Faça chuva, faça sol, seja primavera, outono, verão ou inverno, o parque St. Stephen ‘s Green estará sempre cheio de gente que busca um cantinho verde para relaxar no coração de Dublin, a capital da Irlanda.
Mas você sabia que, entre as grades do St. Stephen ‘s Green park, em cada pedacinho do espaço mais tranquilo do centro de Dublin, existe muita história?
Da revolta de 1916, o Easter Rising, até a inspiração para grandes nomes da literatura, o parque é aconchegante e aberto para todos — daqueles que buscam relaxar ou praticar esportes, tomar um sol ou se reunir com os amigos para um piquenique.
Ainda não foi ao St. Stephen’s Green? Vamos dar bons motivos para você colocar na sua agenda de locais para visitar!
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O nome St. Stephen’s Green tem como origem uma igreja que se chamava St Stephen’s. Durante o século 13, ela ficava na área onde hoje está localizado o parque e, anexado a ela, ficava um hospital dedicado a leprosos.
Mas não pense que ambos os locais ficavam em um ambiente verde e limpo como vemos hoje, muito pelo contrário.
A área do parque era pantanosa e havia muito gado pastando. Muito tempo depois, no ano de 1663, as autoridades políticas de Dublin resolveram revitalizar a área, demarcando mais de 100 mil metros quadrados para criação de uma área verde central. O restante foi dividido em 90 lotes de construção.
Com o dinheiro do aluguel das casas — e com cada inquilino responsável em plantar seis figueiras naquele terreno — o parque começou a ganhar forma e, em 1670, já havia jardineiros responsáveis em cuidar daquela área.
As décadas foram passando e, de pântano, o St. Stephen’s Green passou a um local para visita da alta sociedade. Durante o século 18, principalmente devido à abertura das ruas Grafton Street, em 1708, e da Dawson Street, em 1723, o calçadão do parque se tornou praticamente uma passarela de moda.
Os caminhos do parque ganharam nomes como Beaux Walk (perímetro norte do parque), French Walk (perímetro oeste), Monk’s Walk e Leeson’s Walk (limites leste e sul do parque, respectivamente). O passeio era uma possibilidade de encontros, reuniões e — por que não — paqueras.
Não demorou até que o local fosse esquecido. No século 19, muros estavam quebrados, árvores deterioradas e as visitas não eram consideradas tão “chiques” como outrora.
Por isso, o parque acabou nas mãos das famílias que viviam em seus arredores e, em 1814, tornou-se um parque privado acessível apenas para aqueles que alugavam chaves, situação completamente contrária à lei de 1635, que decretava o parque como público.
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Um nome é preciso ser lembrado na história do St. Stephen’s Green Park: Sir Arthur Guinness, posteriormente conhecido como Lord Ardilaun.
O lorde, que vivia na Iveagh House, localizada próxima ao parque, ofereceu-se para comprar o parque e retorná-lo à população, o que aconteceu em 1877. Para Lord Ardilaun, a ideia era que o local se tornasse um belo refúgio da população ou “um oásis de paz” em meio à cidade.
Ele redesenhou o parque, transformando-o próximo daquilo que conhecemos hoje. Foi dele, por exemplo, a ideia da criação de um lago, ponte, fontes e canteiros de flores. Lord Ardilaun também encomendou que o parque tivesse um desenho vitoriano com padrão simétrico de caminhos e gramados, fontes de granito e inúmeros canteiros de flores.
Foram três anos e 20.000 libras gastas, montante alto para a época. A cerimônia de reinauguração aconteceu em 27 de julho de 1880.
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O St. Stephen’s Green teve um papel importante durante o Easter Rising — o levante de Páscoa, de 1916, quando rebeldes irlandeses se voltaram contra a dominação britânica na Irlanda.
Naquele dia fatídico, o Irish Citizen Army (o exército civil irlandês) assumiu o controle de locais que eram estrategicamente importantes na cidade de Dublin para o enfrentamento das potências britânicas.
Entre esses pontos, os rebeldes comandados por Michael Mallin e Constance Markiewicz tomaram o controle de St. Stephen’s Green. Trincheiras foram cavadas e a estufa existente na época foi usada como posto de primeiros socorros.
Existente ainda nos dias de hoje, o Arco dos Fuzileiros — preservado na entrada noroeste do parque — mantém buracos de bala intactos em sua estrutura.
Agora que você já sabe a história por trás da beleza do St. Stephen’s Green, que tal encontrar mais motivos para visitar esse belo espaço?
Bom, a primeira coisa que é preciso dizer sobre o parque é que todos são bem-vindos. Ou seja, é um parque público e aberto a famílias, grupos de amigos, pessoas em busca de atividades físicas ou para relaxar.
Por isso, não é difícil encontrar grupos fazendo piqueniques, homens e mulheres caminhando ou correndo pelas ruas do parque ou senhores e senhoras lendo um livro enquanto tomam um solzinho.
Tanto espaço com tanto verde só poderia ser abrigo para uma vegetação incrível e lar para espécies comuns da natureza irlandesa.
Os canteiros vitorianos do parque exibem um colorido de flores que perdura durante o ano. Entre elas estão tulipas, gerânios e petúnias. Fronteiras herbáceas também são encontradas próximas aos portões.
Existem mais de 750 árvores encontradas no parque. A maior parte delas é da espécie london plane, uma árvore do gênero Platanus, muito tolerante à poluição do ar, e árvores que datam do século 12. É possível encontrar, ainda, carvalho perene, bétula, azevinho, freixo chorão, espinheiro e louro.
O lago fornece um habitat para muitas aves aquáticas diferentes, incluindo pato-real, cisnes e galinhas-d’água, gaivotas e inúmeras espécies de pássaros, incluindo aves de rapina e passeriformes, como cristas de ouro, pega, robins e carriças.
Esquilos e raposas também são frequentemente observados no parque. Importante lembrar que não é permitido a alimentação de qualquer tipo de animal que vive no parque.
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Ao caminhar pelo St. Stephen’s Green, é possível encontrar muita arte como esculturas e bustos de grandes personalidades. Algumas delas, que nasceram e viveram em Dublin, tinham o parque como inspiração.
É o caso de James Clarence Mangan, que nasceu na capital irlandesa em 1803. Um busto de bronze está no parque, reproduzindo um trecho de um de seus poemas.
James Joyce, outro grande nome da literatura irlandesa, também está representado no parque. Além de tudo, ele colocou o St. Stephen’s Green em sua obra. Em um trecho de Ulysses, seu principal romance, Joyce escreve: “Crossing Stephen’s, that is, my green…”.
Há ainda representações de William Butler Yeats, Constance Markievicz, Arthur Guinness e Rabindranath Tagore, entre outras.
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Quem visita o St. Stephen’s Green Park pode aproveitar para fazer compras. Isso mesmo!
Ao ladinho do parque, o Stephen’s Green Shopping Centre é um dos maiores shoppings da cidade, com lojas diversas, entre livrarias, lojas de roupas, discos, perfumes, presentes e supermercado.
Há também serviços como cabeleireiros, estacionamento, área de alimentação, banheiros, caixas eletrônicos, etc.
Além de tudo isso, o shopping é lindo e tem uma estrutura que ganha ainda mais beleza em época das festas de fim de ano.
Agora que você já sabe mais sobre o Stephen’s Green, vem com a gente entender como fazer intercâmbio na Irlanda.
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