Se praticamente tudo o que fazemos depende da energia elétrica em perfeito funcionamento, é certo que a demanda pelo trabalho de eletricista no exterior é sempre alta. Por isso, reunimos as informações mais importantes para você saber se vale a pena seguir nessa carreira fora do Brasil.
Neste conteúdo, listaremos cinco países, os requisitos necessários e o salário médio para ficar mais fácil decidir em qual lugar encontrar um trabalho de eletricista no exterior.
Por isso, continue a leitura e descubra o mais importante para você atuar no setor elétrico pelo mundo.
Leia também: Trabalhar no exterior: dicas e informações para atuar fora do Brasil
Assim como no Brasil, o trabalho de eletricista no exterior é bastante demandado. Tanto o mercado da construção civil quanto famílias e comerciantes sempre precisam de uma ajuda para uma instalação ou em caso de emergências que provocam falta de energia. Já no setor industrial, a atuação do profissional é muito importante para garantir o funcionamento de máquinas e a fabricação de novos equipamentos elétricos.
No entanto, embora o serviço realizado pelos eletricistas tenha o mesmo objetivo em todo o mundo, as normas para a profissão mudam bastante. Cada país tem diferenças — seja na legislação, na regulamentação e na formação necessária, por exemplo.
Além disso, vale lembrar que o modelo de construção, a fiação e as tomadas e os padrões de instalação no exterior são bem diferentes do Brasil. Dessa maneira, é fundamental ter facilidade de adaptação e estar sempre atualizado em relação às mudanças da área.
Em resumo, existem três áreas de atuação para o trabalho de eletricista pelo mundo:
A profissão de eletricista existe em todo o planeta. Mas há países em que é mais vantajoso para brasileiros trabalharem no setor. Entre eles, estão:
Quem vive ou pensa em morar no hemisfério norte pode encontrar, por meio da ocupação de eletricista, uma fonte de renda e oportunidade para conquistar a residência permanente.
Principalmente por causa do envelhecimento da força de trabalho no país, o governo vem investindo em programas de contratação de estrangeiros, como o Express Entry, banco de dados para cadastro e busca de mão de obra qualificada do exterior.
Mas atenção: para atuar como eletricista no Canadá, é obrigatório ter nível médio de ensino e experiência no setor. Dependendo do local onde vai trabalhar, também é preciso ter formação em programas específicos de aprendizado técnico e contar com uma certificação comercial que permite a prestação de serviços de eletricista.
Vale ressaltar que o Canadá é conhecido mundialmente pela facilidade no processo de migração e é um dos países que mais bem pagam os eletricistas, com remuneração que gira em torno de $ 27,21 por hora — uma média de $ 56.595 por ano.
Mesmo com um processo mais burocrático para atuar na área, os Estados Unidos são um dos principais países para quem busca pelo trabalho de eletricista no exterior. Segundo a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas, os EUA projetam alta de 9% no número de eletricistas até 2030.
O levantamento da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas aponta que o salário médio dos profissionais de elétrica nos Estados Unidos é de USD 30 por hora, o que representa cerca de USD 60 mil por ano.
Para trabalhar como eletricista nos EUA, é preciso ser maior de 18 anos e ter ensino médio completo. A maioria dos estados exige licença específica para atuar na área. Por isso, é comum que os trabalhadores adquiram experiência em programas de aprendizado que duram entre 4 e 5 anos. Anualmente, os aprendizes desempenham cerca de 2 mil horas de trabalho e são remunerados nesse período.
De acordo com o governo norte-americano, os testes de aptidão para a área elétrica incluem questões sobre o Código Elétrico Nacional e dos estaduais e locais. Além disso, dependendo da localização, os eletricistas podem ser obrigados a fazer cursos de educação continuada para garantir a licença.
Esses cursos abordam:
Na lista de países em que é possível encontrar trabalho de eletricista no exterior, também está Portugal. Por lá, a maioria da comunidade estrangeira é formada de brasileiros — são cerca de 30%, conforme dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que aponta ainda crescimento, entre 2021 e 2022, de 23% do número de pessoas do Brasil que vivem no país.
Além disso, o país europeu aprovou, recentemente, novos tipos de vistos de trabalho. Com isso, interessados em viver em Portugal terão 120 dias, prorrogáveis por mais 60, para encontrar um emprego e dar entrada no pedido de residência.
Relatório da Fundação José Neves indica que o salário médio do profissional de elétrica em Portugal é de 918 euros por mês. O número de eletricistas cresceu 14% nos últimos 5 anos.
No entanto, vale ressaltar que, para atuar no setor elétrico em Portugal, é necessário ter formação em um curso de certificação técnica em eletricidade reconhecido pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) ou pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.
A ocupação de eletricista entrou recentemente na lista de funções elegíveis para a permissão de trabalho de estrangeiros na Irlanda. Ou seja, a profissão pode ser uma oportunidade para quem já tenha adquirido experiência no Brasil e queira seguir trabalhando no setor na Europa.
No país, existem escolas de qualificação que também preparam o profissional para o setor. Segundo um centro de treinamento de encanadores e eletricistas, a remuneração média para eletricistas na Irlanda é de 33 mil euros por ano, podendo chegar a mais de 50 mil euros conforme o tempo de trabalho.
Em resumo, depois de aprovado em uma vaga em empresa da área, o interessado e a companhia devem preencher um formulário de aplicação para o visto — o General Employment Permit.
Esse documento contém:
Entretanto, é importante ressaltar que existem outros tipos de visto na Irlanda.
Confira quais profissões estão na lista de permissão de trabalho no país
Já imaginou trabalhar como eletricista na Inglaterra? Segundo o Serviço Nacional de Carreiras do Reino Unido, a remuneração para profissionais do setor varia de 18 mil a 42 libras por ano, dependendo da experiência e nível de certificação. A carga horária costuma ser de 30 a 40 horas semanais, sendo que o profissional fica de plantão para atender à população.
Para poder atuar como eletricista no Reino Unido, os caminhos mais comuns são formação em programas de aprendizagem ou aplicação direta para comprovar a experiência e qualificações do setor.
Embora o Reino Unido não seja o que melhor remunere os trabalhadores de elétrica, além de o custo de vida ser alto, a vantagem de viver por lá inclui, entre vários fatores, a qualidade de vida e o networking. Mas vale lembrar que o tempo máximo de permanência na Inglaterra (visto Standard Visitor) é de 6 meses. Após esse período, é necessário obter um visto prévio.
Agora que você viu que existem diversos países que contratam mão de obra brasileira para o setor, provavelmente está com dúvida de como conseguir trabalhar como eletricista no exterior.
Independentemente de estar procurando uma vaga em uma empresa ou preferir atuar como autônomo, é importante seguir as principais orientações.
Dicas para conseguir trabalho no exterior
Depende! É claro que um dos principais fatores para a escolha do melhor lugar para o trabalho de eletricista no exterior é a remuneração média e o nível de burocracia para atuar na área.
Porém, também é muito importante considerar seus objetivos a médio e longo prazo, a cultura, o custo e a qualidade de vida do país. Afinal, morar fora também significa enriquecer as experiências e ter um bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Portanto, é muito importante se planejar para que a transição de carreira e de vida entre países seja tranquila e proveitosa.
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