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Turismo histórico por Berlim

Foto: Shutterstock

Em seus mais de 700 anos, Berlim tem muita história para contar. Mesmo assim, basta um breve tour pela capital alemã para perceber suas diferenças com relação a muitas outras cidades do continente europeu. Ao contrario de Paris e Roma, por exemplo, em Berlim os prédios centenários deram lugares a construções contemporâneas. Após a participação alemã em duas Guerras Mundiais e a divisão do país em Oriente e Ocidente durante a Guerra Fria a história por lá tornou-se mais recente e palpável. Portanto, ao fazer um tour pela capital alemã, alguns pontos turísticos são fundamentais para compreender a história dessa cidade. Veja o que conferir:

Museu dos Aliados

O museu fica localizado no distrito de Dahlen, área pertencente ao território americano durante a divisão da Alemanha em Oriental e Ocidental. O espaço documenta toda a história política dos aliados ocidentais durante a Segunda Guerra Mundial. Esse grupo era formado por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha. A entrada no museu é gratuita.

Museu Topografia do Terror

Esse é um bom lugar para quem ama história tem curiosidade sobre os horrores praticados pelos nazistas. A intenção do museu, que também funciona como um memorial, é mostrar a gerações contemporâneas os acontecimentos de um passado nem tão distante assim para evitar que fatos como aqueles ocorram novamente. O museu está localizado no local onde ficava o da Gestapo, polícia secreta alemã durante o regime nazista. Além disso, está pertinho de outros pontos turísticos da cidade, como o Checkpoint Charlie. Por lá também é possível encontrar um trecho intacto do muro de Berlin. Sem falar que a entrada também é gratuita, portanto, atração imperdível!

Museu Judaico

Provocar sensações é o foco do museu judaico. Portanto, você certamente não vai entrar e sair de lá a mesma pessoa. Esse é um dos mais visitados museus de Berlim, e um dos principais destaques do local é a instalação da artista israelense Menashe Kadishman, chamada de Folhas Caídas. Nessa obra, o chão é coberto por 10 mil rostos diferentes feitos em ferro. Quando pisamos sobre eles é inevitável ouvir um barulho, que em certo ponto chega a ser perturbador. As entradas para o museu custam 8 euros e não podem ser compradas online.

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Memorial do Holocausto

Foto: Arquivo Pessoal

Dedicado aos seis milhões de judeus mortos durante o regime nazista, o Memorial do Holocausto está localizado próximo a outro importante ponto turístico da cidade, o Portão de Brandenburgo. O monumento consiste em 2711 blocos de concreto de largura e altura variadas distribuídos em fileiras. Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, Peter Eisenman, os blocos foram desenhados para produzir uma sensação de intranquilidade e confusão, o que indubitavelmente funciona. As visitas ao Memorial são gratuitas e ele fica aberto durante 24 horas. Dica: visite o local durante o dia e também de noite, você vai ver como as sensações são diferentes.

Checkpoint Charlie

O Checkpoint Charlie era um dos postos militares localizados na fronteira entre Berlim Ocidental e Oriental durante a Guerra Fria. Sua função era atuar como um ponto de controle na ligação entre o território americano e soviético. Na mesma rua está localizado o Checkpoint Charlie Museu, onde é possível ver os equipamentos que os moradores de Berlim Oriental tentavam utilizar para cruzar o muro, como, por exemplo, um carro e um balão. Em frente a esse museu ainda há um pedaço do muro.

Muro de Berlim

Em diversas áreas de Berlim ainda é possível encontrar fragmentos do muro. Entretanto, o mais famoso trecho dessa construção que ainda permanece de pé fica localizado ao longo do rio Spree, na Mühlenstraße. O local é chamado de East Side Gallery e possui 1,3 quilômetro de extensão. Artistas do mundo inteiro coloriram esse trecho do muro, que agora consiste em uma galeria a céu aberto. Ao caminhar por Berlim também é possível ver em diversos trechos da cidade trilhas de paralelepípedo no chão, que mostram o percurso por onde o muro passava.

Elizabeth Gonçalves

Jornalista viciada em cinema, música e literatura. Paulistana, se apaixonou por Dublin, onde mora há cinco anos e sonha em fazer uma viagem de volta ao mundo.

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