Vai valer a pena investir em um intercâmbio?
6 anos atrás
Quanto custa um intercâmbio?
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No primeiro texto da série com o Marcus Moraes, do Intercâmbio e Finanças, ele nos deu 6 dicas importantes para te ajudar a juntar dinheiro para a realização do seu intercâmbio. Mas, afinal, vale mesmo a pena todo o sacrifício para aprender inglês?
Aposto que você em algum momento já se perguntou sobre isso. Pois é, o Marcos vai te ajudar a chegar a essa resposta de uma forma muito prática.
Rola a barra que lá vem história:)!!
Já parou para se fazer essa pergunta?
Será que você entende bem essa relação do custo a ser pago para se obter algo e o benefício que essa mesma coisa trará à sua vida?
Neste post, não falaremos de valores, mas justamente sobre essa curiosa relação tão presente em nossas escolhas: o tal do custo-benefício.
Tudo na nossa vida tem os dois lados da moeda
Isso é uma coisa que posso afirmar para vocês. Ou seja, há sempre um lado bom e outro ruim em tudo. Você precisa escolher o que vai enxergar durante a sua vida. Tudo é uma questão de perspectiva! Quer um exemplo?
Você prefere beber água ou uma Coca-Cola?
Faça sua escolha agora! Escolheu? Então, vamos lá!
Você certamente tem seus motivos para ter escolhido a água ou a Coca-Cola.
Uns vão afirmar que o doce e o gás da Coca são uma delícia. Outros vão preferir a água, afirmando que ela é a única capaz de saciar realmente a sede, além de não fazer mal à saúde.
No entanto, para muita gente, o doce da Coca-Cola é a maior vantagem, enquanto para outros é justamente o lado ruim.
Custo-benefício é, na verdade, uma questão de escolha
Toda vez que precisamos fazer uma escolha, iniciamos um processo de análise mental, o que ocorre naturalmente. Afinal, escolher faz parte do dia a dia. Assim sendo, fazemos no automático, como no caso da Coca-Cola e da água.
O nosso cérebro acessa uma forma de arquivo e envia o sinal sobre a sua preferência, quase sempre motivada por experiências anteriores.
Custo-benefício em cifras
Bom! Vamos pensar nesse mesmo exemplo incluindo valores. E se a Coca-Cola custa R$2,80 e a água R$2,50. Tudo bem, né? Acredito que a sua preferência é muito clara para você e o valor entre as opções não muda tanto.
Como complicar isso? Diversificando as situações
Agora, você sabe que a sua escolha vai lhe trazer o maior prazer (saciar sua sede), ou seja, o maior benefício. Porém, como valor agregado, você terá o fator custo dessa escolha.
E se você escolheu a Coca-Cola, mas ela custa $3 mais caro que a água? Talvez o benefício da água agora seja suficiente para você. Ela também vai matar a sua sede, é mais barata, além de mais saudável.
É! Assim funciona nossa análise de custo-benefício de algo que almejamos ter. E esse é um conceito que utilizaremos para tudo em nossa vida, mas que muitas vezes demoramos a perceber e aplicá-lo de forma mais benéfica para nós.
Isso porque somos estimulados, desde crianças, a desejar e possuir coisas. Vemos a propaganda do brinquedo, do doce ou de sei lá o que na TV e, simplesmente, queremos, sem analisar se precisamos ou se o custo corresponde ao benefício que o objeto de desejo nos trará.
A criança, por sua vez, sem conhecer o valor real daquilo que ganhou nem, sequer, entender os benefícios que este pode lhe trazer, apresenta apenas a noção do prazer de curto prazo, que é o “ganhar” aquilo que queria. O que, na maioria das vezes, é descartado rapidamente.
Então o custo-benefício é isso:
Custo é o preço pago para se adquirir um bem. Apenas dinheiro? Já sabemos que não. Dinheiro é só um dos meios de troca. Você pode pagar também com trabalho, com um favor, com serviços, com uma compensação… Enfim, de várias maneiras.
E benefício é a parte subjetiva, aquela que, por mais que pareça claro para a maioria, vai depender da subjetividade de cada um, e a sua perspectiva do que é bom ou ruim.
Agora que você chegou até aqui, já é crescido e pode fazer análises mais ponderadas sobre as suas escolhas. Vale se perguntar: qual o verdadeiro custo-benefício que o intercâmbio trará para a sua vida?
Não sabe? Para definir o custo, deve-se começar por aí.
É o seu sonho? Vai fazer apenas para aprimorar o inglês? Seus pais que querem você fazendo o curso? É uma exigência da empresa? Você já perdeu várias oportunidades de emprego pela falta de uma língua estrangeira? Você quer fugir da família, do país?
Assim como o exemplo da água e da Coca-Cola, a resposta a essa pergunta vai depender unicamente de você e de uma relação muito simples: o quanto você deseja aprender uma língua nova, a perspectiva de bom ou ruim que você adotará nessa experiência e, especialmente, a motivação que levará você a realizar o intercâmbio.
Analise, pense e tenha certeza de suas respostas para, assim, lá na frente, saber, de fato, o custo-benefício que a experiência no exterior agregou à sua trajetória de vida.
Sobre o autor:
Marcus Moraes é aquariano, já fez intercâmbio para EUA e Canadá e hoje mora na Irlanda. Super entusiasta do mundo das finanças e organiza muito bem as suas próprias economias. Se considera um investidor de perfil moderado-arrojado. Formado em Direito, autor do blog Intercâmbio & Finanças que também possui a Fanpage e canal no YouTube “Irlanda Sem Edição“.
Imagens via Dreamstime
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