Aprimorar o inglês, conviver com pessoas e culturas diferentes, além de viver uma experiência na Europa com um preço mais acessível foram algumas das minhas motivações para viajar à Irlanda por apenas um mês.
Por que não ficar três meses, seis ou, até mesmo, um ano? Conseguiria atingir minhas expectativas em 30 dias? Essa era a dúvida que martelava na minha cabeça semanas antes de tudo acontecer e quando alguns acontecimentos no Brasil me levaram a resolver tudo mais rápido do que eu imaginava.
Acho que o receio do desconhecido, um amor mal resolvido, uma vida semi-estruturada e estar feliz no meu país me fizeram optar por uma viagem de férias com o plus do inglês em vez de uma grande mudança.
Pouco depois, lá estava eu, voando rumo à Ilha Esmeralda para concluir um curso de quatro semanas, hospedada em um hostel com mais sete pessoas no quarto. Minha primeira viagem de um mês pela Europa (de Dublin passei por Paris e Amsterdã antes de voltar para casa) e, o mais gratificante, sozinha. Por pouco tempo…
Fazer amigos em Dublin é muito fácil, mas amigos brasileiros. Sim, a cidade tem muitos, bem como mexicanos e espanhóis. São eles que têm interesse em aprender/aprimorar o inglês, é com eles que você vai compartilhar aprendizado na sua turma do curso.
Ficar um mês aproveitando as férias e também estudando no destino era bem diferente das escolhas que eu vi pelo caminho. No hostel, alguns intercambistas de passagem, mas não a turismo, estavam se ambientando ao destino onde ficariam por, no mínimo, seis meses. Estavam resolvendo IRP, procurando uma vaga em algum apartamento, estúdio… o que fosse menos incômodo, mas econômico. Este último era sempre o fator principal.
Eles precisavam de emprego o quanto antes, mas também deveriam aprimorar o inglês para conseguir um. O que tínhamos em comum era o encantamento por Dublin, pela hospitalidade dos irlandeses e acolhimento dos brasileiros veteranos, pelas boas cervejas, parques belíssimos, noite divertida, Penneys com roupas bem baratas e o estranhamento com o clima.
A prática do inglês em Dublin requer dedicação. Você consegue se virar muito bem sem precisar do idioma, o que pode fazer com que você evite praticar. Em um mês se aprende muita coisa e, dependendo do nível como você chega em terras europeias, consegue-se evoluir bastante. No meu caso, a evolução foi muito maior na compreensão do que na conversação.
Meu nível era o intermediário, segundo a prova de nivelamento inicial, e eu evoluí para o nível acima do intermediário, mas abaixo do avançado, na Irlanda chamado de Upper Intermediate. Não voltei para o Brasil falando fluentemente nem achei que seria possível, mas a experiência de viver por um tempo em alguma cidade europeia interessante e aproveitar para estudar foi mais do que válida, pois o ganho vai além da comunicação.
Dublin é linda e, em pouco tempo, eu já estava bem ambientada. É possível se deslocar com boas caminhadas, mas também é interessante conhecer a eficiência do transporte público. As pessoas são bonitas, simpáticas e gostam de conversar. A noite é animada e eclética. E tem também muita coisa bacana para conhecer nas proximidades da ilha, como os Cliffs of Moher e Howth, atrações imperdíveis.
Principalmente por meio da internet. Mas o boca a boca foi mega importante também. Passei a comentar com todo mundo sobre meus planos e sempre tinha alguém, que sabia de um amigo ou um parente que tinha ido para a Europa.
Outra coisa que me ajudou muito foram as agências de viagens, apesar de, no final, eu ter optado por fechar direto com a escola. Sempre é bom saber como foi a experiência de quem já passou pelo processo. Aconselho também entrar nas comunidades do Facebook. Surgiu dúvida? Dê um pulinho nos grupos de discussão, pois, assim como você, haverá muita gente com as mesmas questões, e sempre rola uma resposta de quem já esteve no mesmo barco.
Arriscaria dizer que ficaria em casa de família por causa da fluência do inglês, mas a minha experiência no hostel foi tão bacana, troquei experiência com pessoas de todo o mundo e fiz tantos amigos que fico ainda na dúvida. Talvez ela seja solucionada numa próxima viagem, que não demorará para acontecer!
Autora: Rhaiane Sodré
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