Trabalhar como dentista no exterior: países, salários e oportunidades
2 anos atrás
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Quem se interessa pela odontologia pode encontrar diversas oportunidades para trabalhar como dentista no exterior. Seja em um trabalho mais voltado à estética, como a ortodontia, seja para atuar em tratamentos de doenças e cirurgias e, até, para estudar, é fundamental entender como é a profissão pelo mundo.
Por isso, compilamos as principais informações e dicas para validação do diploma, de networking e maneiras possíveis para trabalhar como dentista no exterior.
Continue a leitura!
Leia também: Trabalhar no exterior: dicas e informações para atuar fora do Brasil
Como é trabalhar como dentista no exterior?
Com o aumento de cursos em instituições públicas e privadas brasileiras e possibilidade de acesso à graduação em odontologia por meio de financiamentos e bolsas, por exemplo, formar-se na área vem se tornando mais fácil.
Dados do Conselho Federal de Odontologia mostram que o Brasil vive um crescimento desses profissionais e conta com cerca de 380 mil cirurgiões-dentistas em 2022.
Enquanto a oferta no país é alta, existem outros lugares em que há escassez de especialistas em saúde bucal — veja mais ao longo deste conteúdo.
Dessa maneira, trabalhar como dentista no exterior pode ser uma boa oportunidade para quem atua ou deseja construir carreira na área e ajudar a suprir a demanda.
Em resumo, existem dois caminhos para iniciar carreira de dentista pelo mundo.
O primeiro é a formação já no país estrangeiro — escolha que elimina a validação de diploma e possibilita acesso a universidades com práticas mais modernas.
A segunda, é a comprovação de formação e experiência no Brasil – opção que pode, em parte, ser mais barata, porém com burocracia.
Onde brasileiros podem trabalhar como dentista no exterior?
Confira uma lista de 5 países em que é possível investir na carreira de odontologia.
Canadá
Considerado um dos países mais procurados por estrangeiros que desejam investir na carreira profissional, nos estudos e no aperfeiçoamento do idioma, o Canadá oferece a facilidade de contratação pelo Express Entry, banco que reúne cadastros para o governo e empresas buscarem mão de obra qualificada do exterior.
O serviço se torna ainda mais importante em época de envelhecimento da força de trabalho local e da escassez de profissionais em alguns setores.
Dessa forma, quem é da área de saúde bucal pode considerar o Canadá como uma das opções para se trabalhar como dentista fora do Brasil.
Afinal, o salário de dentista ultrapassa 115 mil dólares canadenses por ano, dependendo do nível de experiência e área da odontologia, segundo plataformas como Indeed e Payscale.
Entretanto, o processo para ser profissional de odontologia no Canadá é burocrático e caro.
Como atuar como dentista no Canadá?
Antes de tudo, os dentistas que se formaram no Brasil precisam validar o diploma acadêmico, procedimento que é diferente em cada região do Canadá.
O governo do país conta com um site que possibilita a consulta de informações sobre como estrangeiros podem conseguir uma credencial de formação acadêmica.
Em geral, no entanto, a validação do diploma de Odontologia permite apenas que o brasileiro trabalhe como auxiliar ou assistente de dentista.
Ou seja, para conseguir atuar em uma área mais específica e que remunere melhor — já que a formação em Odontologia no Canadá não é “generalista” como no Brasil — é necessário também conseguir uma licença do NDEB (The National Dental Examining Board of Canada).
Essa credencial é concedida após a aprovação em testes teóricos online e práticos (ou uma formação complementar de 2 anos no país na área escolhida).
Além disso, dependendo da especialização, é obrigatório aplicar no DSCKE (Exame de Conhecimento Básico de Especialidade Odontológica). A prova conta com 95 a 100 perguntas de múltipla escolha que devem ser respondidas dentro de três horas.
E é apenas depois do longo processo, que exige bastante estudo, dedicação e dinheiro, que o dentista consegue uma licença provincial — válida apenas para a região escolhida — para trabalhar.
Estados Unidos
Morar nos Estados Unidos continua sendo o sonho de muitos brasileiros, já que a remuneração na maior economia do mundo é mais atraente em diversas profissões.
Para profissionais da odontologia, a vantagem vai além: enquanto, no Brasil, a quantidade de profissionais que cuidam da saúde bucal é alta, nos Estados Unidos há escassez.
Segundo a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas, o número de dentistas nos EUA não passa de 140 mil. Vale destacar que a remuneração por lá fica em torno de USD 163 mil por ano, o que em horas significa USD 78,47.
