Você já ouviu falar em hostel, mas nunca teve coragem de se hospedar em um? Tem medo de dividir quarto ou desconfia dos valores baixos cobrados por alguns deles? Desnude-se de preconceitos, pois os hostels são, em sua maioria, confiáveis, além de possuírem uma atmosfera divertidíssima, já que todos costumam estar na mesma vibe.
Se mesmo assim você se sente inseguro em apostar em uma acomodação compartilhada, seguem algumas dicas que todo mochileiro deveria considerar.
A melhor forma de quebrar o tabu sobre os hostels é escolher, inicialmente, uma acomodação privada para uma, duas ou três pessoas, caso você vá com amigos. Assim dá para entender de perto a dinâmica sem grandes tensões ou receios de dormir com alguém que você nunca viu.
Não gosta de barulho ou tem problema com luminosidade? Então fuja de quartos compartilhados entre muitas pessoas, pois é quase certo que chegará um “sem noção” no meio da noite querendo continuar a conversa da balada ou simplesmente fará barulho sem se preocupar com quem já está no décimo sono.
Alguns hostels que alugam, outros liberam gratuitamente, mas também há aqueles que não possuem nem uma opção nem a outra, então, na dúvida, leve sempre o seu.
Você já viu alguém fazendo propaganda negativa de si próprio? Então acredite, o dono do hostel também não. Então, além de conferir as facilidades disponíveis procure também ouvir a voz de quem já esteve por lá. É no review, que aparece, por exemplo, que a distância entre a estação de trem e o hostel não é exatamente a mencionada, ou mesmo que aquele hostel incrível pertinho da estação de trem, e que vai facilitar o seu ir e vir, é também aquele que não vai te deixar dormir, já que o trem parece estar dentro do quarto. Essas informações só mesmo quem já esteve no lugar para dar.
Essa é tão importante quanto a dica número 4, pois assim como você, outros mochileiros vão querer saber referências do local. Portanto, nada mais justo do que compartilhar suas impressões, sejam elas boas ou más.
Vamos combinar: você decide se hospedar em um quarto com seis pessoas que você nunca viu antes, logo, você não tem ideia da índole de cada um.
Para que apostar na sorte?
Leve os itens de valor com você, pois não é incomum escutar histórias de gente que deu vacilo e ficou sem o smartphone e outros produtos do tipo. O safe box e locker são sempre boas opções e boa parte dos hostels possui essa facilidade.
Sendo bem sincera, seria uma mentira dizer que você jamais será perturbado pelo seu colega de quarto, portanto, vá preparado. Uma viseira já elimina aquela irritação de estar no meio do sono e alguém chegar e acender a luz. Os protetores auriculares também ajudam, e muito, a minimizar o incômodo de possíveis conversas fora de hora.
Não adianta nada você decidir se hospedar em um hostel e fugir na área de convivência ou deixar de interagir com outros viajantes. A parte mais bacana desse tipo de hospedagem é justamente a troca espontânea de histórias, o bate-papo que surge durante o café da manhã e que pode se estender por toda a estada.
Se irritar durante a viagem é bobagem. O pessoal do hostel sempre dá um jeitinho de arrumar uma cama no quarto ao lado, caso você solicite, pois ninguém merece conviver com gente sem noção.
Esse é um termo que você fatalmente irá descobrir quando começar a “bookar” hostels. O tal do ensuite é um item muito importante, já que ele indica que você terá banheiro no quarto e não terá aquele inconveniente de ter que fazer malabarismos para cuidar da higiene no banheiro compartilhado.
E, para fechar, vale lembrar que hostel não é sempre sinônimo de acomodação tosca com preço de estudante. Atualmente, e sobretudo na Europa, os hostels têm diversificado tanto a oferta quanto o estilo, de modo que não é difícil se deparar com alguns com estrutura de hotel. Por isso, nossa dica é: se você quer viajar no bom e velho estilo mochileiro, os hostels são uma mão na roda. Seguindo alguns cuidados básicos você sairá no lucro depois dessa experiência.
Este texto foi revisado por Camilla Gómez em Outubro/2014.
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