pessoas sem-teto

Em relação à nacionalidade, a maioria dos adultos sem-teto são irlandeses (53,5%, ou 5.392 pessoas).

Além disso, 22% (2.203 pessoas) são de países do Espaço Econômico Europeu (EEE) ou do Reino Unido, enquanto 24,5% (2.472 pessoas) vêm de fora do EEE.

Dublin, a capital, continua a concentrar o maior número de pessoas em situação de rua, com 10.481 pessoas vivendo em acomodações emergenciais. Entre elas, 3.273 crianças de 1.467 famílias e 4.664 adultos solteiros.

A distribuição por nacionalidade em Dublin mostra que 46,8% dos adultos desabrigados são irlandeses, enquanto 24,4% vêm de países do EEE ou do Reino Unido, e 29% são de fora do EEE.

Foto de capa: Ev on Unsplash