Ainda conforme a instituição do governo, os dentistas geralmente atuam da seguinte forma:
- Têm seu próprio negócio e trabalham sozinhos ou com uma pequena equipe.
- Trabalham como dentistas associados para práticas odontológicas estabelecidas.
Outro ponto destacado pelas estatísticas é que cerca de 5 mil vagas para dentistas são projetadas a cada ano, o que pode estar relacionado à necessidade de substituir trabalhadores que se transferem para diferentes ocupações ou que se aposentam, por exemplo.
Como trabalhar como dentista nos Estados Unidos?
Além do inglês fluente comprovado pelo TOEFL (Test of English as a Foreign Language), o interessado em atuar como dentista nos Estados Unidos precisa, primeiro, fazer a validação do diploma.
O processo muda conforme o estado, bem como as provas e a licença para atuar. Mas a dica é juntar o maior número de documentos que atestem a realização de residências (se for o caso), cursos de capacitação e outros trabalhos extracurriculares teóricos e práticos, por exemplo.
Há também a possibilidade de revalidação por meio de um programa de educação credenciado pela CODA (American Dental Association Commission on Dental Accreditation) — que conta como residência ou especialização — ou realizando os dois últimos anos de graduação em uma das instituições de odontologia do país, por exemplo.
Depois da revalidação, o interessado ainda precisa fazer um teste de dois dias com 900 questões para comprovar que está apto a exercer a odontologia básica nos Estados Unidos. É o INBDE (Integrated National Board Dental Examination), obrigatório tanto para estrangeiros quanto para americanos.
Saiba como se preparar para a prova do TOEFL
Confira a lista de programas de educação odontológica nos EUA
Vistos indicados para dentistas
EB-2 NIW: o National Interest Waiver analisa qualificações acadêmicas e experiência profissional e permite a obtenção do green card sem que o brasileiro tenha recebido oferta de trabalho.
Já no caso em que o estrangeiro vai aos Estados Unidos antes da revalidação do diploma ou para especializações, é interessante focar em vistos para estudantes.
Portugal
O idioma e a aprovação recente de novos tipos de vistos de trabalho são fatores que atraem brasileiros que desejam se mudar para Portugal e trabalhar como dentista no exterior.
A comunidade estrangeira, formada por 30% de brasileiros, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, facilita a criação de uma rede de contatos profissionais e de pacientes.
Além disso, em comparação a outros países, a validação do diploma de Medicina Odontológica — como é chamada a graduação em Odontologia em Portugal — é bem menos burocrática.
A média salarial de profissionais de saúde bucal no país europeu é de 1.354 euros ao mês — veja relatório completo sobre a ocupação.
Passo a passo para trabalhar como dentista em Portugal
Após a validação do diploma obtido em uma instituição brasileira reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação), o profissional deve se cadastrar na OMD (Ordem dos Médicos Dentistas) pela internet, local em que há também um banco de empregos.
Com o formulário preenchido, o interessado deve agendar, também pelo site, a entrega presencial dos documentos solicitados em uma das unidades da OMD.
Mas atenção às taxas! Segundo a entidade, para atuar como dentista em Portugal é preciso desembolsar:
- Taxa de inscrição: 100 euros
- Taxa trimestral: 45 euros
- 2ª via da cédula profissional: 15 euros
- Cartão identificativo: 10 euros
- Pedido de declarações: 10 euros
Nova Zelândia
A Nova Zelândia atrai novos moradores pela segurança e qualidade de vida e, apesar da burocracia, é possível que brasileiros trabalhem como dentista no país ou façam um curso de graduação na área.
Conforme o Ministério de Negócios, Inovação e Emprego do país , “o trabalho de dentista aparece na lista de escassez imediata de habilidades da Imigração da Nova Zelândia, o que significa que o governo vem incentivando ativamente profissionais qualificados e experientes dentistas do exterior para trabalhar na Nova Zelândia”.
Ainda de acordo com o governo local, a estimativa é que dentistas ganhem de 65 a até mais de 150 dólares neozelandeses. Essa variação está atrelada ao tempo de experiência, às especializações e ao local de trabalho.
Já especialistas em odontologia qualificados que trabalham para um conselho distrital de saúde ganham até US$ 212.000.
Como trabalhar como dentista na Nova Zelândia?
Depende.
Em resumo, quem se formou e trabalhou no Brasil pode ter sua qualificação avaliada por meio de uma prova realizada pelo Conselho de Odontologia da Nova Zelândia, que é o primeiro passo para o registro no Dental Council.
Para aplicar, é necessário apresentar documentação que comprove proficiência na língua inglesa. No exame, o candidato é avaliado por suas qualificações e competências e passa por atividades práticas e entrevista online.
