Um ano em Dublin: Mudança na percepção de vida

Tudo é diferente. Basta viver um ano em um lugar como Dublin, voltar para o Brasil e passar um ano por aqui.

365 dias contra 365 dias.

Exatos 365… Impossí­vel não se chocar com a diferença.

Foto: Arquivo pessoal

28/08/2015 – 28/08/2016 – 28/08/2017

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Sem medo de errar, as três datas mais marcantes da minha vida.

Dizem que quando se vai ao topo da vida, ou houve uma queda muito grande antes ou haverá depois.

O que eu sei é que quando se chega ao topo, o desejo é estar pra sempre lá.

E quando eu falo em topo, não falo em comparativos com a vida de outros… não falo em competição. Falo em ter discernimento entre o que é o topo da sua própria vida em comparação aos altos e baixos pelos quais você já passou.

Topo de felicidade, topo de autorrealização, topo de qualidade de vida, topo de experiências, capacidade de se superar desafios e auto provações.

Você só pode comparar a sua vida com ela mesma, em diferentes fases. Ninguém vive o sonho do outro. Você pode viver apenas o seu.

O meu sonho sempre foi encontrar conforto em um lugar onde houvesse menos competição, menos preocupação com detalhes fúteis da vida, mais abraço, mais celebração as coisas simples da existência. Sabe… viver em lugar onde o amor é de graça? Onde se você não for mais humilde, você tá ferrado? Onde trabalhar exaustivamente não te deixa exausto? Onde as adversidades se tornam motivo de risada e onde todos trabalham em conjunto para deixar a rotina do outro mais leve?

Pois é… Talvez, pra você, esse lugar não seja Dublin. Talvez a sua história tenha sido diferente. Mas pra mim, Dublin proporcionou o momento que eu sempre quis viver – e eu sequer sabia o que era a Irlanda.

Sou da teoria de que todos estamos no lugar que éramos pra estar e passando por tudo o que deverí­amos passar. A minha família que estava naquele 28 de agosto, naquele hostel e naquele quarto, estava lá porque era pra estar. Hoje estamos um em cada canto do mundo, passando por tudo o que devemos passar, evoluindo e aprendendo.

Se a vida quiser, vamos nos reencontrar

Confesso que mesmo que a vida não queira e que já tenhamos cumprido a nossa missão uns na vida dos outros, às vezes tudo o que sinto é vontade de arrumar a mochila, vender tudo que tenho, como fiz da primeira vez, e voar de volta pra Ilha Esmeralda.

Hoje, devido a um problema de saúde, seria um risco para mim virar as costas pro Brasil.

Em 26 anos de vida, parece que tudo foi contribuindo para que chegasse no 27º.

No 27º, descobri com vocês possibilidades na vida que jamais havia imaginado… e no 28º, o sentimento que prevalece é a saudade do 27º…

Em janeiro de 2018, começo uma jornada nova na minha vida. A paixão por viajar, por conhecer novas pessoas, novos lugares e trocar experiência ainda ferve dentro de mim.

Vou viajar pelo Brasil nos primeiros meses e, quem sabe, alguns paí­ses da América do Sul.

Meu sonho? Pôr os pés em terras Irlandesas algum dia.

Pelo Brasil ,vou encontrar alguns de vocês e isso me dá mais força.

Hoje, estreio meu Canal no YouTube, o Edu Pelo Mundo, onde eu vou contar nossas histórias e documentar essa nova aventura.

Talvez essa seja uma visão romantizada da minha história, mas só desenvolvendo a capacidade de romantizar os fatos você poderá enxergar a vida de uma forma bonita.

Nos vemos no mundo.

Saudades eternas,

Edu (Bah)

Sobre o autor:
Eduardo Marasciulo tem um espí­rito aventureiro, uma paixão incondicional pela vida e um anseio por experiências novas. Viveu um ano em Dublin e dentre outras formas artí­sticas que usa para se expressar, está a escrita. Através de seus textos, externaliza alegrias, sensações, desejos, medos e muitas histórias de viagens. Para segui-lo, basta acessar o seu canal no YouTube ou no Facebook.

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