Se for aprovado, ele é autorizado a solicitar registro para atuar na profissão de dentista. Já o profissional que não tenha atingido o desempenho precisa fazer o NZDREX (New Zealand Dentist Registration Examination), que consiste em, resumidamente:
- avaliação do seu conhecimento fundamental;
- avaliação do seu julgamento clínico;
- avaliação de suas habilidades clínicas.
Existem dois tipos de exames do NZDREX: um para dentista geral e outro para atuação em área específica.
Visto para a Nova Zelândia
A dica para conseguir visto para a Nova Zelândia é, primeiro, ir ao país com o objetivo de estudar inglês ou aproveitar o interesse pela área de saúde bucal para fazer uma pós-graduação ou mestrado.
Com isso, o profissional pode conseguir um visto de 3 anos — o Post-Study Work Visa. A Universidade de Otago é a única que conta com programas de graduação e pós-graduação divididos nas áreas de tecnologia dental, odontologia e saúde bucal.
E depois de conseguir um emprego, é possível iniciar o processo para obtenção do Work Visa.
O portal de imigração do governo da Nova Zelândia disponibiliza as opções mais indicadas de visto para o país de acordo com os objetivos, país de origem e idade. Basta preencher um formulário rápido.
Já em relação a oportunidades de empregos, o governo local indica que é possível encontrar vagas de dentista por meio de sites como Trade Me Jobs, Seek e Kiwi Health Jobs, e pela NZDA (Associação Odontológica da Nova Zelândia).
Irlanda
Por fim, na lista de países indicados para se trabalhar como dentista no exterior, está a Irlanda.
Com diversos brasileiros morando por lá e pela qualidade de vida e oportunidades de carreira, a adaptação acaba sendo um processo mais rápido. O salário de dentista no país europeu gira em torno de € 84,234 por ano, segundo o site Indeed.
Por outro lado, é preciso se atentar ao processo de validação da graduação em Odontologia, etapa que inclui preenchimento de formulários e tradução juramentada de documentos.
Seja para exercer a profissão ou para cursar um mestrado ou doutorado, a validação é obrigatória para profissionais de saúde bucal, já que essa é uma profissão regulamentada.
Veja como validar o diploma na Irlanda.
Com a formação em um curso superior brasileiro, por exemplo, o profissional pode obter o visto 1G, que foi criado para melhorar as possibilidades de trabalho do estudante não europeu e recém-graduado em um dos cursos superiores disponíveis e creditados no país.
Dicas para ter sucesso como dentista no exterior
Mudar de país para trabalhar como dentista é, sem dúvida, uma conquista muito importante. Porém, é fundamental ter bastante paciência e determinação ao investir na carreira fora do país.
Afinal, conforme a procura de pessoas da área pelo exterior cresce, a concorrência também aumenta. Dessa maneira, uma das principais formas de se destacar é investindo em cursos de especialização no ramo de atuação.
A conquista de espaço para atuar como dentista no exterior ocorre aos poucos. Assim, antes de montar um consultório particular, pode ser interessante começar trabalhando em clínicas com outros dentistas para fortalecer a rede de contatos profissionais e de pacientes.
Outra dica é aproveitar a facilidade das redes sociais para montar um perfil no LinkedIn e uma página no Instagram, por exemplo. Nessas plataformas, é possível divulgar conteúdos, como textos e fotos. Marketing pessoal e do trabalho realizado é cada vez mais importante!
Qual o melhor país para se trabalhar como dentista no exterior?
Neste post, apresentamos 5 países onde é possível exercer a carreira como dentista. Entre os fatores que listamos para ajudar você a tomar a melhor decisão estão salários, formas de validar o diploma e principais características do trabalho em cada local.
No entanto, para decidir em qual país investir na carreira de odontologia, é necessário considerar outros fatores, como:
- cultura, estrutura pública e qualidade de vida do local;
- custo de vida;
- opções de cursos de qualificação;
- oportunidades de crescimento da área em que deseja atuar;
- objetivos a curto, médio e longo prazo morando no país.
Próximo passo para conseguir um trabalho de dentista no exterior
Quer trabalhar como dentista no exterior? Se você tem vontade de viver essa experiência, talvez agora seja o momento de escolher um destino e iniciar o processo de mudança.
O edublin pode ser o caminho de entrada para aquela tão sonhada vaga de emprego fora do país. O curso “Do Zero ao Emprego no Exterior” oferece mais de 30 horas de conteúdo com diversos profissionais de diferentes áreas.
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